domingo, dezembro 24, 2006

Um Santo Natal de 2006


A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio dos nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham na nossa caminhada pela vida.

Feliz Natal,
Ano Novo 2007 exausto de Paz
E
Solidariedade.

Jacinto Figueiredo.



Um Santo Natal de 2006




Deus não nos deixa deambular na escuridão. Ele é tão grande que se pode permitir tornar-se muito pequeno. Deus assumiu um rosto humano. Só este Deus nos salva do medo do mundo e da ânsia diante do vazio da própria existência.

Bento XVI

terça-feira, dezembro 12, 2006

VISEU – telescópica!

O Município de Viseu prepara-se para implementar no Pavilhão Multiusos Bancadas telescópicas. As obras são através de Concurso Público e publicado em Diário n.º 232 de 2006-12-04.

Os trabalhos de Fornecimento e colocação de bancadas telescópicas, com sistema motorizado, serão constituídos por duas plataformas, colocadas nas laterais do Multiusos.

O preço base do concurso é de € 3.750.000, com exclusão do IVA.

Os trabalhos decorrem num período de190 (a contar da data de adjudicação). Prazo para a recepção de pedidos de documentos ou para aceder aos documentos até 02/01/2007 e para recepção das propostas ou dos pedidos de participação 16/01/2007.

O financiamento será assegurado através das verbas inscritas no orçamento da Câmara Municipal de Viseu.

Jacinto Figueiredo, 12-12-2006.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Homenagem aoProfessor Rafael Machado da ESENViseu

Homenagem ao Professor Rafael Machado da ESENViseu.

A Escola Secundária de Emídio Navarro em Viseu está de luto. O facto deve-se aoinesperado acidente de automóvel ocorrido em Faíl - Viseu na manhã do dia 25 de Novembro.

A tragédia vitimou o Eng.º Rafael Machado (44 anos) e sua filha Filipa (17 nos), aluna da escola onde o pai desempenhava funções docentes.

Natural de Meã – Sátão, residia em Travassós de Cima Viseu. Estudou e trabalhava na escola que o vê partir. O Conselho Executivo suspendeu as aulas a partir das 11.45 do dia 28/11/2006 e organizou transportes para que a comunidade escolar possa estar presente no último adeus com partida da Igreja de Mioma para o cemitério local.

À família enlutada prestamos a nossa solidariedade na dor e consolar com algumas palavras:
O homem é uma estrutura de corporalidade e espiritualidade. O espiritual tem uma expressão também corporal. Diversos aspectos da alma exprimem-se em diversos aspectos do corpo. Vemos com os olhos, ouvimos com os ouvidos, falamos com a boca, exprimimos a nossa alegria ou tristeza com a cara, os gestos, a voz. Dançamos, gritamos ou saltamos, rimos e choramos. Como diz o ditado, "a cara é o espelho da alma" e a do Rafael esteja em paz.
“A vida revela-se ao mundo como uma alegria. Há alegria no jogo eternamente variado dos seus matizes, na música das suas vozes, na dança dos seus movimentos. A morte não pode ser verdade enquanto não desaparecer a alegria do coração do ser humano”. (Tagore, escritor Indiano).
Queria fazer aqui um brinde! Um brinde a ele que partiu e deixou saudades. Um brinde para celebrar um dos maiores tesouros que podemos conquistar. Amigos existem de vários tipos como os que procuramos quando queremos desabafar, os que são compreensivos, os que são solidários, os que sabem dos nossos segredos, os que nos contam segredos, com quem ficamos horas a conversar. E quem tem um amigo tem tudo. Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais. Deve ser guardada e conservada no coração.

Há algum tempo li um livro que comparava a vida a uma viagem de comboio. Uma leitura extremamente interessante, quando bem interpretada.

Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífico comboio e deparamo-nos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre connosco nessa viagem. Muitas pessoas embarcarão apenas em passeio, outras encontrarão no seu trajecto somente tristezas e, ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam o assento e ninguém sequer percebe.

É assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos.
O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual apeadeiro descemos, muito menos os nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado a nosso lado. Amigos, façamos com que a nossa estada nesse comboio seja tranquila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem. Adeus Rafael, até um dia.

Jacinto Figueiredo, 27/11/2006

À M. Educação Maria de Lurdes Rodrigues

  • À M. Educação - (autor desconhecido), e de leitura aconselhável...

  • "O sistema educativo não estava famoso, mas não precisava, Senhora Ministra da Educação, de aparecer para estragar o resto! Vem, V/ Exa., perguntar agora o que estão 30 professores a fazer numa sala de professores?
    Sabe que também me coloco (e coloquei aqui) essa questão muitas vezes? E sabe o que estão lá a fazer?
    O que V/ Exa. mandou: a cumprir horário! Não aumentou a carga horária dos docentes?
    Esqueceu, foi? Tal como as utilíssimas «aulas de substituição» em que V. Ex. Cia coloca um professor de Matemática substituir um de Educação Física e vice-versa/ Exa. Manda e os professores obedecem! Não têm alternativa, não é verdade? Pode, portanto, V/ Exa. orgulhar-se dos resultados obtidos!
    Eles são a consequência da sua «reforma»! Mas não se preocupe pois vão piorar! Com o escabroso Estatuto da Carreira Docente que V/ Exa. inventou, os resultados só podem evidentemente piorar! Nenhuma reforma, nunca, se conseguirá impor por decreto-lei nem contra a vontade da maioria dos envolvidos!
    Os professores, obedientemente, cumprem e cumprirão sempre as suas ordens! Contrariados... muito contrariados... mas cumprirão! Não lhes pode é pedir que, apesar de tudo, as cumpram de sorriso nos lábios, felizes, contentes e totalmente envolvidos com as suas orientações! Não há milagres.

    Cumprirão e ponto final! Que é o que V. Ex.Cia quer. Não se pode, portanto, queixar.
    Continue a mandar assim e verá a tal curva de crescimento em queda absoluta.
    É que não pode V/ Exa. exigir que se cumpram 35 horas de serviço na escola e se venha para casa preparar fichas de trabalho? Apontamentos? Actividades? Estratégias? Visitas de estudo? Grelhas? Avaliações? Relatórios? Currículos alternativos? Programas adaptados? Trabalhos em equipa? etc? etc? etc.

    V/ Exa. Tem família? Saberá, porventura, o que é a dor de um pai que se vê obrigado a negligenciar a educação e o crescimento do seu próprio filho para acompanhar os filhos dos outros? Esquece V/ Exa. Que os professores também são pais? Também são pais, Senhora Ministra! Pais!!
    Que estabilidade emocional pode um professor ter se V/ Exa. resolve, 30 anos depois de Abril, impedir os professores de acompanhar os seus próprios filhos ao médico? à escola? Aos ATLs?
    Não têm os pais que são professores os mesmos direitos dos outros pais? Conhecerá V/ Exa. a dor de uma mãe que se vê obrigada a abandonar o seu filho prometendo-lhe voltar dali a uma semana?
    E quer V/ Exa. motivação natural? Com a vida familiar desfeita? Não é do conhecimento público que os professores são os maiores clientes dos psiquiatras? E que é entre os professores que se encontra a maior taxa de divórcios? Porque será, Senhora Ministra?
  • Motivação?
    Motivação, como? Se V/ Exa. obriga os professores a fazer de auxiliares de acção Educativa?
    Motivação, como? Se V/ Exa. obriga os professores a estar na escola mesmo sem alunos? Motivação como se V/ Exa. obriga a cumprir 35 horas na Escola mesmo não tendo esta os meios essenciais para que se possa trabalhar?
  • Motivação, como? Se temos que pagar fotocópias, tinteiros para as impressoras da Escola?canetas? Papel?
    Motivação, como? Se o clima é de punição e de caça aos mais frágeis?
  • Motivação, como? Se lava as mãos como Pilatos e deixa tudo à deriva passando toda a responsabilidade para as escolas?
  • Não é função de V/ Exa. resolver os problemas?
  • Não seria mais produtivo trabalhar ao lado dos professores?
  • Motivação, como? Se de cada vez que abre a boca para as televisões fá-lo para tentar virar toda a sociedade portuguesa contra a classe?

  • Motivação, como? Se toda a gente percebe que o seu objectivo é dividir para esfrangalhar a classe e poupar uns cobres?
  • Quer lá V. Ex.Cia saber da qualidade do Ensino para alguma coisa!.... Quer é poupar!
  • O que vale é que por todo o país a opinião pública - e principalmente os Pais - já se estão a aperceber disso.

    Motivação, como? Se V/ Exa. tem feito de tudo para isolar os professores dos alunos, dos pais, dos Sindicatos, da sociedade em geral?
  • E fica V/ Exa. admirada com os resultados?
  • Não eram estes os resultados que esperava obter quando tomou posse e iniciou a sua cruzada contra os professores?
    A sua estratégia é a mesma daqueles professores que V/ Exa. acusa de não estarem preocupados com os resultados escolares dos seus alunos!
  • Sabe, Senhora Ministra da Educação?
  • O sucesso não depende do manual? como não depende do decreto-lei!
  • O sucesso depende do envolvimento que o professor consegue com os seus alunos!
    Depende da capacidade de motivar! Depende da capacidade de o professor ir ao encontro dos interesses dos seus alunos.
  • Depende da relação professor-aluno!
  • A tal que V/ Exa. queria que fosse avaliada por alguém de fora da escola!
  • A mesma que, se fosse feita a V/ Exa, daria nota zero.
  • E, já agora, sra ministra, já que a esmagadora maioria (quase totalidade) dos seus colegas de governo são reformados - alguns 2 vezes - siga-lhes, por favor, o exemplo.
  • Eu não me importo de trabalhar até aos setenta se V. Ex.Cia se reformar já.
  • Mas é da política.
  • Pode ser?"
  • Retirado do blog: http://profslusos.blogspot.com/

sábado, novembro 18, 2006

ESCRITO POR UMA PROFESSORA

  • ALGO INTERESSANTE ESCRITO POR UMA PROFESSORA. NÃO É PUBLICADO. Recebido por email(SPZS Faro, a 10/11/2006): "Ando farta de remoer estas coisas e chego sempre à mesma conclusão: sou Professora ( e adoro sê-lo, mesmo com todas as contrariedades que ser Professor hoje tem), mas antes do mais, sou mulher e sou mãe.Fiz-me Professora por gosto e vocação e, como tal, tenho dado o melhor de mim mesma a todos aqueles que, ano após ano, me passam pelas mãos. Mulher, já nasci, e a História me diz quanto lutaram, mulheres como eu, para ter os direitos que tenho.Usufru-os com a consciência de que para sermos dignos dos nossos direitos, devemos cumprir, antes de mais, os nossos deveres.Sou Mãe porque quis sê-lo e na convicção de que as responsabilidades e satisfações inerentes à maternidade, me realizariam plenamente como mulher. E sinto-me realizada.Mas agora, de repente, querem roubar-me de uma assentada regalias adquiridas, expectativas formadas, direitos fundamentais, inclusivé o direito de ser Mãe! E o que é estranho, quem me quer roubar tudo isto é mulher como eu. Mulher sim, mas com "m" minúsculo. Professora, não é co m certeza... Mãe, seguramente não.
  • Lamentável, Sra. Ministra, o seu contributo para a crise da Família, da Escola, da Educação. Lamentável, este baile de máscaras, em que nada é o que parece, porque V. Exª diz aquilo que não é e afirma ter objectivos que o não são. Lamentável a sua postura rígida, a sua indisponibilidade, a sua ausência de sorriso, o seu déficit de simpatia, enfim, a sua tremenda cara de pau.Não há nada mais anti-democrático que a sua posição prepotente. Mas acho que a senhora já esqueceu há muito o que é a democracia ou que foi - alguma vez- socialista (?!).Como Professora, não quero ? nem milhares de outros como eu ? as suas imposições. Nem lhe reconheço a autoridade para mas fazer: a senhora não sabe, não imagina longinquamente, não conhece, nem quer conhecer, a realidade do ensino básico.E só propósito de faltas:
  • Como Mãe, quero poder assistir a minha filha em caso de doença, sem sofrer por isso penalizações. Saberá V. Exª que é comum as crianças sofrerem de doenças infecto-contagiosas (sarampo, varicela, papeira...)? Saberá que nos infantários não as recebem nessas condições? Que muitos de nós não têm com quem as deixar?

    Não, a senhora não sabe nada, porque não é, nem nunca foi mãe. Nunca passou uma noite em claro ao lado de um filho doente, nunca se afligiu com uma febre alta e umas convulsões, nunca dormiu sentada numa cadeira à cabeceira de uma cama de hospital. Mas mesmo sem ter passado por isto podia compreendê-lo, se tivesse sensibilidade e respeito por quem conhece estas coisas por dentro.

Para si:

  • Um bom professor é aquele que nunca falta, ainda que falte aos seus deveres de Pai ou Mãe.
    Um bom professor é aquele que coloca os alunos e a escola em primeiro lugar, ainda que abandone os filhos e a Família.
  • Um bom professor é aquele que nunca adoece, ainda que a doença não seja escolha dele.
    Um bom Professor está sempre na escola para receber os Pais, mas não pode faltar para ir à escola tratar dos assuntos dos filhos.
  • Um bom professor não pode ter filhos, não pode ter pais, nem doenças de qualquer espécie. Nem vida própria de preferência.
  • Um bom professor é aquilo que dele quiser fazer a Sra. Ministra.
  • Sra. Ministra, a sensibilidade ficava-lhe tão bem!"

domingo, novembro 12, 2006

Ora o equívoco não pode ser maior

Cartas ao Director

A propósito das iniciativas do Ministério da Educação com vista à reiterada elaboração de uma proposta de diploma legal que consigne as alterações ao estatuto da carreira docente, muito se disse e escreveu sobre a estranha relação da tutela com os professores, representados pelas conhecidas estruturas sindicais, que pela primeira vez se constituíram em bloco pesado contra o nominativo patronato. E houve coisas de bradar aos céus. Desde gente que pretende considerar a profissão de professor como uma qualquer outra, sem quaisquer especificidades, ate àqueles que acham que os malandros dos professores devem ser castigados, até porque estão habituados a trabalhar pouco, a ter muito tempo de férias e a dispor de horários de luxo, de tudo se pôde ler.
E as opiniões vieram de personalidades que mal imaginam o que é hoje a vida do docente (…). Porém, aqueles que têm por obrigação equacionar políticas públicas e gizar os parâmetros fundamentais da política educativa, não podiam ter andado pior. Isto, porque não é sensato acusar qualquer estrutura sindical de ter determinado desígnio político específico; não é entendível que se venha dizer que se perderam os professores, mas se ganharam os pais, que são os principais actores da educação, mas não da educação (...).
Mas são dignas de especial reparo as considerações que o senhor Primeiro Ministro, na sua cruzada de tudo promover, teceu sobre a matéria (...). Disse que os professores não podem chegar todos ao cargo de director-geral, tal como os militares não alcançam todos o generalato.
Ora o equívoco não pode ser maior.
Abílio Louro de Carvalho
Jornal do Centor, ed. 243, 10 de Novembro de 2006







POSTAL ILSTRADO DE S. MARTINHO

S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França.

O mais conhecido dos episódios, a passagem da vida generosa do Santo, em que ele partilha a sua capa com um pobre, deu origem à Lenda do Verão de S. Martinho, representada vezes sem conta por artistas anónimos e também pelos mais célebres, como por exemplo o pintor El Greco…

No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Poesia à ME


Baixa, de olhos ruins, amarelenta,

Usando só de raiva e de impostura,

Triste de facha, o mesmo de figura,

Um mar de fel, malvada e quezilenta;

Arzinho confrangido que atormenta,

Sempre infeliz e de má catadura,

Mui perto de perder a compostura,

É cruel, mentirosa e rabugenta.

Rosto fechado, o gesto de fuinha,

Voz de lamento e ar de coitadinha,

Com pinta de raposa assustadinha,

É só veneno, a ditadorazinha.

Se não sabes quem é, dou-te uma pista:

Prepotente, mui gélida e sinistra,

Amarga, matreira e intriguista,

Abusa do poder... e é ministra

Texto enviado por Fernando Pereira

Santos Evos terá ETAR.

Através de concurso público e publicado no Diário n.º 216 de 2006-11-09 as povoações de Pinheiro e Corvos da Freguesia de Santos Evos, Concelho e Distrito de Viseu vão ter a infra-estrutura que há muito desejam e merecem.

Os Serviços Municipalizados da Câmara Municipal satisfazem as necessidades ambientais ao executar tão nobre serviço.

Trata-se da concepção e execução de duas ETAR para tratamento de águas residuais domésticas.

O preço base do concurso é de 320 000 €uros, excluindo o IVA. O prazo de execução é de cinco meses a partir da data da consignação (para obras).

De forma singela, devo enaltecer o esforço levado a cabo pelo Presidente da Instituição, Dr. Fernando Ruas e aproveito o ensejo de questionar – para quando o início de funcionamento da ETAR de Vila Chã de Sá, ao que julgo, concluída hás alguns meses?

Jacinto Figueiredo, 10-11-2006.

terça-feira, novembro 07, 2006

Vila Chã de Sá – estrada cortada!

Vila Chã de Sá – estrada com erros de concepção!
A entrada e saída de Viseu sul, com ligação a Vila Chã de Sá – Tondela – Coimbra, vai se reconvertida em avenida urbana.
A infra-estrutura vai dividir a freguesia através das quatro faixas de rodagem com separador central e rotundas várias.
O projecto esteve em fase de discussão para que os responsáveis locais, juntamente com os residentes, interessados manifestassem as suas opiniões favoráveis ou não, mas um habitante informou que a autarquia não deu por esta situação. Para tentar solucionar o problema correu um abaixo-assinado.
Sei que responsáveis, locais e da Assembleia da República estiveram no local, mas talvez e apenas para aproveitamento político?
Em Janeiro de 2006, escrevi dando conta das eventuais dificuldades de comunicação de acesso à Freguesia, mas à medida que as obras, lentamente se vão desenrolando, evidenciam-se os erros de concepção, ao que parece ser reconhecido por alguns responsáveis. A nova via devia ter continuidade pela parte posterior do Bairro do Gorgolão e ligar na Rotunda da entrada a norte da aldeia. Assim, o trânsito seria retirado da área residencial, com apenas duas faixas, porque a segunda servirá para os acessos aos terrenos e moradias.
A rotunda da Maceira não tem previsto a ligação à Estrada Nacional n.º 2. Esta situação vai causar incómodos por obrigar os residentes que são servidos por aquela via a contornarem todo o bairro até à estrada do Soutulho para entrarem na via de novo traçado com acesso ao IP3 ou a Viseu. Também os habitantes da zona do Vale, porque não têm acesso à rotunda da Maceira e um caminho não tem saída e devia ter negociando, para esse efeito, com o proprietário. Os caminhos paralelos não estão em condições de facilitar a saída dos moradores, obrigando-os a percorrer distâncias consideráveis em terra batida para acederem à via principal. Entretanto, foram alcatroados caminhos fazendeiros.
A ligação ao Bairro do Gorgolão vai ficar condicionada, porque não houve preocupação para construção de um túnel de forma que as pessoas e veículos pudessem transitar em segurança e facilidade ao Bairro, Soutulho e zona Oeste da povoação.
Os passeios são estreito e em alguns troços inexistentes. Estacionamentos não contemplados possibilitando-os na faixa de rodagem por razões obvias. Águas pluviais, direccionadas por condutas para, a zona do Vale, Corga e Rechousa que de certo irão prejudicar, fortemente, os terreno de cultivo e habitações.
A obra é por concurso público n.º 07/2006/PSE/GADM, com um prazo de 410 dias a contar de 02-03-2006 data da recepção das propostas.
Vila Chã de Sá é antiquíssimo devendo ascender mesmo ao tempo de algum Castro a que topográficamente era adequado o cume junto da povoação. Beneficiou de Foral Manuelino outorgado em 7 de Maio de 1514.
Para que o Homem se assuma, cada vez mais, como sujeito participante da história tem de a conhecer, compreender e
dialogar facilitando os meios de comunicação que nos dão a conhecer múltiplos testemunhos dos dramas da humanidade.

Jacinto Figueiredo, 06-11-2006.

BE quer os professores avaliados...

BE quer os professores avaliados como no Ensino Superior

Lusa| 2006-11-06

Francisco Louçã propôs hoje um sistema de avaliação para os professores do Ensino Básico e Secundário semelhante ao dos docentes universitários, em alternativa ao processo de quotas defendido pelo Ministério da Educação. "No Ensino Superior temos um modelo de avaliação em que um conjunto de professores da escola e de fora da escola, escolhidos pelas suas capacidades reconhecidas, fazem uma avaliação inter-pares da capacidade pedagógica e da capacidade científica e do trabalho que as pessoas deram à escola", defendeu o líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã.

Francisco Louçã falava aos jornalistas após visitar à Escola Básica do 1.º Ciclo de São Domingos de Benfica, em Lisboa, que integra 212 alunos, do 1.º ao 4.º ano de escolaridade. O líder do BE defendeu que o "modelo de rigor" em que são avaliados os professores do Ensino Superior "deve ser aplicado também nos outros níveis de ensino".

Francisco Louçã insurgiu-se contra o sistema de avaliação dos professores proposto pelo Ministério da Educação, que considera ser "um sistema fechado que impede que as pessoas exerçam uma profissão de acordo com as suas capacidades". Segundo Francisco Louçã, "a quota serve para excluir, não para avaliar". "Dizer que só pode haver alguns professores excelentes e outros professores bons é evitar que os professores bons e excelentes possam ser avaliados pela sua capacidade", afirmou.

O dirigente do BE acusou a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, de "mentir sobre o bom princípio da educação, que é reconhecer as competências, reconhecer as qualidades e promover a exigência dentro da escola"...

Texto retirado de: www.educare.pt

domingo, novembro 05, 2006

CARTA ABERTA A MIGUEL SOUSA TAVARES

Também de útil leitura aos demais Opinion Maker's

Esta é a primeira carta que lhe dirijo.

Se bem que a vontade não me tenha faltado em anteriores ocasiões, sempre tenho pensado que não haveria maior utilidade para o meu latim do que a descortesia de o deixar sem resposta.

Contudo, como a paciência e a condescendência têm limites confesso que as minhas já conheceram melhores dias e respondendo a um repto lançado por um amigo, resolvi dizer-lhe algumas coisas que o senhor há muito precisa de ouvir.

Não é que não haja quem já lhe tivesse dito algumas merecidas, felizmente, mas fica a esperança que um conjunto de vozes mais recheado o coloque no seu devido lugar, pois parece-me que anda a precisar de fazer determinadas leituras para limar algumas veleidades. Convém lembrar que cada um de nós é dono da SUA verdade.

A forma escolhida para o efeito assenta num direito que o senhor ainda não criticou (por enquanto, segundo creio):

· O de manifestar publicamente repúdio e indignação perante a forma demagógica, simplista e execrável com que alguns comentadores, e em particular o senhor, se arrogam o direito de abrir a boca para opinar sobre tudo e sobre todos sem, não raras vezes, saberem do que falam ou pelo menos em consciência.

"Por acção e omissão", o senhor acaba por frequentemente ir aditando alguns pozinhos perniciosos a ideias não menos daninhas - que infelizmente vão grassando na sociedade, particularmente na tão cara opinião pública, a qual, umas vezes por ignorância, outras por conveniência esquece a necessidade do espírito crítico e embarca em qualquer pelota - segundo as quais os professores não trabalham, tiram férias várias vezes por ano, faltam muito e, as mais recentes ESTÃO MUITO PREJUDICADOS PELA IMAGEM DOS SINDICATOS E QUE ESTES NÃO QUEREM A AVALIAÇÂO DOS PROFESSORES.

Quis o senhor com isto dizer que as reivindicações dos sindicatos não são as dos professores? E que os sindicatos receiam a avaliação do trabalho docente? Parece-me bem que alguém como o senhor, quando fala seja lá do que for, não faça tábua rasa de determinados factos, sobretudo se forem parte integrante do assunto, só porque lhe convém (confesso que ainda não entendi o porquê) passar imagens deturpadas e pouco sérias.

Ao afirmar que os sindicatos prejudicam os professores, o senhor não teve certamente conhecimento que no passado dia 5 de Outubro, mais de 20 mil professores desceram a Avenida da Liberdade naquela que foi a maior manifestação DE SEMPRE de docentes portugueses e igualmente desconhecerá sobre o que protestavam.

Pois eu passo elucidá-lo:

Primeiro - Os sindicatos não apontaram qualquer arma a quem quer que fosse para lá estar nem teriam poder de argumentação suficientemente forte, caso não tivessem razão, que lá levasse tanta gente.

Os professores estiveram PORQUE SABEM o que significam as propostas de alteração ao seu estatuto de carreira apresentadas pelo Ministério da Educação e TÊM CONSCIÊNCIA de que é preciso dar voz e rosto ao descontentamento que prolifera em toda e qualquer escola deste país;

Segundo - Não protestavam apenas contra a rapinagem e ignomínia por parte do M. E mas contra toda uma sociedade cega que este (des)governo obcecado, qual tanque de guerra com a direcção avariada, está a impor, trocando e passo a citar o insuspeito Santana Castilho: "pessoas por estatísticas manipuladas e números falsos, e o concreto, pungente, pelo abstracto";

Terceiros - Os professores são e sempre foram avaliados.

Acontece que esta senhora, perdoem-me a designação, que ocupa a cadeira na 5 de Outubro, não quer que sejamos avaliados segundo normas sérias e objectivas. Isso não! Pois assim muita boa gente ainda progrediria na carreira!

O que tal senhora quer é que sejamos avaliados de acordo com critérios, uns abstractos, outros autistas e disparatados, como por exemplo, as taxas de absentismo dos alunos!

Não posso deixar de citar alguém que escreveu algures mais ou menos isto:

"Bem aventurados os maus professores que forem parar à Lapa e desgraçados do bons que forem cair na Cova da Moura"

Quarto - O que o senhor também ignora, e passo a informá-lo, é que a provar que os sindicatos de professores ou pelo menos aquele que é O sindicato DOS professores sim, porque o separar das águas nesta questão é imperioso - não prejudica a imagem dos seus associados, (que é também a deles, pois os dirigentes sindicais são antes de mais, professores e dão aulas, ao contrário do que diz) é o resultado da medição da representatividade sindical, aferida este ano pela primeira vez por parte do M. E e há tanto tempo por nós solicitada;

Não se sindicalizariam mais professores e dessindicalizar-se-iam os mais de vinte e dois mil se considerassem que eram lesados por aqueles que EFECTIVAMENTE os representam, ou não lhe parece?!

Tendo em conta que este seria um assunto que por si só requereria outra carta, disponibilizo-me desde já a enviar-lhe tal estudo se assim o desejar.

Assim como me disponibilizo a enviar-lhe uma série de testemunhos que comprovam factos que o senhor parece não conhecer, nomeadamente:

· Provas dos suculentos e protectores salários que auferem muitos daqueles que se pronunciam de cátedra sobre a obrigação que é diminuir os salários dos professores;

· Provas dos chorudos lucros que os bancos embolsam em tempos de recessão e que ficam por tributar;

· Provas do escandaloso aumento do fosso entre ricos e pobres;

· Provas de que somos dos da Europa quem menos gasta em educação;

· Provas de que docentes deste país estão longe de ser dos mais bem pagos neste continente a vinte cinco;

· Provas de que os professores são dos que menos faltam comparando com outros profissionais;

· Provas de que os professores deste país só podem tirar férias entre o final de um ano escolar e o início do seguinte;

· Provas de que em muitos aspectos a educação, escolas e alunos continuam a viver do voluntarismo e boa vontade de muitos professores e não das politi(quices)cas do M.E;

· PROVAS DE QUE O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SABE PERFEITAMENTE QUE TEMOS RAZÃO, OU AQUELE QUE É ACTUALMENTE UM SECRETÁRIO DE ESTADO NÃO TERIA DITO A RESPEITO DAS QUOTAS PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA, EXACTAMENTE O QUE HOJE DIZEM OS SINDICATOS

· etc

· etc

· etc

Que bom seria que a TVI, ao invés de requisitar para opinar, pessoas como o senhor, convidasse também quem está por dentro destes assuntos, para num frente a frente falar seriamente sobre eles.

À semelhança de outros, também eu não me importaria de lá ir.

À semelhança de outros, também eu não vetaria interlocutores, como fez a senhora Ministra da Educação ao dirigente da FENPROF, Mário Nogueira, numa recente arena televisiva liderada por uma apresentadeira bem conhecida na nossa praça.

À semelhança de outros, também eu levaria para mostrar às câmaras um certo recibo de vencimento com uma ou outra particularidade: ao fim de dez anos de serviço, vários de aumentos zero e outros de congelamento, ainda traz escrito 4º escalão.

Por aqui escuso de dizer que não tenho, por exemplo, empregada de limpeza, nque não me desloco num carro de luxo, que não passo férias em destinos exóticos, que não visto roupas assinadas por designers de renome, que não vou ao teatro tantas vezes quanto gostaria, que não sou frequentadora assídua do Casino de Lisboa ou da Kapital, que não vivo num luxuoso condomínio em Telheiras, no Parque das Nações ou na rua Bramcamp, que não tenho casas no Algarve nem sou cliente do Tavares Rico ou do Eleven.

Ah! E já quase me esquecia de dizer, caso não tenha percebido: o tal recibo de vencimento, aqui só para nós, não diga a ninguém, é o meu.

A Professora do 1º CEB e Dirigente do SPGL

Helena Tadeia

Texto enviado por: fernando Pereira, 05-11-2006

Interrupções Lectivas...

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da plataforma de sindicatos da Educação, Mário Nogueira, explicou que a proposta da tutela revoga os artigos que previam a existência destes períodos nas épocas do Natal, Carnaval, Páscoa e Verão.

Além do período de férias, os professores beneficiavam até agora destes períodos de interrupção da actividade previstos no Estatuto da Carreira Docente (ECD) ainda em vigor, aprovado em 1990.

Na prática, os docentes podiam gozar alguns dias de descanso durante as férias dos alunos, depois de concluírem as reuniões de avaliação, a não ser que fossem convocados pelo conselho executivo para o cumprimento de outras tarefas de natureza pedagógica ou para a participação em acções de formação.

Segundo previa o estatuto que agora vai ser alterado, a interrupção da actividade não podia exceder os 30 dias por cada ano escolar, sendo que cada período não podia ser superior a dez dias seguidos.

No entanto, a plataforma reivindicativa constituída pelos 14 sindicatos do sector considera que "o Ministério da Educação pretende acabar com estes períodos, mantendo as escolas sempre abertas".

Texto de: www.educare.pt

Nenhuma lei resiste se a classe que a executa a não aceitar.

As organizações sindicais representativas dos professores são muitas e suficientes para que os responsáveis revejam a sua posição.

Jacinto Figueiredo, 04-11-2006

sábado, novembro 04, 2006

A tentativa de fazer «KO» aos sindicatos

A tentativa de fazer «KO» aos sindicatos foi mal sucedida
Acabou por lhes dar força para mais lutas

Um dia depois da ministra da Educação ter dito que "chegou ao fim o processo negocial" e de ter marcado na agenda a data de entrada em vigor do novo estatuto da carreira dos professores, os 14 sindicatos que se juntaram para contestar as propostas de Lurdes Rodrigues preparam-lhe uma surpresa.

Chama-se "negociação suplementar" e é a forma legal de obrigar um governante a negociar. O contra-ataque inclui também mais uma onda de protestos.

Parecia que o Ministério tinha dado um 'KO técnico' aos sindicatos sobre o novo estatuto da carreira. Em pleno feriado, a ministra convocou os jornalistas e garantiu que o processo negocial terminara por decisão unilateral e que as novas regras da carreira dos professores seriam aplicadas já a partir de Janeiro.

Mas foi sol de pouca dura. Os sindicatos responderam, ressuscitando uma norma de 1998 que admite procedimentos excepcionais para obrigar o Governo a manter processos negociais.

Com uma agravante adicional: o diploma exige que as negociações passem a ser conduzidas pelo titular da pasta. E, neste quadro, a ministra da Educação poderá ser chamada - pela primeira vez neste processo - a sentar-se à mesa com os representantes dos professores para discutir estatutos e carreiras.

Uma segunda consequência deste episódio será o atraso dos planos oficiais. Com o projecto condenado a manter-se em negociações, não poderá dar entrada em Conselho de Ministros e muito menos iniciar o processo de regulamentação. Contas feitas, dificilmente o estatuto pode entrar em vigor em 2007.

O incidente serviu ainda de pretexto para que os sindicatos redobrassem as críticas e ganhassem novo balanço. Depois de duas greves e outras tantas manifestações nacionais - convocadas em nome da contestação ao estatuto - os representantes dos professores mostram-se dispostos a muito mais.

Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, lamenta a "surdez completa" em que alegadamente se traduziram os quatro meses de conversas com o Ministério, para concluir que "o desacordo tinha de acontecer".

O sindicalista assume que "há um enorme descontentamento na classe" e que todos os dias "surgem inúmeras propostas de luta, desde greves por concelho, por grupo disciplinar ou até mesmo de fome".

A agenda dos protestos ainda não está encerrada. Os professores estarão solidários na greve geral da Administração Pública da próxima semana e já admitem outro período de contestação, entre 13 e 17 de Novembro.

As acções ainda não estão totalmente definidas, mas podem passar por protestos diários, vigílias junto do Ministério, abaixo-assinados e formação de cordões humanos. Uma semana inteira de protestos para mostrar que "a luta está para continuar".
Texto de: Expresso, 4/11/2006

Ministra condenada duas vezes

Ministra condenada duas vezes...
e obrigada a negociar Estatuto

A factura dos exames vai ser cobrada a Lurdes Rodrigues. Paga multa se não acatar sentença

O Ministério da Educação foi condenado, pela segunda vez consecutiva, devido à sua actuação nos exames nacionais do 12º ano. Uma sentença do Tribunal de Coimbra, desta semana, volta a dar razão ao aluno e pune directamente a ministra: se a decisão de permitir ao estudante repetir as provas não for cumprida no prazo de 15 dias será Maria de Lurdes Rodrigues a pagar a multa do seu bolso. A sanção está fixada em "10% do salário mínimo nacional mais elevado, por cada dia de atraso".

Em apenas 12 dias, dois estudantes de Coimbra ganharam os seus casos no tribunal administrativo daquela comarca. Foram os primeiros processos sobre os exames a chegarem ao fim - dos mais de 70 que ainda correm nos tribunais nacionais e cujo desfecho pode agravar a posição do Ministério.

As sentenças reconhecem que os alunos foram prejudicados directamente pela intervenção do Governo que, com a sua actuação, violou o princípio constitucional de igualdade de oportunidades. Trata-se de uma "ofensa injustificada e inadmissível" desse princípio básico da Constituição, diz a decisão desta semana.

Ao rol de culpas do Ministério os juízes juntam, desta vez, ainda o facto de ter "violado o princípio da protecção da confiança, ao serem alteradas as regras do regime de acesso ao ensino superior". E sem que tais alterações tivessem "carácter universal".

Em causa está o exame de Química do 12º ano que, devido aos resultados desastrosos dos alunos da primeira fase de testes, levou o Governo a recuar. Por decreto, o Ministério admitiu que, excepcionalmente, os alunos se podiam submeter à segunda fase de exames, contando a melhor nota para efeitos da candidatura na primeira fase de acesso à universidade.

A situação gerou logo polémica e levou alguns pais a tomar posição. Os dois alunos de Coimbra recorreram a tribunal. Ambos queriam concorrer a Medicina, na Universidade de Coimbra, e apenas se candidataram à segunda fase de exames. Por isso, quando a excepção foi aberta pelo Ministério, já não tiveram possibilidade de realizar dois testes, escolhendo a melhor nota obtida.

Curiosamente, ambos eram alunos com médias de secundário da ordem dos 19 valores. Um dos estudantes apenas conseguiu lugar em Farmácia. O outro deu entrada na Faculdade de Medicina Dentária.

De acordo com a sentença mais recente, ficou provado que os alunos foram tratados de forma desigual e prejudicados.

Defesa errada

O tribunal ordena que lhes seja facultado um novo exame e que, caso obtenham uma média de candidatura igual ou melhor que a do último colocado no curso de Medicina, seja criada uma vaga excepcional para frequentarem a faculdade.

O pai do último aluno a beneficiar da sentença reconhece que se tratou de "uma vitória" e considera a decisão do tribunal "exemplar" em termos de direitos e garantias fundamentais. "Ficou reposta a legalidade e ainda vem a tempo de repor o prejuízo causado ao meu filho, que alimentava há anos o sonho de chegar a Medicina", afirma.

Curiosamente, a sentença da juíza de Coimbra aborda a possibilidade de toda a actuação governamental no caso dos exames nacionais deste ano poder ser declarada ilegal. O despacho refere que "a constitucionalidade" das alterações introduzidas poder ser considerada "discutível, no mínimo".

Noutro ponto, a juíza salienta que a argumentação apresentada pelo Ministério neste processo pode ser considerada "errada, obsoleta e completamente inadequada". Mas remete-se ao caso em apreço e limita-se a proferir sentença para o aluno que apresentou a queixa.
Texto de: Expresso, 4/11/2006

quarta-feira, novembro 01, 2006

ECD

"Proposta de revisão da carreira pode conter inconstitucionalidades. Quarta-feira, Novembro 01, 2006 No Diário de Notícias de 01/11/2006: "Os sindicatos de professores podem ter razão ao apontarem inconstitucionalidades na proposta do Ministério da Educação para a revisão do Estatuto da Carreira Docente. Os constitucionalistas Gomes Canotilho e Bacelar Gouveia admitem que algumas regras terão que ser "trabalhadas" para evitar possíveis violações de princípios como a não retroactividade da lei, apesar de reservarem uma posição definitiva à leitura da versão final do diploma".

Rexto de: Blog: Professores Lusos

Nenhuma lei resiste se a classe que a executa a não aceitar. As organizações sindicais representativas dos professores são muitas e suficientes para que os responsáveis revejam a sua posição. Falinhas mansas, cinismo ou olhar sisudo não são sinónimos de seriedade. Se os Profs. passarem a ser obrigados a permanecer na escola durante as interrupções escolares nesse caso têm mais tempo para fazer as avaliações, assim estas poderão prolongar-se nesse período e as notas poderão sair depois do natal ou da Páscoa. Reuniões de manhã, à tarde e à noite deixarão de se fazer.

Estamos mesmo a ver a luta que esta prblemática vais desencadear com todas as consequências que daí poderão advir.
As birrices e teimosias dos responsáveis vão ficar caras aos professores e aos alunos.

Jacinto Figueiredo, 04-11-2006

terça-feira, outubro 31, 2006

Uma receita de vida e boa disposição sabe bem sobretudo em véspera de fim de semana.

Receita de jovialidade de Pablo Picasso

"Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Continua aprendendo...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Curte coisas simples.
Ri sempre, muito e alto.
Ri até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Aguenta, sofre e segue em frente.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas: família, animais,
lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
O teu lar é o teu refúgio.

Aproveita a tua saúde;
Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
Se está abaixo desse nível, pede ajuda.
Não faças viagens de remorso.
Viaja para o Shopping, para a cidade vizinha, para um país
estrangeiro,
mas não faças viagens ao passado.
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as
oportunidades.
E lembra-te sempre de que:
A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos
momentos em que perdeste o fôlego:
de tanto rir...
de surpresa...
de êxtase...
de felicidade..."
"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas

também as que fazem de
uma simples mancha amarela o próprio Sol"

Pablo Picasso (texto enviado por José Figueiredo)

segunda-feira, outubro 02, 2006

ESCOLAS – casas “Mortuárias”!


Parece sarcástico, mas se atendermos à evolução dos factos, infelizmente se conclui que o dito poderá tornar-se realidade.
As populações, silenciosamente sentem; revolta, indignação ou resignação pela morte anunciada de cerca de 1500 escolas, sendo 153 de Ensino Básico do 1.º ciclo previstas para fechar no distrito de Viseu.
As câmaras municipais não vão gastar dinheiro com os alunos das escolas com menos de 20 estudantes e com taxas de aproveitamento inferiores à média nacional, que vão encerrar no âmbito do processo de reorganização da rede escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) assinou um protocolo com o Governo em que ficaram estabelecidas as condições em que as escolas deviam encerrar. O ME assumiu o pagamento de todas as despesas decorrentes da mudança dos alunos. A gratuitidade da alimentação e do transporte também ficou estabelecida no protocolo.
Casal Vasco, Freguesia de Fornos de Algodres evidencia de contradições: a escola do Ensino Básico é um caso “paradigmático”, porque há quatro anos “foi alvo de profundas obras de recuperação”, onde o Estado investiu 200 mil euros vai fechar!
O autarca desta localidade é ainda mais dramático: “Vou ficar conhecido como o coveiro desta escola, mas nós não fomos tidos nem achados nesta situação. As localidades que vêem morrer o local onde os seus filhos aprenderam a ler e a escrever ficam mais pobres. Muitas não vão conseguir segurar ninguém, vão morrer aos poucos. As escolas transformaram-se nas casas mortuárias de muitas comunidades.” (Correio da Manhã de 2006-02-06).
Um habitante afirma que a gravidade do “fecho da escola é maior que o fecho de uma fábrica” pela simples razão de deixar de ouvir os gritos de alegria das crianças, ou de ver as suas representações teatrais nos dias de festa entre outras manifestações; desportivas, sociais, afectivas e culturais. “Trata-se de uma atitude do Governo que transmite ao povo um sentimento de descrença no futuro e de derrota. A escola é o símbolo de cada aldeia, é aqui que começamos tudo,” afirma um professor aposentado.
Em Colo do Pito
, Castro Daire, Viseu o sentimento de perda é semelhante. As oito dezenas de habitantes – na maioria pessoas idosas –, recusam-se a acreditar que a escola vai encerrar, mas vai mesmo: as dez crianças passam a estudar noutra aldeia. “Sinceramente, não percebo o que este Governo está a fazer. Fecha escolas, maternidades, qualquer dia fecha-nos em casa”, comenta revoltada a mãe de um aluno.
Muitos Sindicatos também condenam a “forma” utilizada pelo Ministério da Educação para escolher as escolas a fechar. “As pessoas de Lisboa não conhecem as realidades locais, não sabem que acessibilidades é que as aldeia têm; que rede de transportes, qual a sua localização e o seu meio social. No início do ano lectivo vamos assistir a muitas situações caricatas”, diz o sindicalista Francisco Almeida e que o fecho das escolas “vai ser o princípio do fim de muitas comunidades rurais”.
O amontoado das populações no litoral contrasta e faz ressaltar as marcas da desertificação do interior do País à beira mar habitado. “Dantes havia duas mercearias e um café, agora só há a colectividade e fechou a escola”, é o ex. de Vila Nova nas Caldas da Rainha.
Invocar o insucesso escolar como razão para o fecho de escolas talvez não baste, pois esta situação poderia ser resolvida com apoio educativo.
Condições pedagógicas não pesam a avaliar pelas reveladas na escola de Sancheira Grande, Óbidos, como receia a população, enquanto lamenta que seja desactivada uma escola situada no ponto mais alto da aldeia, em local soalheiro e com equipamentos de fazer inveja – um campo relvado sintético, eco – pontos, jardim e vedação e, no interior, computador com ligação à Internet e uma mini – biblioteca.
O jornal Correio da Manhã de 2006-02-06 apurou junto da Direcção Regional de Educação de Lisboa que na região “está previsto fecharem 96 estabelecimentos e 65 na zona do Alentejo. Na mesma altura, o Sindicato de Professores da Região Centro divulgou um estudo que apontava para o fecho de 544 escolas naquela área. No Norte, está previsto que fechem cerca de 900 escolas.”
“Em 2005, a reorganização das escolas do País levou ao encerramento de 221 estabelecimentos de ensino e à criação de 60 novas unidades.”
Um dos concelhos que já divulgaram a respectiva Carta Educativa foi o de Vila Real.
Segundo aquele documento,
será possível reduzir os custos médios anuais de 951 mil euros, com a manutenção da rede de escolas propriedade do município, para 209 mil euros por ano em 2016, reduzindo o custo médio anual por aluno de 474 euros actualmente para 123 euros, com melhoria das condições pedagógicas, de segurança e de conforto de estudantes e professores. A Carta Educativa prevê a constituição de quatro territórios educativos e a construção de seis novas escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e jardins-de-infância (EB1/JI). A escola Monsenhor Jerónimo do Amaral deverá ser transformada em Escola Básica Integrada, tal como a escola Diogo Cão. Está ainda prevista a construção de uma nova escola do segundo e terceiro ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário (EB2,3/S), no caso, para servir a zona oeste da periferia da cidade”, Id.

Jacinto Figueiredo, 04-09-2006.

terça-feira, agosto 29, 2006

Charro não é inócuo - DROGAS-Trivializadas!

Depois de investigar confesso, tamanha, ignorância a cerca do assunto tão importante como queiramos que seja e devido a vários factores está a vulgarizar-se a passos largos. Como é assunto que a todos diz respeito, interessei-me deveras, após ter lido Alerta do Google sobre: ambiente Viseu de 26/Ago/2006 com Tradução de M. Helena H. Marques, cuja Fonte: Aceprensa, n.º 12/06 – 7 de Fev./06. Quase todos sabemos que os químicos trazem malefícios e benefícios para o ser humano, nomeadamente, as propriedades primárias da droga bloqueiam a condução de impulsos nas fibras nervosas, quando aplicada externamente, produzindo uma sensação de amortecimento e enregelamento. A droga também é vaso constritor, isto é, contrai os vasos sanguíneos inibindo hemorragias, além de funcionar como anestésico local, sendo este um dos seus usos na medicina. Cocaína, sintetizada em 1859, tem como origem a planta Erythroxylon coca, um arbusto nativo da Bolívia e do Peru (mas também cultivado em Java e Sri-Lanka), em cuja composição química se encontram os alcalóides Cocaína, Anamil e Truxillina (ou Cocamina). A cocaína propriamente dita, ou cocaína hidroclorida, é uma substância branca, amarga e inodora, na forma de cristais ou pó, e que pode ser bebida, aspirada ou injectada. Apesar do curto período da sua existência a história regista consumidores famosos como: Sigmund Freud; o Papa Leão XIII entre outros. Na actualidade, a droga tem uso difundido não só entre os astros do cinema, da música e da televisão, mas também tem ganho consumidores entre executivos e a classe média em geral. A cocaína é também um estimulante do sistema nervoso central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas. No cérebro, a droga afecta especialmente as áreas motoras, produzindo agitação intensa. A acção da cocaína no corpo é poderosa porém breve, durando cerca de meia hora, já que a droga é rapidamente metabolizada pelo organismo. Ingerida ou aspirada, a cocaína age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção, pelos nervos, da norepinefrina (uma substância orgânica semelhante à adrenalina). A quantidade necessária para provocar uma overdose varia de uma pessoa para outra, e a dose fatal vai de 0,2 a 1,5 grama de cocaína pura. A possibilidade de overdose, entretanto, é maior quando a droga é injectada directamente na corrente sanguínea. Os consumidores de cocaína são normalmente vistos como sendo pessoas ricas, na moda e socialmente integradas ou, por outro lado, marginalizadas, necessitadas e excluídas da sociedade. Não obstante, receia-se cada vez mais que o consumo de cocaína esteja a expandir-se na Europa e a atingir camadas sociais cada vez mais diversificadas. Adrenalina - segundo a Porto Editora - É uma hormona segregada na glândula-supra-renal, nos gânglios nervosos, nas terminações das fibras simpáticas e nos paragânglios cromafins. Aumenta a actividade cardíaca, melhora a actividade muscular e eleva a capacidade de reacção do corpo em virtude de um susto, de uma fuga, ou de uma luta, este efeito corresponde a uma resposta de alarme. Ao mesmo tempo, inibe a actividade digestiva e as secreções, provoca vasoconstrição periférica, aumenta o tónus dos esfíncteres.Heroína deriva da morfina e pode ser injectada, fumada e snifada. Tom origem na papoila, planta da qual é extraído o ópio. Depois do processo, o ópio produz a morfina, que em seguida é transformada em heroína. A papoila empregada na produção da droga é cultivada principalmente no México, Turquia, China, Índia. Cria grande dependência física e psíquica. O uso habitual alivia a dor e a ansiedade e cria euforia. A sobre dosagem pode causar miose, (contracção permanente da pupila) depressão do sistema respiratório, edema pulmonar, baixa de temperatura e morte. A longo prazo o consumo de heroína pode causar: letargia, obstipação, impotência, amenorreia, doenças físicas, por vezes graves, criminalidade e morte. "Para os jovens rapazes, o facto de consumir uma droga que implica que a vida «corra» em função da sua dependência, está de alguma forma relacionada com a demonstração dos valores comummente associados ao género masculino como a «coragem», a «aventura» e o «risco»". "Enquanto que para as raparigas jovens esse processo de envolvimento com a heroína está normalmente carregado de uma simbologia negativa e de uma inconformidade e não-aceitação das práticas desenvolvidas por elas". (Pais, J. Machado. org; in
Traços e Riscos de Vida;1999:132,133).

Morfina
é um alcalóide natural do ópio, que deprime o sistema nervoso central, e foi a primeira droga opiácea a ser produzida em 1803. Como poderoso analgésico as suas propriedades foram amplamente empregadas para tratar de feridos durante a Guerra Civil Americana em meados do século passado. No final do conflito, 45 mil veteranos encontravam-se viciados em morfina, o que despertou na comunidade médica a certeza de que a droga era perigosa e altamente causadora de dependência. Mesmo assim, nos Estados Unidos, a morfina continuou a ser usada para tratar tosse, diarreia, cólicas menstruais e dores de dente, sendo vendida não só em farmácias.

Metadona
não causa tolerância e, à medida que o tratamento vai evoluindo, o consumidor pode reduzir paulatinamente as doses até livrar-se do vício.

Haxixe -
são as extremidades e a resina do CANNABIS (folhas e flores). É frequentemente fumado ou tomado por via oral. Cria grande dependência psíquica e a dependência física é nula, mas possível. O uso habitual de cannabis ou haxixe, provoca relaxamento, euforia, diminuição das inibições e aumento do apetite na fase final do efeito. " Mas mais do que a dependência ou não do haxixe, o que preocupa a maioria das pessoas é o risco da escalada do haxixe para outras drogas". (Pais, J. Machado. org; in
Traços e Riscos de Vida; 1999:123).

Anfetaminas
são de origem sintética e são mais frequentemente injectadas ou tomadas por via oral. Criam grande dependência psíquica e a dependência física é normalmente nula, mas possível. Em relação aos efeitos a longo prazo esta droga pode provocar: alimentação deficiente, insónia, perturbações cutâneas alucinações, ideias de referência, suspeita, psicose semelhante à esquizofrenia paranóide e agressões.

Ecstasy,
a sensação criada pelo produto é de bem-estar e alegria, conjuga-se bem com o prazer procurado pelos jovens no fim-de-semana e nas discotecas. Apresenta-se sob a forma de comprimido e, por ser uma droga recente, os seus efeitos a longo prazo não se podem determinar com rigor. No entanto, o uso e abuso desta droga pode ser mortal, principalmente quando combinado com outras drogas ou álcool.

LSD
é uma droga sintética e tomada por via oral. Tem baixa dependência psíquica e nula a dependência física. O uso habitual tem os seguintes efeitos: alterações das percepções, especialmente das visuais, alucinações, pânico, flashbacks e midríase, (dilatação anormal do diâmetro da pupila ocular) a qual pode ser espontânea, provocada ou patológica; paralisia da íris; A overdose de LSD cria ansiedade, pânico, alucinações, tremores e psicose. A longo prazo, o LSD cria pânico, más viagens, alucinações e psicoses.

Solventes
são de origem sintética e inalados frequentemente. Criam grande dependência psíquica, mas a dependência física é nula. Em relação aos seus efeitos, o consumo habitual de solventes cria relaxamento, euforia e uma sensação de flutuar. A sobredosagem, por seu lado, cria ataxia, falta de coordenação nos movimentos do corpo, por vezes asfixia e morte. A longo prazo o consumo de solventes provoca danos cerebrais, hepáticos e da medula óssea, e morte.

Ópio –
apesar de ter sido sempre utilizado com fins medicinais, actualmente as quantidades transaccionadas pelo mundo inteiro, não tem esse fim. O ópio é preparado quimicamente, para produzir morfina e cocaína. Embora a morfina seja agora utilizada com fins medicinais, o tráfico de ópio continua a ter destino no mercado das drogas. Alguns dos componentes químicos do ópio, não têm, no entanto, consequências graves para o organismo humano.

O charro não é inócuo.
Em França estima-se que, desde a idade dos 13-14 anos, dois terços dos alunos já experimentaram a cannabis e uns 10% fumam-na com regularidade (280 000 consumidores regulares com menos de 18 anos). A Faculdade de Medicina tem-se esforçado desde há algum tempo por dar a conhecer os riscos inerentes a esta substância, frequentemente ignorados ou trivializados.

Jacinto Figueiredo, 28-0802006.