segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Então... Amo-te e adeus (...)

(...) E quando eu for para o céu, escreva "Menina do Pai" na minha sepultura (...)

“Mãe (...) Então... Amo-te e adeus (...)”

Fui a uma festa, e lembrei-me do que me disseste.

Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe (...)

Então, bebi uma "Sprite".

Senti orgulho de mim mesma, e do modo como me disseste que eu me sentiria e que não deveria beber e conduzir ao contrário do que alguns amigos me disseram.

Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto.

E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a conduzir sem condições...

Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz (...)

Eu nunca poderia imaginar o que me aguardava, mãe (...)

Algo que eu não poderia esperar (...)

Agora estou deitada na rua, e ouvi o policia dizer: "O rapaz que causou este acidente estava bêbado", mãe, a voz parecia tão distante (...)

O meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças, não chorar (...)

Posso ouvir os paramédicos dizerem: "A rapariga vai morrer" (...)

Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e conduzir, e agora tenho que morrer (...)

Então porque as pessoas fazem isso, mãe? sabendo que isto vai arruinar vidas? A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas (...)

Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao papá que ele seja forte (...)

E quando eu for para o céu, escreva "Menina do Pai" na minha sepultura (...)

Alguém deveria ter dito aquele rapaz que é errado beber e conduzir (...)

Talvez, se os seus pais tivessem dito, eu ainda estivesse viva (...)

Minha respiração está a ficar mais fraca, mãe, e estou realmente a ficar com medo (...)

Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada (...)

Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe, enquanto estou esticada aqui a morrer, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe... Então... Amo-te e adeus (...)"

Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter ia anotando (...)

Muito chocado, este repórter iniciou uma campanha. Se estas palavras chegaram até si e você o apagar, pode estar a perder a chance de consciencializar mais e mais pessoas, fazer com que a sua vida TAMBÉM CORRA PERIGO! E este pequeno gesto pode fazer uma grande diferença!

Jacinto Figueiredo, 03/06/2004

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