Enquanto suturava uma laceração na mão de um velho lavrador (ferido por um caco de vidro indevidamente deitado à terra), o médico e o doente começaram a conversar sobre o Santana Lopes.
E o velhinho disse:
- Bom, o senhor sabe (...) o Santana é como uma "tartaruga num poste"...
Sem saber o que o camponês quis dizer, o médico perguntou o que era uma "tartaruga num poste". A resposta foi:
- Quando o senhor for por uma estrada e vir um poste de uma vedação de arame farpado com uma tartaruga a equilibrar-se em cima dele, isso é uma "tartaruga num poste" (...)
- Você não percebe como é que ela lá chegou;
- Você não acredita que ela esteja lá;
- Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;
- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
- Logo, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!
Até pode ser constitucionalmente possível, mas é grande imoralidade porque noutras instituiçõepublicas quem assume o lugar do primeiro é o segundo da lista, assim, foi uma sucessão e Portugal não é monarca, mas sim republicano e laico.
Jacinto Figueiredo, 30/08/04
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