A democracia é o sistema político com menos defeitos, entendendo-o como capacidade de decisão do “HOMEM” sobre as coisas em que a autoridade emana do conjunto dos cidadãos.
Os políticos, por conveniência, não estão interessados nos acertos do sistema de forma a minimizarem esses defeitos e sujeitam-se a um 26 de Abril a curto prazo.
Não sou monarca porque não acredito no poder soberano vitalício de uma nação e um rei chefe absoluto. Mas como podemos interpretar os exemplos dos nossos políticos?
Pina Moura, ex-ministro, actual deputado e presidente da empresa Iberdrola em Portugal que pode influênciar a EDP maior empresa Portuguesa. Como é possível devido a conflitos de interesses?
Será sempre muito mais fácil a Iberdrola comprar 10% da EDP que a EDP adquirir 10% da Iberdrola. O susto é a aproximação da Iberdrola ao poder executivo da EDP. O grande receio é que, mais cedo ou mais tarde, a EDP seja dominada por poderes espanhóis.
Recebi una «notificação» da EDP a informar que as facturas agora são passadas de dois em dois meses e com conta fixa! Eles vêm acertar no fim do ano… Mas, se quisermos facturas mensais, temos de aderir ao pagamento automático pelo Banco. A EDP dita leis em proveito da gestão da Empresa. Um Estado dentro de outro Estado. O Estado da Energia com aumentos liberalizados a partir do próximo ano!
Hoje, o consumidor faz o trabalho deles. Comunica o consumo, ou não comunica e este é estimado.
Se o cliente atrasa um dia o pagamento paga a mora, mas ignoram o que vai a mais na conta fixa pelo consumo estimado. Somos um país de pobres, mas os monopólios tratam-nos como ricos!
Numa sociedade onde “alguns” políticos se escudam no estatuto para fugir à justiça. São premiados os incompetentes com atribuição de lugares com altos salários ou aposentações como os da CGD, Banc.Port. ou a GALP. Subvenções vitalícias… Defenderam em campanha eleitoral a idade de aposentação aos 67 anos e adquiriram-na com apenas 49. Para “eles” o tempo para aposentação conta a triplicar, apenas 12 anos de assembleia. Recebem milhares de contos de subsídios de integração quando deixam a assembleia. Cortam as regalias sociais e direitos adquiridos, de imediato, à classe média e salvaguardam os seus. O património mais rentável do Estado foi entregue por tuta e meia aos privados, que são sempre os mesmos a comprar tudo. Privatizam, para proveito próprio tudo que é rentável. Clamam que há Estado a mais porque querem reduzir o Estado a um mero fazedor de leis que são sempre no sentido de reforçar os seus privilégios e rapar a classe média. Clamam pela alteração da Constituição com o objectivo de a tornar maleável para a prossecução do assalto definitivo ao controlo do Estado. Não aceitam a redução de deputados e limite de mandatos na administração pública. Pugnam pela eternidade e hereditariedade do poder argumentando que é através do voto, mas quase todos sabemos como isso se consegue.
O ensino é um caos que não forma os cidadãos, muita população é analfabeta funcional, isto é: não consegue ler um livro porque não consegue entender o que lá está escrito. As actividades económicas produtivas, as que criam postos de trabalho foram desmanteladas a troco de uns milhões vindos da UE e enriqueceram uma nova classe, emergente, nascida do crime e da corrupção deixando o país sem recursos e transformando-o numa espécie de feudo medievalpreço de escravo. onde a força de trabalho se compra na praça pública por
O Estado perdeu a autoridade porque não consegue fazer justiça sobre todos os cidadãos. Assistimos à desvalorização de quem trabalha valorizando quem especula. Os valores éticos e morais estão pervertidos (...). Enquanto os Polícias prenderem e os Juízes soltarem. Enquanto 5% da População detém 90% da riqueza e os outros 95% têm de governar-se com os restantes 10% podem crer que a única solução é “roubar” para viver.
A safadez é tanta que um cidadão informado, consciente e cumpridor, às vezes deseja ser ignorante para viver na ilusão de que isto é um país que tem justiça e ordem e que os seus dirigentes regem o seu comportamento por sentido de Estado com ética e pudor.
Por mim, com uma vida de trabalho com mais de 40 anos de contribuição para a Seg. Social tenho a esperança que me seja pontualmente devolvida em mensalidades uma parte do que descontei.
Enquanto os homens insistirem em medir as rendibilidades de algo só pela sua capacidade de gerar cifrões e se esquecerem totalmente da função social desse algo, então a sociedade está doente. Pessimismo qb-muito dinheiro está “calado”! Muitos estão habituados a subsídios!
Jacinto Figueiredo, 09-01-2005.
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