Políticas (des)ajustadas com os mais (in)competentes do País-1
Todos os políticos, em tempo de eleições, afirmam que é necessário combater a desertificação do interior do País apontando medidas várias para o conseguir, mas o certo é que quando chega a hora de aplicar tais medidas os responsáveis retraem-se, escondem-se, omitem, ou seja, não aplicam as medidas tão necessárias como o pão para a boca de quem espera um desenvolvimento que se quer harmonioso e solidário de um País com dimensões reduzidas e de enormes assimetrias, impensáveis, depois de 30 anos da revolução dos cravos.
É tempo dos nossos governantes apostarem no interior do País criando mais e melhores acessibilidades. Viseu em pleno sec. XXI não tem nenhuma auto-estrada, nem a pagar, enquanto que em Lisboa, etc. constroem-se essas infra-estruturas por tudo quanto é sitio, mesmo por cima e ao lado das habitações humanas (selvagens)?
Esperamos que quando as tivermos não sejam pagas enquanto não houver alternativas ou atingirmos os níveis de desenvolvimento das grandes áreas metropolitanas e das cidades como Lisboa, Porto, etc., meninas dos olhos de todos os governos, mas percebemos muito bem porquê, somos Beirões mas não somos “burros”, é pela grande concentração de votos que os leva ao “PODER” que todo o ser humano almeja e que alguns não olham a meios para o atingir, seja através da mentira, do engano, da falsidade e da promessa em que muitos de nós ainda depositamos alguma esperança e, voluntariamente, nos deixamos iludir para alimentarmos o sonho que comanda a vida, e que por vezes sentimos a necessidade dessas promessas como uma espécie de alimento do “Ego”.
Viseu, no sec. XX tinha ligações ferroviárias à linha do Norte em Aveiro e Espinho, também à Linha da Beira Alta em Mangualde e Sta. Comba Dão que os responsáveis em vez de remodelarem, alargarem ou electrificarem as fechara sem que para as substituírem construíssem um metro de auto-estrada. Em tempo de eleições legislativas fala-se da ligação a Viseu por via-férrea, mas não se decide de forma irreversível da construção dessa infra-estrutura como é o caso da A25 ou do Arquivo Distrital de Viseu.
Os responsáveis, entendemos nós, deviam fomentar a educação e formação técnica e cívica das pessoas do interior para que possam estar habilitadas na construção e implantação de unidades comerciais e industriais, com aplicação de medidas de discriminação positiva, através da redução de impostos, até que atinjam os níveis de desenvolvimento das regiões mais desenvolvidas, ou preferem que os proprietários declarem prejuízo em anos sucessivos, obrigando-os à evasão fiscal permitida sem excepção a quem pode e quer?
São sempre os mesmos a pagar Srs. Governantes, a classe média já paga em função do seu rendimento e, pagar os benefícios sociais a que todos têm direito é duplicar os impostos ao contrário do que está escrito na Constituição da Republica Portuguesa, “tendencialmente gratuitos” e, antes desta alteração eram de forma gratuita a todos os Portugueses. Na educação, então não devem ter todos direito à educação gratuita? Tomáramos nós que todos fossem voluntários e educados convenientemente. Não será injusto quem ganha uns Euros acima do que estabeleceu um ministro tenha de pagar um direito que todos temos e que os governantes se deviam esforçar para que todos tivessem?
Não é com o corte dos benefícios fiscais, PPR, PPH ou outros, e mesmo o corte do subsídio familiar de muitas crianças cujo rendimentos dos Pais estão acima de limites estabelecidos por um qualquer ministro que está, presume-se, a preparar o seu mercado de trabalho quando deixar o ministério. Os responsáveis e com cargos políticos deviam dar o exemplo como dizem em campanhas eleitorais: colocar os interesses do País acima dos interesse da UE, não abandonar o País por interesses pessoais e vaidade; reduzam os vossos vencimentos, utilizem os vossos carros e telemóveis, os simples funcionários também o fazem; não esbanjem dinheiro que é de quem paga os impostos em visitas que são autenticas passeatas com a família, reduzam ao estritamente necessário as saídas no País e ao Estrangeiro, não preencham todos os lugares de secretárias e adjuntos mesmo que a lei o permita (tachos e panelas), etc. Assim, será difícil ganharem o crédito do povo e este acreditar nos políticos. Obriguem a pagar quem pode e deve, ainda que tenham de fechar, é preferível do que apresentarem todos os anos prejuízos. É que com esta atitude, além de não contribuírem, depois ainda têm direito a subsídios, muitos indevidamente, por ex. nas Escolas, onde muitos dos filhos dos industriais e comerciantes, que mentem, não pagam nada e que julgamos por falsas declarações, quem controla? Enquanto os filhos dos trabalhadores por conta de outrem, facilmente controláveis, ainda que com magros vencimentos têm de pagar, porque não podem fugir um Euro que seja, é uma enorme injustiça, que os governantes têm conhecimento e admitem como se não soubessem.
Jacinto Figueiredo, 18/09/04
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