sexta-feira, fevereiro 03, 2006

VISEU, UNIVERSIDADE PÚBLICA


Caso pretenda e tenha disponibilidade pode publicar no jornal que V. Exa. dignamente dirigeesta reflexão e um conjunto de nove questões pertinentes que passo a desenvolver.
Sempre que se pretende alterar algo, mesmo que para beneficiar uma cidade, região ou neste caso em particular o País e a Educação vêm sempre ao de cima os interesses instalados, sejam aqueles que vêm apenas os seus umbigos ou quando muito a sua quinta.

Presidentes de politécnicos (alguns) os do contra (poder instalado) o que é pouco natural nos tempos que correm. Em todas as situações aparecem os que cristalizam (nada fazem), os que não são carne nem peixe (deixa andar) e os que gostariam que as coisas mudassem ao qual todo Viseense ou Beiraltino que se preze deve pertencer.

Desde Vilar Formoso a Oliveira de Frades passando por Lamego até Mortágua. Mas o interesse do evento não pode ficar apenas entre muros Beirões, porque os estudantes de Viseu (Região) estão distribuídos, também por todo o País.

Pretendíamos que não fossem tomadas decisões em Lisboa relacionadas com Viseu, ou outro lugar, que apenas a estes diz respeito.

Também sobre a Universidade Pública de Viseu, entendemos que o ensino deve ser descentralizado, distribuído, e não se ficar apenas pelas cidades que desde o início o detiveram não querendo abrir mão e partilhar este serviço nobre, solidariamente, com outros locais do País.

Parece que apenas agora estalou a bomba quando há mais de uma década o problema rebentou manifestando-se essa vontade pelos Beirões.

Muito sinceramente, não entendemos também, que ao criar-se uma Universidade Pública em simultâneo se abra uma faculdade de medicina privada, não integrada nesta Universidade quando esta não poderá concorrer com os cursos existentes nas Instituições privadas de Viseu e Região.

Não venham com o argumento de que não há estudos, porque uma das faculdades criadas ultimamente poderia estar em Viseu, pois segundo se consta tínhamos o melhor projecto, ou não fosse o “lobby” da Covilhã e Braga mais poderoso que o de Viseu. Também a Universidade de Aveiro era para ser instalada em Viseu, mas talvez pelo mesmo motivo foi parar a Aveiro, aqui há mais água?

Mais e melhor educação é o que todos necessitamos, assim a educação não deve ser encarada como uma despesa, mas sim um bom investimento.

"O Estudante é o primeiro trabalhador da Nação". Não foi por acaso que alguém o escreveu!

Porque não a Universidade Pública em Viseu?

NOVE, ENTRE OUTRAS, QUESTÕES PERTINENTES:

1- ESTES SENHORES PRESIDENTES ESTÃO COM MEDO QUE A UNIVERSIDADE DE VISEU LHES RETIRE ALUNOS DOS “SEUS” POLITÉCNICOS?

2- SERÁ QUE SE O ENSINO UNIVERSITÁRIO FOR DISTRIBUÍDO DE FORMA MAIS HARMONIOSA PELO PAÍS NÃO BENEFICIAREMOS TODOS OU MELHOR O PAÍS?

3- PORQUE TÊM OS ALUNOS DE VISEU TER DE IR PARA COIMBRA, LISBOA, ALGARVE, PORTO, BRAGA, OU COVILHÃ ONDE NUMEROSAS PESSOAS VIVEM DO PAGAMENTO DE QUARTOS ALUGADOS POR ESTES, ALÉM DE ESTAREM DESLOCADOS DAS SUAS FAMÍLIAS, AMIGOS E DA SUA REGIÃO QUEBRANDO ASSIM, OS LAÇOS QUE A ELAS OS LIGAM?

4- PORQUE SÃO APENAS OS “DONOS” DOS POLITÉCNICOS A BARAFUSTAR?

5- TÊM MEDO DO ENSINO UNIVERSITÁRIO?

6- SE VISEU ESTÁ “PERTO” DE COIMBRA E AVEIRO, PORQUE NÃO ESTÁ AVEIRO E COIMBRA “PERTO” DE VISEU?

7- SE ESTAS CIDADES TÊM, SENSIVELMENTE, O MESMO NÚMERO DE HABITANTES QUE VISEU, PORQUE É QUE ESTA NÃO PODE TER, TAMBÉM POLITÉCNICO E UNIVERSIDADE?

8- SE ESTES SRS.PRESIDENTES DOS POLITÉCNICOS ESTÃO TÃO INCOMODADOS COM A “DESPESA” DA UNIVERSIDASDE PÚBLICA DE VISEU, QUE FECHEM OS POLITÉCNICOS DAS SUAS CIDADES.

SERÁ ISSO QUE PRETENDEM PARA REDUZIR DEPESAS?

9- TODO O DINHEIRO NA EDUCAÇÃO É BEM GASTO, SE NÃO EXPERIMENTEM A IGNORÂNCIA.

Um Abraço,

JACINTO FIGUEIREDO, 08-02-2004

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