segunda-feira, janeiro 30, 2006

Viseu – IP3 por Vila Chã de Sá - Tondela.

A entrada e saída de Viseu sul, com ligação a Vila Chã de Sá – Tondela – Coimbra, vai ser beneficiada. Os Vilachanenses esperam que a obra não seja um entrave de acessibilidades às pessoas e ao desenvolvimento da Aldeia, já que a infra-estrutura vai dividir a freguesia a meio. O troço, conhecido por "estrada da morte", terá quatro faixas de rodagem, separador central, candeeiros de iluminação pública... Esperamos facilidade de acessos, nomeadamente, à rotunda de saída para Faíl e Vila Chã de Sá, Sul e que esta faça ligação ao caminho do Vale – Igreja. De extrema importância, também é uma passagem inferior para ligação da Rechousa ao Bairro do Gorgulão, assim como, a continuidade e asfaltagem, com alcatrão, dos caminhos paralelos, nomeadamente o do Vale que não tem saída!
O dono da obra é a EP (Estradas de Portugal) com sede em Almada. A edificação é por concurso público n.º 07/2006/PSE/GADM. Execução da empreitada "Acesso de Viseu ao IP 3 - beneficiação da EN 2 entre os quilómetros 176 + 700 e 181 + 000, a sul de Viseu. Prazo para recepção de propostas ou pedidos de participação 02-03-2006 a contar do envio do anúncio para o Jornal Oficial da União Europeia ou da sua publicação no Diário da República. Extensão de cerca de 4 km. Prazo de 410 dias a partir da decisão de adjudicação (para fornecimentos e serviços). As variantes não serão tomadas em consideração!
O financiamento de 4 milhões de euros terá como fonte a transferência de verbas previstas no Orçamento do Estado Português.
Em fase adiantada estão, também, as A24 (Figueira da Foz – Viseu – Chaves) e A25 (Aveiro – Viseu - Vilar Formoso) que se cruzam em nó de derivação no Soutulho.

Vila Chã de Sá, perfeitamente integrada no concelho e distrito de Viseu, está situada entre-os-rios Pavia e Dão, a SSO da sede do Concelho e parcialmente integrada no perímetro urbano.Com uma área de 837 há e a cinco quilómetros do centro da cidade de Viseu. Freguesia suburbana com algumas características e vivências rurais, onde os habitantes se dedicam principalmente à agricultura e construção civil, existindo algumas indústrias, com maior incidência para as do sector da madeira, restauração, panificação e comércio.

Atravessada pela estrada Nacional n.º 2 e um troço de IP3, tem boa ligação, pela estrada municipal n.º 597 ao centro da Aldeia, desta a Rebordinho e Faíl e espera-se a Passos de Silgueiros e por ventura a Teivas e Parada de Gonta pelo Castelo – Três Rios.

Vila Chã de Sá é antiquíssimo devendo ascender mesmo ao tempo de algum Castro a que topográficamente era adequado o cume junto da povoação, ao poente e a que podem dever a origem as povoações, simetricamente situadas abaixo dele: no ocidente, a de Faíl (sc. «Villa» Fagildi, na origem, ou quando recebeu denominação antroponímica germânica), Aquela elevação é chamada de Pedra d’Águia. Também pode citar-se o Casal de Além (Aalem), cuja antiguidade é pois manifesta. Notáveis, ainda, o Soutulho; curioso derivado de «souto» (se não se trata de hagiotopónimo, Santo Julio, Santulho, Sontulho, Soutulho, pois que o sufixo – ulho não é frequente), e a Torre, que deve relacionar-se com fidalguia medieval, chamada de Sá.

Beneficiou de Foral Manuelino outorgado em 7 de Maio de 1514; foi curato da apresentação do Bispo e cabido Viseense.
Para que o Homem se assuma, cada vez mais, como sujeito participante da história tem de a conhecer, compreender e dialogar.
Na aldeia global em que vivemos, os meios de comunicação dão-nos a conhecer múltiplos testemunhos dos dramas da humanidade.
Jacinto Figueiredo, 24-01-2006.

domingo, janeiro 22, 2006

Condições Especiais de Avaliação – NEE

Condições Especiais de Avaliação de alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Neste contexto destacamos algumas competências dos professores de Apoios Educativos - conforme Desp. Conj. Nº 105/97 de 1/7, nº3, a) ponto nº 12: “o docente de apoio tem como função prestar apoio educativo à escola no seu conjunto, aos professores, ao aluno e à família (…)”.

A avaliação deve ser para os alunos e não aos alunos; como tal, devem ser-lhes proporcionadas diversas experiências didáctico-pedagógicas que promovam e facilitem determinados actos de prática. Deverão ser adoptadas as mais integradoras e menos restritivas, procurando que as condições de frequência destes alunos se assemelhem às do regime educativo comum conforme despacho n.º 173/ME/91 de 23/10. Devemos colocar igual destaque nas perspectivas formativas e sumativas não descurando a avaliação diagnóstico com especial relevo para a faceta do aprender/aplicando de forma atempada as medidas contidas no actual DL 319/91 de 23 de Agosto:

Art.º1.º Aplica-se a alunos com NEE;

Art.º2.º Regime educativo especial; n.º 2- traduzem-se nas seguintes alíneas descritas nos artigos correspondentes:

a) Equipamentos especiais de compensação (art.3.º);

b) Adaptações materiais (art. 4.º);

c) Adaptações curriculares (art. 5.º);

d) Condições Especiais de matricula (art. 6.º);

e) Condições especiais de frequência (art. 7.º);

f) Condições Especiais de Avaliação; (descriminadas no art. 8.º);

g) Adequação na organização de classes ou turmas (art. 9);

h) APA – Apoio Pedagógico Acrescido (art. 10.º);

i) Ensino Especial – art. 11, n. 1-considera-se Ensino Especial o conjunto de procedimentos pedagógicos (…); a) Currículos escolares próprios, n. 2 (…) “Devem ser adaptados ao grau e tipo de deficiência” (…) e b) “currículos alternativos que substituem os currículos de regime comum e destinam-se a proporcionar a aprendizagem de conteúdos específicos”.

Art.º8.º-Condições especiais de avaliação – Consideram-se as seguintes alterações ao regime educativo comum:

a) Tipo de prova ou instrumentos de avaliação; (testes escritos ou orais, trabalhos de grupo, fichas de trabalhos individuais a realizar na escola ou em casa, participação, empenho, interesse, tolerância, respeito e capacidade de diálogo, assiduidade, pontualidade, capacidade/oportunidade de intervenção, relação com os colegas, professores e funcionários, provas objectivas e de resposta curta, respostas de escolha múltipla, distribuir o conteúdo de avaliação por um maior número de provas…);

b) Forma ou meio de expressão do aluno; (valorizar as áreas fortes, maior incidência na oralidade, utilização de Internet, videoconferência, E-Mail, MSN (Messenger), SMS (Telemóvel), autoavaliação (…);

c) Periodicidade; (avaliação contínua de carácter global, no final de cada período ou quando os intervenientes entenderem necessário). Possibilidade de executar os testes em hora, dia e lugar diferente por impossibilidade do aluno (…);

d) Duração; (redução do n.º de questões ou Prolongamento do tempo necessário à realização das provas - atenção pode prejudicar o aluno por faltar à aula seguinte, mudança de sala, necessidade de terceira pessoa (…);

e) Local de execução; (alteração, quando necessário do local de avaliação, noutra sala ou em casa (…).

Art.º10.º. APA (Apoio Pedagógico Acrescido) – consiste no apoio lectivo suplementar individualizado ou em pequenos grupos e tem carácter temporário.

Desp. Norm. n.º 338/93 de 21 de Outubro os ofícios circulares n.º 98 de 25/5/99 e n.º 39 de 26/01/1995 - esclarecem algumas questões relacionadas com o Despacho, nomeadamente, a dispensa de actividades práticas e avaliação da disciplina de Ed. Física.

O Desp. Norm. N.º 6/01 de 18/01, o art. 10 - Educação Especial, n.º 1 esclarece as modalidade para alunos com NEE de carácter permanente; n.º 2 – (…) consideram-se alunos com NEE de carácter permanente os alunos que apresentem incapacidade ou incapacidades que se reflictam numa ou mais áreas de realização de aprendizagens, resultantes de deficiências de ordem sensorial, motora ou mental (…).

O Desp. Norm. N.º 1/2005 de 5/1o art. 7.º refere os intervenientes no processo de avaliação: Prof., aluno, conselho de docentes no 1.º CEB ou o conselho de turma nos 2.º e 3.º CEB, órgãos de gestão da escola ou do agrupamento de escolas, encarregado de educação, serviços especializados de apoio educativo e a administração educativa.

ORIENTAÇÕESDEB (Direcção de Ensino Básico) em documento de trabalho N.º 4, oficio circular 263/97 de 26/9). Poderão e deverão utilizar, em complementaridade, tantos equipamentos quantos os problemas que através deles possam ter solução satisfatória.

Mesas com tampo inclinável podem facilitar, reduzindo a distância objecto/olhos de alunos com baixa visão. O aluno deve ser ajudado a desenvolver métodos de organização, de estudo e de escuta que possam contribuir para superar as suas dificuldades áudio.

Sugestões metodológicas:

1. Proporcionar situações de ensino individualizado; Respeitar o nível cognitivo do aluno; Ter em conta a idade cronológica; Dividir tarefas em subtarefas;

2. Utilizar reforços positivos e recompensas por comportamentos adequados e sucessos alcançados;

3. Diversificar as actividades, de modo a evitar cansaços/fadiga pelas mesmas; Elaboração ou apresentação de modelos; Modelagem, aprendizagem por observação;

4. Encorajar o aluno a não desistir ou adiar a concretização das suas tarefas escolares, sempre com respeito pelos seus tempos de concentração, menores do que a média das crianças/jovens da sua idade; Graduar as dificuldades de aquisição; Utilização de ferramentas e materiais (aprender no concreto);

5. Valorizar a participação do aluno na organização escolar e nas actividades extra-escolares, de modo a proporcionar maior gosto pelas aulas e escola;

6. Valorização das respostas correctas assinalando o que está bem; Moldagem, colocar o reforço no final da execução de comportamento; Reforço de comportamento incompatível em que o comportamento indesejado é ignorado e reforçado o oposto; Punição, castigo antes ou depois da acção, mas o melhor é evitar;

7. Ajudar o aluno no desenvolvimento de competências de estudo e de trabalho, sobretudo nas áreas em que sente mais dificuldade;

8. De modo a estimular a autoconfiança do aluno, é importante que não seja solicitado a responder ao que não sabe, devendo ser apreciado/elogiado no seu esforço em dizer coisas novas e bem sucedidas; Evitar situações de exposição perante o grupo; Utilizar formas lógicas para a resolução de situações problemáticas;

9. Utilizar diferentes estratégias de avaliação: ter e conta o tempo necessário ao aluno para a realização das provas; o grau de exigência; cuidar do tipo de estrutura da prova, bem como da linguagem e tipo de questões utilizas. Na avaliação do aluno deve-se privilegiar sobretudo avaliação contínua e evitar fazer comparação com outros alunos, dadas as suas dificuldades específicas. É importante privilegiar a oralidade, dado que o aluno revela dificuldades específicas a nível da escrita.

10. De modo a colmatar as dificuldades na escrita espontânea, num primeiro momento, as actividades devem ser preparadas oralmente, partindo de palavras concretas e familiares ao aluno.

Jacinto Figueiredo, 20/02/05.

Professores

CONCURSO DE PROFESSORES APROVADO!
O Governo aprovou, no passado dia 07, em Conselho de Ministros, o diploma que revê as regras dos concursos de professores. O documento terá agora que ser promulgado pelo Presidente da República, para entrar em vigor já em Janeiro.
O concurso de 04-05 foi gerador de: instabilidade, desemprego, desrespeito pela graduação profissional, desvalorização dos QE, etc. Entendemos que o concurso terá de ser de carácter universal, nacional e anual. Deve dar garantia de estabilidade do corpo docente e isso apenas se consegue através de colocações nos QE. Os QZP são destabilizadores para os Profs. São colocados em QZP e depois voltam a concorrer para serem colocados numa escola desse QZP, duplicação de concurso e colocação ao contrário dos QE. O Ministério da Educação vai pela via economicista, mas acaba por não economizar nada já que os lugares têm de ser preenchidos, apenas destabiliza; alunos, profs e famílias, pais e encarregados de educação, pois todos ficam a perder. Porque será que o ME insiste no erro em que ninguém beneficia?
O Ministério da Educação decidiu mexer nas regras que mais controvérsia geraram este ano lectivo, nomeadamente, nos destacamentos por condições específicas, que mudam de prioridade, em resultado das queixas apresentadas por docentes contra colegas, acusando-os de terem apresentado falsos atestados médicos. No próximo ano lectivo, os candidatos a este tipo de destacamento só serão colocados depois da afectação dos docentes de Quadro de Zona Pedagógica e só após terem passado por uma junta médica.
Nunca existirá legislação de concursos que agrade a todos, porque infelizmente nem todos os professores estão nas mesmas situações.
O que está mal é a falta de fiscalização dos documentos por quem deveria ser por isso responsável; ou é ter doenças? Lembro que o art. 17 (procedimento para destacamento por condições específicas) diz: "TODOS OS ELEMENTOS DECLARADOS NO FORMULÁRIO PELOS CANDIDATOS SÃO OBJECTO DE CONFIRMAÇÃO, E, SE NECESSÁRIO, CORRECÇÃO PELAS ENTIDADES REFERIDAS NOS nºs 12 a 14 DESTE AVISO", mais ainda (...) o nº 19 diz: "COMPETE À INSPECÇÃO-GERAL DE EDUCAÇÃO O CONTROLO REFERIDO NO Nº 17 (...). NOMEADAMENTE FALSIDADE DAS DECLARAÇÕES OU NOS DOCUMENTOS, SUJEITAS A RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR" Pergunto: o dito CONTROLO foi feito? Que culpa têm as pessoas que necessitam de Condições Específicas?
Também no que diz respeito à manifestação de preferências, houve alterações. Para evitar que candidatos mais graduados sejam ultrapassados por outros menos graduados, optou-se por respeitar as preferências, não utilizando como critério o número de horas, em horários superiores a 12 horas. Em contrapartida, todos os candidatos devem referir explicitamente se estão, ou não, disponíveis para contratos de duração anual ou temporária.
Noutros pontos, o diploma não alterou as actuais regras. Por exemplo, só haverá uma candidatura para todos os níveis de ensino, que decorrerá em Janeiro. Também se dará preferência à candidatura electrónica, ainda que o Governo não tenha, por enquanto, decidido se esta será opcional ou obrigatória.
O que andam os sindicatos a fazer? A lei permite e, os responsáveis têm facilitado a criação de sindicatos e associações, alguns com maior n.º de dirigentes que associados – dividir para reinar.
Dos professores portugueses desta aldeia global é com tristeza que se lêem comentários de alguns colegas, que chegam a entrar em conflitos de palavras e trocas de acusações entre QE e QZP. Conseguem fazer dos professores o que querem, pois não há representantes à altura para os defender, mas quando é necessário os Profs. também não aparecem. O estado não cria políticas educacionais que fomentem a promoção do ensino, que inevitavelmente está ligado à estabilidade dos professores. Porque haverão os professores de investirem num projecto, onde não há reconhecimento, nem respeito pela sua profissão? É triste assistir a estas guerras entre os agentes educativos! Vamos unir-nos já que a classe dos professores é pouco respeitada.

Jacinto Figueiredo, 11/NOV./04

Concursos 2005-06

CONCURSO DE PROFESSORES, VERGONHA NACIONAL DO ME!

O Presidente da República, Jorge Sampaio, lamentou a polémica em torno do concurso de colocação de professores, que classificou como uma grave perda de tempo em relação aos problemas da educação.´
"A única esperança que manifesto é que se entendam de modo a que não se verifique a mesma confusão todos os anos. O que me interessa são os estudantes".
Várias organizações representativas dos educadores e professores dos Ensinos Básico e Secundário denunciam que milhares de professores ficaram excluídos do concurso para o próximo ano lectivo e erradamente ordenados nas listas apresentadas pelo Ministério da Educação.
Em declarações à Antena 1, o secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Morgado, admitiu a existência de falhas. "Houve falhas, houve erros e são necessariamente erros humanos", afirmou mas também disseram que eram erros informáticos? A tutela já se comprometeu a substituir as listas e, depois disso, conforme assegurou o secretário de Estado, "vai-se inquirir todos os factos e fazer uma auditoria interna ao que correu mal". Será que faz e assume a responsabilidade?
Declarações do presidente da FNE que pareciam oriundas do Ministério da Educação apelavam à simples reclamação através do boletim disponibilizado para o efeito, como se a quantidade de exclusões irregulares fosse normal mas, sentiram cumplicidade, pois concordaram com este modelo de concurso. A FNE não defende os professores com atitudes como esta! É lamentável que assim seja!
Mais correcta foi a forma como a FENPROF encarou o problema. Se não fosse esta estrutura sindical, não teríamos, de facto, ninguém do lado dos professores.
Confesso perplexidade para erro de tamanha dimensão. Será que quem fez o tratamento informático é incompetente ou seguiu rigorosamente as instruções recebidas da hierarquia?
Deviam testar, internamente, com os boletins do ano anterior, estava tudo feito era só ver o resultado, mas quem tudo quer poupar tudo pode perder! Julgávamos já ter visto tudo! A cada hora que passa (para não dizer "minuto"), os erros multiplicam-se! Parece que não estamos a exagerar se disser que "está tudo completamente errado", neste concurso! E como é de conhecimento geral, "o que nasce torto, jamais se endireita!". Parece-me que o mais "ético" seria assumir o erro e a incompetência de quem "faz tudo mal". Haja coragem política, e não só!

A Madeira e Açores parecem não ser Portugal!
Parece impossível, mas nenhum professor a leccionar na Madeira e Açores ficou colocado na lista de graduação! O que se está a passar neste momento é um escândalo!
Claro que outra coisa não seria de esperar, com um governo arranjado a martelo. Somos governados por duas pessoas que só ambicionam poder. Basta conhecer o Dr. Portas, direita assumida, mas que enche a boca com os trabalhadores! Dr. Durão - foi militante activista do MRPP, os dois antes das eleições, (não se podiam ver e pouco faltou para se chamarem mutuamente de burros) e depois de conhecerem os resultados, PP 6 ou 7% tem quatro Ministérios e dos mais importantes e, não foi nele que os Portugueses votaram para nos governar? A aliança é uma amizade hipócrita, de sorriso amarelo, que ambos têm que engolir para satisfazer os seus caprichos - TER PODER.
Este é o país que temos! É um país onde a incompetência é encarada com naturalidade. Ninguém é responsabilizado! Amanhã será apenas mais um dia onde continuamos a sonhar que Portugal vencerá o ERO 2004, para nos sentirmos realmente GRANDES!
Penso que não há mesmo nenhum comentário a fazer, a não ser lutar pelos nossos direitos e não ficarmos admirados, pois isto já era de prever (...). Agora, vamos estar bem atentos, pois há quem ainda acredite que os erros podem ter sido da parte dos professores.

Apresentamos alguns exemplos:
Não fui excluído, mas omitiram mais de quatro mil dias de serviço após a profissionalização e colocaram-me na prioridade dois quando devia ser a um, isto faz com que desça na lista "desordenada”.
“Tenho 29 anos de serviço e fiquei "desaparecida". Não consto das listas. Isto é uma vergonha.... O ministro que se demita e peça desculpa aos professores. É o mínimo que pode fazer.... Reclamar, manda ele. Mas se o meu boletim desapareceu? Onde está ele? É o país que temos (...).
“Será possível uma professora que nasceu em 1965 ter 18317 dias de serviço, antes da profissionalização?!!! (...). Esta situação está na lista graduada do grupo 11-Matemática e a essa professora está em 13º lugar!!!... Mais uma das muitas "gralhas" das listas graduadas. Enfim, andam a brincar connosco”. Anónimos.

Se esta situação não fosse duma gravidade extrema, qualquer um poderia pensar que se tratava duma grande anedota! Mas, infelizmente é verdade! Será este o verdadeiro retrato da educação em Portugal?!...

Jacinto Figueiredo, 7/5/04.

CIRURGIAS COM VALE?


Hospital de S. Teotónio - VISEU
O Governo, através do Sr. Ministro da saúde, anunciou que a partir de Novembro de 2004 vai iniciar, no Algarve e Alentejo, um programa de saúde a fim de reduzir o número de utentes em listas de espera.

Este programa sintetiza-se no seguinte: o enfermo inscreve-se na lista de um Hospital Público do SNS e essa instituição tem um mês para responder ao solicitado, se não for dada resposta o enfermo será encaminhado para outro Hospital Público, se este também não der resposta o serviço de cirurgia passa de imediato para uma instituição privada. Pela prestação de serviço privado o Ministério da Saúde passa um vale ao enfermo com o valor total, pensamos nós, com os quais pagará o serviço prestado.

Não será este um mecanismo que o Governo privilegia para desviar os utentes do Serviço Nacional de Saúde para unidades privadas?
O Governo devia explicar aos Portugueses porque é que as unidades de saúde públicas não são capazes de responder atempadamente. Depois devia explicar também, porque é que não são criadas condições para que essas respostas sejam dadas em devido tempo. O Serviço Nacional de Saúde tem capacidades instaladas para responder aos utentes, pensamos nós, é uma questão de organização e rentabilização dos recursos humanos e materiais existentes nos serviços públicos. A questão de fundo é que estes recursos estarão subaproveitados, ou seja, os blocos operatórios nos hospitais públicos, uma grande parte, só funcionam durante uma parte do dia para as cirurgias programadas, quando deveriam funcionar durante todo o dia, como todos nós reclamamos. Esta é que devia ser a opção do Governo, e não a de promover o sector privado, como o ministro pretende nesta área e, outro noutras como é o caso da educação.

Um argumento a que o Governo recorre é o de que o Estado não dispõe de meios financeiros para concretizar esta medida. Esquece-se, porém, de nos informar que será o Estado que vai pagar aos privados as cirurgias que deveriam ser feitas nos hospitais públicos.
Consideramos que é necessário clarificar muito bem como vão funcionar os vales-cirurgias que o Governo promete. Os utentes devem saber, antecipadamente, se vão ter de pagar algo com esta nova modalidade.
Sabemos que com o actual Programa de Recuperação das Listas de Espera, há encargos para os utentes com os transportes e as estadias, quando a cirurgia for realizada longe da residência. Por outro lado, ao abrigo de um diploma já existente, um doente que esteja mais de 90 dias em lista de espera para consulta de especialidade é autorizado a recorrer a uma consulta convencionada da especialidade.

Através de uma confederação de trabalhadores temos conhecimento de um “caso passado com um doente do Algarve que usou este programa e que teve que desembolsar centenas de euros se quis ser operado na Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Novo, instituição que tem uma convenção com a ARS. Sendo utente do SNS, não tinha nada a pagar, mas foi-lhe dito que o valor da convenção paga pelo Estado era insuficiente”.
Alertamos os leitores para estes riscos e para outros, designadamente em matéria de a qualidade da prestação dos cuidados de saúde. “Há estudos internacionais que demonstram que os cuidados no sector privado têm mais riscos que no público, dado que a componente do lucro leva a deficiências nessa prestação”, informação da mesma confederação de trabalhadores.
Além destas dúvidas outras surgiram através de um profissional de saúde:

Quem faz a recepção e selecção dos pedidos de inscrição dos utentes para cirurgia em instituições públicas? Quais os critérios para os doentes serem rejeitados pelos Hospitais Públicos? Quais os requisitos necessários de qualidade por parte das instituições privadas onde o Estado vai contratualizar serviços? Qual o critério de distribuição dos utentes pelas diversas instituições? Será que é mesmo o utente que escolhe? Ou tem de se cingir a uma oferta de qualidade duvidosa, ou de interesses instalados?

Jacinto Figueiredo, 28/10/04.

BOLONHA - Processo


Um bom Politécnico não se transforma numa Universidade…

A Assembleia da República aprovou a proposta de Lei de Bases do Sistema Educativo apresentada pelo Governo. O articulado prevê uma nova organização dos graus académicos, no âmbito do processo de Bolonha. Foi aprovado com os votos favoráveis do PS e do PSD e a abstenção dos restantes partidos com assento parlamentar.

O objectivo é harmonizar o sistema de ensino português com os congéneres europeus, a proposta do Governo prevê a adopção de um modelo assente em três ciclos de estudo: licenciatura; mestrado e doutoramento, deixando de existir o grau de bacharel.

Os institutos politécnicos ganham o direito de conferir o grau de mestre, os doutoramentos continuam a estar reservados somente às universidades. Este é um argumento forte para a recriação, já foi criada pelo PS, da Universidade Pública de Viseu.

A alteração da Lei implicará mudanças na actual lei de financiamento do Estado que irá abranger as licenciaturas e os mestrados. Mariano Gago esclareceu ainda que vai "limitar a actual liberdade das instituições de fixar propinas nos casos de mestrados integrados", fixando um limite para o valor das propinas, idêntico para os dois ciclos de estudo. No caso dos mestrados não integrados, caberá às instituições definir o valor da contribuição das famílias, sendo que o Estado financia 80% desse montante. Quanto à acção social escolar, será mantida nas licenciaturas e estendida aos estudantes de mestrado. A inovação introduzida pela proposta de Lei de Bases que dá aos politécnicos a possibilidade de conferirem o grau de mestre. Sobre o grau de doutor, o ministro afirmou que "tal não acontece em nenhum país da Europa". "Um bom politécnico não se transforma numa universidade, transforma-se num politécnico de melhor qualidade", sustentou o ministro.

Assumiu ainda o compromisso de “não ceder às pressões das várias ordens profissionais, no sentido de fazer depender a entrada no mercado de trabalho da existência, por parte do candidato, de um mestrado, como requer, por exemplo, a Ordem dos Engenheiros”.

A questão foi dirigida pelos deputados do BE e do CDS/PP, que queriam saber se os mestrados integrados vão obedecer às pressões das ordens profissionais. Por força de uma directiva comunitária, os cursos de Medicina e Arquitectura têm um mestrado integrado no seu plano curricular. "O Governo não permitirá a deriva corporativa em que corpos profissionais reservem a entrada no mercado de trabalho", afirmou Mariano Gago, na sua resposta.

Portugal fica mais perto da aplicação da Declaração de Bolonha, um compromisso assumido em 1999 pelos Estados-membros da UE com vista à criação, até 2010, de um "espaço europeu do Ensino Superior". A Declaração de Bolonha tem como objectivo facilitar a mobilidade e a empregabilidade dos estudantes na Europa, tornando equivalentes os graus académicos atribuídos em todos os estados-membros.

Alberto Amaral em entrevista a um Jornal Nacional diário disse acreditar que todo o processo de Bolonha está, à partida, viciado e revelou existência de "agenda oculta" na criação do espaço europeu de Ensino Superior. Diminuir custos da mão-de-obra e encargos do Estado são as metas reais, ou seja, Bolonha obrigará Portugal a desinvestir no Superior.

O processo vai implementar uma espécie de "quotas educativas", em que Portugal perderá face aos países europeus tecnologicamente mais avançados. O alerta foi lançado no Porto pelo director do Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior (CIPES).

Para Alberto Amaral, "o que está por trás de Bolonha são os problemas dos salários europeus muito elevados, agravados pelo que resta do sistema do Estado Providência, os quais prejudicam a posição da Europa no novo sistema de competição económica global".

Traduzindo em miúdos, o ex-reitor explicou que Bolonha vai permitir, por um lado, diminuir os custos de mão-de-obra, e por outro, fazer baixar os encargos públicos com o Ensino Superior, "de forma bem mais eficaz do que um simples aumento das propinas".

O primeiro ciclo de estudos, com relevância para o mercado de trabalho, será financiado pelo Estado. Contudo, serão os estudantes a pagar o ensino pós-graduado (2.º ciclo) como forma de ele próprio zelar pela sua empregabilidade.

O director do CIPES revelou que o sistema de créditos, como se prevê, não será uma moeda fiável para o reconhecimento de estudos e apenas irá criar "uma burocracia intolerável e asfixiante".

No final, o ex-reitor concluiu "E, meus caros colegas, depois não se queixem por andarem a dormir ou por não terem sido avisados".

Jacinto Figueiredo, 15/05/2005

quarta-feira, janeiro 11, 2006

JOÃO PALO II – memória de um HOMEM

No período de 28/3 a 3/4/05, organizada pela Escola Secundária Alves Martins de Viseu, um grupo de professores peregrinou por Itália e permaneceu 2 dias em Roma a cidade eterna porque contém desde os primórdios tudo o que, contemporaneamente, se crê como inédito. Neste périplo, em Bus conduzido pelo Italiano Geovani, fomos acompanhados por uma Espanhola simpática, a Yolanda, e um Romano de gema, o Paulo, guia local a falar Português, transmitiu-nos a sabedoria alimentando o Ego de crentes ou não, sempre utilizou um humor refinado. Partimos ansiosos na esperança de ver o Papa, mas apesar de estarmos a poucos metros dele não conseguimos e, regressamos convictos de que não morreria sem o visitarmos. Foi uma viagem rica de alegria, convívio, amizade, conhecimentos sociais, patrimoniais e políticos, entendendo estes como capacidade de decisão do Homem sobre as coisas.

Karol Jóseph Wojtyla de seu nome – nasceu em 1920/05/18 em Wadowice, na Polónia. Exerceu a função, no Vaticano desde 1978 até 2005, é o terceiro período mais longo na história da Igreja Católica. Também o primeiro papa não Italiano a ser eleito em 456 anos. João Paulo II (nome de adopção religiosa) morreu com 84 anos, depois de sucessivas recaídas, no dia 2 de Abril às 21h37 de Itália, 20h37 de Lisboa e depois de uma vida feliz por servir Deus e o seu povo, mas ensombrada pela doença de Parkinson.

Da enciclopédia ficamos a saber que: Papa (substantivo masculino - chefe da Igreja Católica; Sumo Pontífice; Do gr. páppas, «avô», pelo lat. papa, «papa»).

O Papa foi um Homem que fez e fica para História dos vivos, na opinião de D. António Marto, Bispo de Viseu, “foi uma espécie de novo Moisés que conduziu a Igreja do Século XX para o XXI”. Viajou para onde nenhum Papa teve coragem de o fazer. Escolheu o México para a sua primeira peregrinação. A partir de então, viajou o equivalente a 30 voltas completas ao Mundo.

Falou do que poucos arriscaram falar. Foi alvejado, mas sobreviveu. Acreditou sempre que foi "a senhora de branco" que o salvou. Conseguiu cumprir três grandes sonhos: ajudou ao fim do mítico comunismo na Europa de Leste; entrou no terceiro milénio e visitou a Terra Santa. Por cumprir, ficou o desejo de visitar a China e Rússia.

O objectivo das suas viagens foi de unir os povos e abrir canais de diálogo entre as diferentes religiões, “não haverá Paz no Mundo, se não houver Paz entre as Religiões. Como são belos os pés que anunciam a paz. E as mãos que repartem o Pão”. Manteve, apesar disso, uma doutrina conservadora nas questões sociais defendendo as ideias tradicionais católicas e manifestando princípios claros contra a interrupção voluntária da gravidez, o uso do preservativo ou contraceptivos, a homossexualidade, o divórcio e a eutanásia.

A sua fluência em várias línguas, incluindo o Português, permitiu-lhe ser embaixador da Igreja por todo o mundo.

Devoto de N. Sra. de Fátima em Portugal, deslocou-se ao Santuário por duas vezes. Realizou a sua segunda visita com o propósito de presidir à beatificação de Jacinta e Francisco Marto, os dois pastorinhos ali sepultados desde 1951 e cujo processo de beatificação foi iniciado em 1948.

Não há candidaturas oficiais à sucessão, mas 23 nomes são prováveis. O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, está entre os nomes que podem suceder-lhe.

João Paulo II fez 482 canonizações e 1338 beatificações mais que todos os seus antecessores juntos.

Foi Sumo Pontífice do Cristianismo – Religião monoteísta instituída por Cristo, cujo ponto fundamental é a expiação (preces para aplacar a cólera celeste) e a redenção humanas.

O termo "Cristianismo" significa, de um modo geral, a religião fundada por Jesus Cristo, ou o conjunto de religiões que nele filiam a sua origem. Para os judeus, o governo de Deus seria estabelecido pelo Príncipe anunciado, o Messias. Este Príncipe pertenceria à casa de David, rei de Israel no século X a. C.

A principal fonte de conhecimento que temos acerca de Jesus de Nazaré são os quatro evangelhos canónicos.

Ao princípio, a mensagem de Jesus Cristo foi difundida pelos doze apóstolos por ele escolhidos para a sua difusão. A autoridade da Igreja na primeira geração de cristãos recaiu sobre estes homens. Após a sua morte levantaram-se questões acerca de quem seriam as autoridades máximas da igreja. As congregações de cristãos tinham, desde os primórdios, sido assistidas pelos presbyteroi (padres), episkopoi (bispos) e pelos diakonoi (diáconos), foi destes termos gregos que saiu a futura estrutura hierárquica da igreja. O título de papa (pai), que durante cerca de seiscentos anos foi usado como termo afectuoso aplicado a qualquer bispo, começou a ser especialmente atribuído ao bispo de Roma a partir do século VI e pelo século IX era-lhe atribuído quase exclusivamente.

Após os problemas iniciais de autoridade e continuidade da hierarquia, a maior garantia de autenticidade e continuidade foi encontrada nas Escrituras.

A divisão do império romano, em Ocidental e Oriental, e sua posterior queda, as várias escolas teológicas das principais cidades, e o uso do latim e do grego, foram alguns dos motivos que levaram a que diversas controvérsias fossem surgindo ao longo dos séculos, o que culminou no grande Cisma (dissidência religiosa, política ou literária) do Ocidente de 1054. Como represália, foram encerradas em Constantinopla (Capital do Império Bizantino de 330 a 1453) várias igrejas latinas pelo patriarca da cidade. As principais diferenças entre as igrejas ocidentais e orientais ficaram a dever-se ao aumento de prestígio e poder do Bispo de Roma devido à expansão e consolidação da cristandade no Ocidente. A doutrina de Martinho Lutero não reconhece a autoridade papal, por considerar que a única autoridade religiosa é a Escritura interpretada por cada um. As Igrejas protestantes podem dividir-se em Luteranas, Anglicanas (ambas moderadas e próximas do ecumenismo: tendência para formar uma única família em todo o Mundo; movimento tendente a restabelecer a unidade entre os discípulos de Cristo).

Em Portugal, a população é maioritariamente católica. Sob a autoridade central do Papado, a Igreja católica divide-se em dioceses onde os bispos actuam em nome e por autoridade do Papa, mas com alguma autonomia administrativa, cujo princípio de colegialidade articulado pelo Concílio do Vaticano II aumentou. A doutrina da Igreja católica é idêntica à da maioria das Igrejas Ortodoxas; consiste na Bíblia, na herança dogmática da igreja primitiva, nos decretos dos primeiros concílios ecuménicos e no trabalho teológico dos Padres (doutores) da Igreja.

Jacinto Figueiredo, 8/4/2005.

POLÍTICOS!

POLÍTICOS – sujeitam-se a um 26 de Abril!

A democracia é o sistema político com menos defeitos, entendendo-o como capacidade de decisão do “HOMEM” sobre as coisas em que a autoridade emana do conjunto dos cidadãos.

Os políticos, por conveniência, não estão interessados nos acertos do sistema de forma a minimizarem esses defeitos e sujeitam-se a um 26 de Abril a curto prazo.

Não sou monarca porque não acredito no poder soberano vitalício de uma nação e, um rei chefe absoluto. Mas como podemos interpretar os exemplos dos nossos políticos?

Pina Moura, ex-ministro, actual deputado e presidente da empresa Iberdrola em Portugal pode influênciar a EDP maior empresa Portuguesa. Como é possível verificando-se conflitos de interesses?

Será sempre muito mais fácil a Iberdrola comprar 10% da EDP que a EDP adquirir 10% da Iberdrola. O susto é a aproximação da Iberdrola ao poder executivo da EDP. O grande receio é que, mais cedo ou mais tarde, a EDP seja dominada por poderes espanhóis.

Recebi una «notificação» da EDP a informar que as facturas agora são passadas de dois em dois meses... E com conta fixa!... Eles vêm acertar, no fim do ano... Mas, se quisermos facturas mensais, temos de aderir ao pagamento automático pelo Banco. A EDP dita leis em proveito da gestão da Empresa. Um Estado dentro de outro Estado. O Estado da Energia com aumentos liberalizados a partir do próximo ano!

Hoje, o consumidor faz o trabalho deles... Comunica o consumo, ou não comunica e este é estimado...
Se o cliente atrasa um dia o pagamento paga a mora e ignoram o que vai a mais na conta fixa pelo consumo estimado. Somos um país de pobres, mas os monopólios tratam-nos como ricos!

Numa sociedade onde “alguns” políticos se escudam no estatuto para fugir à justiça. São premiados os incompetentes com atribuição de lugares com altos salários ou aposentações como os da CGD, Banc.Port. ou a GALP. Subvenções vitalícias… Defendem em campanha eleitoral a idade de aposentação aos 67 anos e adquirem-na com apenas 49. Para eles o tempo para aposentação conta a triplicar, apenas 12 anos de assembleia. Recebem milhares de contos de subsídios de integração quando deixam a assembleia. Cortam as regalias sociais e direitos adquiridos, de imediato, à classe média e salvaguardam os seus. O património mais rentável do Estado foi entregue por tuta e meia aos privados, que são sempre os mesmos a comprar tudo. Privatizam, para proveito próprio, tudo que é rentável. Clamam que há Estado a mais porque querem reduzir o Estado a um mero fazedor de leis que são sempre no sentido de reforçar os seus privilégios e rapar as populações. Clamam pela alteração da Constituição com o objectivo de a tornar maleável para a prossecução do assalto definitivo ao controlo do Estado. Não aceitam a redução de deputados e limite de mandatos na administração pública. Pugnam pela eternidade e hereditariedade do poder argumentando que é através do voto, mas quase todos sabemos como isso se consegue.

O ensino é um caos que não forma os cidadãos, muita população é analfabeta funcional, isto é: não consegue ler um livro porque não consegue entender o que lá está escrito. As actividades económicas produtivas, as que criam postos de trabalho foram desmanteladas a troco de uns milhões vindos da UE e enriqueceram uma nova classe, emergente, nascida do crime e da corrupção deixando o país sem recursos e transformando-o numa espécie de feudo medievalpreço de escravo. onde a força de trabalho se compra na praça pública por

O Estado perdeu a autoridade porque não consegue fazer justiça sobre todos os cidadãos. Assistimos à desvalorização de quem trabalha valorizando quem especula. Os valores éticos e morais estão pervertidos... Enquanto os Polícias prenderem e os Juízes soltarem. Enquanto 5% da População detém 90% da riqueza e os outros 95% têm de governar-se com os restantes 10% podem crer que a única solução é “roubar” para viver.

A safadez é tanta que um cidadão informado, consciente e cumpridor, às vezes deseja ser ignorante para viver na ilusão de que isto é um país que tem justiça e ordem e que os seus dirigentes regem o seu comportamento por sentido de Estado com ética e pudor.

Por mim, com uma vida de trabalho com mais de 40 anos de contribuição para a Seg. Social tenho a esperança que me seja pontualmente devolvida em mensalidades uma parte do que descontei.

Enquanto os homens insistirem em medir as rendibilidades de algo só pela sua capacidade de gerar cifrões e se esquecerem totalmente da função social desse algo, então a sociedade está doente. Pessimismo qb-muito dinheiro está “calado”! Muitos estão habituados a subsídios!

Jacinto Figueiredo, 09-01-2005.

terça-feira, janeiro 10, 2006

VISEU-ESCOLA SEC. EMÍDIO NAVARRO


mdtytyj.jpg


ESC. EMÍDIO NAVARRO-VISEU: Trata problemas de comportamento e aprendizagem.

O Doutor João Lopes, Psicólogo e docente na Universidade do Minho foi convidado pelo Executivo através do Núcleo de Apoio Educativo e SPO (Serviço de Psicologia e orientação) representados, respectivamente, pelo Dr. António Cabral, Dr.ª Luísa Chaves e Dr.ª Filomena Gato.

Dadas as boas vindas a todos os participantes e orador foi descrito o invejável currículo do palestrante que com à vontade nas matérias, polémicas, porque as questões da educação como não são ciência exacta todos têm opinião baseando-se cada um de nós em vários estudos científicos ou meras opiniões pessoais que terão algum significado quando justificadas e sustentadas com base na prática diária, sim porque a ciência resulta de estudos práticos.

A Acção de Formação versou sobre os”Problemas de Aprendizagem e Problemas de Comportamento em Contexto Escolar”, decorreu no dia 2-11-2005 na sala multiusos das 14.30 às 17.30hrs. Contrasta com o que se discutia há uns bons anos atrás: “o uso e porte de arma pelo Prof. na sala de aula “.

A colaboração dos Pais é importante, mas quando solicitada e não apenas pelos maus comportamentos. A pressão ou atitudes mais radicais como a agressividade, que devemos enfrentar de imediato, são indesejáveis para o bom funcionamento das instituições. A função do Prof. não é apenas ensinar, mas também educar para os valores que cada vez mais se justificam nas escolas que devem ser os palcos privilegiados. A estrutura e função familiar de hoje não se coadunam com as exigências contemporâneas, os pais têm direito e necessidade de trabalhar, os filhos são entregues a Amas ou Infantários desde tenra idade. Os problemas dos alunos que devemos perceber mas não aceitar devem ser resolvidos dentro da sala. Os profissionais da Educação nunca podem ser desautorizados e muito menos frente aos alunos.

A nova organização escolar com os “ajuntamentos” agrupamentos de escolas está feito para a desresponsabilização dos profissionais. A figura de Director, sem carga negativa, talvez em sua opinião se ajuste ao tempo actual. Não confundir autoridade com autoritarismo, pois são conceitos diferentes.

Teorias da Aprendizagem, a melhor é a modelagem, na hora, através da demonstração de comportamento sabendo que estes estão directamente relacionados com a ignorância, os que pior se comportam são os que mais dificuldade têm e, estes enquanto não estiverem motivados para as aprendizagens e como não percebem o que se está a tratar usam pela negativa a forma de se afirmarem.

Reprovação é um acto administrativo que obriga um aluno a atrasar-se em relação aos colegas porque não conseguiu determinadas competências do saber/saber/estar/ser/fazer. Não faz qualquer sentido porque no ano seguinte está na mesma e passa a fazer mais barulho, já ouviu a “lenga lenga” no ano anterior. A reprovação não resulta porque no ano seguinte é ensinado com os mesmos métodos e os mesmos defeitos. Deve reprovar na tarefa e não no ano escolar. Há automatismos precoces do erro e o feedback imediato é muito importante. A Pedagogia Diferenciada é essencial para o sucesso educativo, não aprendemos todos da mesma maneira. Os vários tipos de inteligência, contrastam com o ensino massivo que se verifica em muitas escolas.

A atenção, mas o que é a atenção? Skinner disse que é a relação, contingente, entre estimulo-resposta. Qual a relação fala-escrita? A criança deve aprender primeiro a escrever de preferência o seu nome e depois a ler. Distinguem-se os alunos pelo número de palavras que conseguem ler por minuto.

Na leitura deve ser feita a distinção entre as letras dos sons e não os sons das letras, poios as letras não têm sons. A consciência fonética consiste nos diferentes sons com as mesmas palavras, ex. cama-maca e, adquire-se a partir dos seis meses de idade. A língua Portuguesa tem entre 42 e 46 sons ou fonemas com a correspondência: um fonema um grafema ex. p-p.

As estratégias erradas dificultam as aprendizagens. O número reduzido de alunos por turma, apenas se justifica no 1.º ano de escolaridade nos anos seguintes não. Países em que as turmas funcionam com mais de cinquenta alunos têm sucesso escolar!

Aos manuais falta-lhe linguagem escrita, os alunos devem aprender a seleccionar a informação. Não se deve substituir a escrita pela oralidade, isto aconteceu no tempo das cavernas, pois não havia escrita. Não se deve utilizar a linguagem de elementos de grupos com comportamentos desviantes, mas sim escrita e oralidade comummente aceite. A inclusão exige a reestruturação da escola e do currículo, com as consequentes alterações curriculares, de modo a que se criem contextos sociais de aprendizagem.

Jacinto Figueiredo, 10-11-2005.

Vila Chã de Sá, Finalmente, vai ter ETAR!

Em 4/7/2004 fiz denúncia pública da grave situação que agora, julgo, vai ser realidade com a construção de ETAR da qual destacamos alguns elementos. Designação: ETAR de Vila Chã de Sá. Diário n.º: 120 de 2005-06-24. Página(s) : 13492 a 13493.
Emissor: SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE VISEU.
Tipo: CONSTRUÇÃO. Distrito: Viseu.
DURAÇÃO DO CONTRATO OU PRAZO DE EXECUÇÃO: prazo em meses [0][6] a partir da data da consignação. O preço base do concurso é de 218. 972,28 euros, excluindo o IVA.
Prazo para recepção de propostas ou pedidos de participação [0][3][5] dias a contar da sua publicação no Diário da República
FINANCIADO PELOS FUNDOS COMUNITÁRIOS? NÃO [X] SIM [ ]

Não acusei mas denunciei para que a situação degradante fosse ultrapassada - preferimos 2 caminhos a levantar pó quando utilizados que a falta desta infra-estrutura que prejudica tudo e todos.
Os pastos regados com estas águas, fotemente poluídas, os animais não os ingerem, é nojento e pestilento, também a proximidade de habitações e zona de construção, etc.

Sabemos que é um problema global.
Circula a informação que
«Dois terços dos esgotos não têm tratamento adequado».
Não pretendemos ser os principais poluidores dos recursos que são de "todos" e de um bem essencial como a água, fonte de vida, do planeta em que menos de 3% é potável.

A Câmara Municipal da Guarda está a apostar no tratamento dos esgotos das povoações rurais através da criação de Lagoas de Macrófitas em vez das tradicionais fossas sépticas. A experiência feita em Gonçalo está a obter resultados extremamente positivos.

Jacinto Figueiredo, 4/7/04

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Viseu, Vila Chã de Sá, há 20 anos, 20 kms de esgoto a céu aberto. Não tem ETAR!

Vila Chã de Sá, Freguesia do concelho de Viseu há mais de 20 anos que tem mais de 20 Kms de esgotos a correr a céu aberto para uma Ribeira seca. Com mais de 2.000 habitantes, ainda não tem uma Estação de Tratamento de Águas Residuais.
Não acusamos, mas denunciam
os para que o problema seja solucionado e não como julgamos estar a acontecer.
Foi adquirido recentemente um terreno para a edificação da infra-estrutura que várias vezes e há vários anos ouvimos quererem co
nstruir. Entemdemos ser o lugar menos adequado por ser zona de construção e a poucos metros de habitações já construídas.
De forma sutentada e a pensar no futuro julgo que ficaria melhor juntodo lugar dos três rios a edificação da "ETAR", de forma a servir o maior
número, possível, de pessoas e rentabilizando-a através da recuperação do biogás, assim como das lamas como adubos orgânicos a exemplo da ETAR de S. Salvador? Não podemos nem devemos poupar nestas situações.Os responsáveis podem comprometer o futuro ainda mais!
Este modelo serviria as f
reguesias de: Vila Chã de Sá; Faíl; Silgueiros; Lageosa; Parada de Gonta; S. João de Lourosa; Repeses,; Ranhados; Viseu ou parte da cidade já que os esgotos do Hospital e da zona circundante estão a ser mal tratados em Teivas!
Quase todos têm a suas fossas sépticas que pouco trata e muito polui com grandes despesas de funcionamento sem contrapartidas económicas.

Sabemo
s que é um problema global, e pensamos não ser porque a O Sr. Dr. Ruas não queira resolver, mas o povo de Vila Chã de Sá não gosta de ver as tabuletas nos chafarizes, edificados em 1963 pela CMV, escritas a vermelho, “Água Imprópria para Consumo” nem queremos ser os principais poluidores dos recursos que são de "todos". Um bem essencial como a água do planeta que menos de 3% é potável e fundamental para a nossa sobrevivencia.
Aconselho os habitantes da Freguesia a analisar a água que
consomem dos seus poços e vejam os resultados, já pensaram nisso?

Causas:
Efluentes domésticos, geralmente com duas component
es, uma de produtos agressivos e desinfectantes, como: os sabões e os detergentes; e outra muito rica em matéria orgânica; resultante de dejectos; restos de alimentos; etc.
Nestes efluentes vão incluídos uma série de componentes em pequenas
quantidades mas de resultados muito graves devido à sua toxicidade. São disso ex.: produtos farmacêuticos; químicos; pesticidas; produtos derivados de petróleo de moléculas de síntese complicada dificilmente biodegradáveis e por vezes até bioacumuláveis.
Efluentes industriais resultantes da utilização da água pelas indústria
s, despejo voluntário ou não de produtos poluentes de toxicidade variável.

Consequências:

Diminuição geral da qualidade da água; diminuição especifica da qualidade da água segundo determinado parâmetro; restrições à sua utilização humana directa e para todos os fins, ou especificamente para fim determinado, pela presença de um dado a
gente poluente; repercussões negativas sobre outros organismos, dos quais a espécie humana pode ser dependente; desequilíbrios em todos os ecossistemas situados a jusante, provocando a morte, ou o stress dos organismos que os integram.
Com os assuntos abordados objectivo: um olhar diferente; confronto de ideias; descoberta de novos elementos; uma maior familiarização com o que temos; em suma uma paixão e um carinho especial a par de uma satisfação e de enriquecimento pessoal.
Os objectos falarão por si quando os receptores os souberem descodificar. Por isso, a Educação Patrimonial é, cada vez mais, um imperativo dos nossos dias.
Pretendo, também lançar uma pedra no charco que suscite ondas concêntricas que s
e expandam não só pela superfície, mas que envolvam no seu movimento a distâncias e profundidades diferentes ou com efeitos diversos.
Incentivar o gosto pela descoberta e compreender
a história local é o nosso principal objectivo.
Sabendo como sabemos, que a edu
cação e a cultura fazem parte de um desenvolvimento harmonioso do ser humano, tentaremos mostrar que só olhando as coisas, convivendo com elas, aprendendo a conhecê-las no seu todo, se aprende a amar e a gostar verdadeiramente do que é nosso.
Tal como um cruzeiro construído para homenagear qualquer feito do séc. XVIII e XIX, pretendemos que este trabalho tenha significado semelhante e que a semente agora lançada tenha boa produção.
Vila Chã de Sá, perfeitamente integrada no concelho e distrito de Viseu, está situados entre-os-rios Pavia e Dão, a SSO da sede do Concelho. Tem uma área de 837 há, encontra-se a meia dúzia de quilómetros da cidade de Viseu, é uma freguesia suburbana com algumas características e vivências rurais, onde os habitantes se dedicam principalmente à agricultura, e construção civil, existindo algumas indústrias, com maior incidência
para as do sector da madeira, restauração, panificação e comércio.
Os novos limites da cidade de Viseu nos termos das
deliberações tomadas em reuniões da Câmara Municipal fizeram com que a freguesia ficasse parcialmente integrada no perímetro urbano.
Segundo os censos de 2001, resultados provisórios In Notícias de Viseu de 29/06/01, esta Freguesia tem a seguinte constituição:
População Presente HM; 1565;1765 indivíduos;
População Presente H; 763; 877 indivíduos;
População Residente HM; 1578;1817 indivíduos;
População Residente H; 768,907 indivíduos;
Famílias; 428; 579;
Alojamentos; 594;718;
Edifícios; 563; 671.

(resultados dos censos de 91 e 01, respectivamente).

1. Gráfico com resultados comparativos dos anos de 91 e 01. De Vila Chã de Sá.

Jacinto Figueiredo, 4/7/04