terça-feira, fevereiro 14, 2006

PS de Viseu DESISTIU da Universidade Pública!

O Candidato à Assembleia municipal de Viseu, Professor Doutor Correia de Campos, Natural de Viseu e actual Ministro da Saúde fez questão de informar que era ministro de Portugal e não de Viseu para não contarem com favores seus. Desiludiu uma grande parte dos seus militantes e simpatizantes ou mesmo meros convidados na sua apresentação no pretérito dia 15/06/2005 pelas 21.30hrs no Solar dos Peixotos.

Neste salão, repleto, de nobres cidadãos interessados em ouvir dos responsáveis Drs: José Junqueiro; Miguel Ginestal e Doutor Correia de Campos, o que há mais de duas décadas esperam, a implantação da UPV, sim porque já foi criada.

Contra tudo e contra todos eis que a posição do candidato à AMV, Doutor Correia de Campos, desferiu um rude golpe nas aspirações das gentes da cidade, região e mesmo do País, não só porque regrediu na sua posição, pois foi ele que elaborou e, segundo se consta o melhor projecto de candidatura para a criação da Faculdade de Medicina de Viseu, ou não fosse o “lobby” da Covilhã e Braga mais poderoso que o de Viseu. Também a Universidade de Aveiro era para ser instalada em Viseu, mas talvez pelo mesmo motivo foi pelo rio Pavia abaixo até Aveiro, aqui há mais água!

O mesmo cidadão e conterrâneo, passado algum tempo, neste dia e local e sem direito a recurso, como iremos observar pelas suas opiniões ao afirmar que: “temos de perder o trauma da UPV”. Não estamos traumatizados Sr. Doutor, lutamos isso sim por aquilo a que temos direito, como o Senhor e o seu Partido deviam fazer e não desistir da batalha, porque havemos de ganhar a guerra, mesmo contra a “cobardia política” do PS. “Devem encerrar algumas Universidades”. Diga quais, Será a de Coimbra ou Covilhã da terra do Sr, Primeiro-ministro? “Há Universidades a mais em Portugal e sem qualidade devemos pugnar por um Politécnico, em Viseu, de Excelência que nunca tivemos”. Não é isso que ouvimos do Sr. Doutor Antas de Barros, penso que será uma ofensa não só para Ele como para nós Viseense nascidos, criados e residentes pela desvalorização que faz do pouco que temos, somos uns “desgraçadinhos” o pouco que temos não presta? Então como explica que: “A Universidade Católica Portuguesa (UCP) pode abrir a Faculdade de Medicina em Sintra, sem qualquer autorização do Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES), garantiu ao DE uma fonte ministerial”. Alguma coisa está errada se a UCP pode abrir sem autorização como pode o poder político obrigar a encerrar? Os “lobbies” têm mais poder que os políticos? A ser verdade é mau para a democracia.

Tem também liberdade para transformar o curso de Medicina Dentária da UCP, em Viseu, num curso de Medicina, sem necessitar de qualquer autorização. O decreto-lei nº 128/90, aprovado pelo então Ministro da Educação, Roberto Carneiro, estabelece que a UCP goza de «autonomia, estatutária, científica, pedagógica e patrimonial». Tem apenas que comunicar «os currículos dos cursos» ao Ministério da Educação no prazo de 30 dias «após a sua aprovação», «nunca podendo seguir princípios menos exigentes do que os que regem as universidades públicas». Este regime excepcional foi garantido ao abrigo da Concordata assinada entre o Estado português e o Vaticano.

Recorde-se que este diploma revogou uma legislação de 1971, proposta pelo então ministro Veiga Simão que previa que a criação de cursos tivesse que ser autorizada pelo Ministro da Educação.

Sustentou, “Temos que aceitar, em Viseu, cursos ministrados por outras Universidades existentes”. É vergonhoso e imperdoável Sr. Doutor Correia de Campos. “É preferível um bom Politécnico que uma Universidade medíocre”. Será que a mediocridade a que se refere é o ensino público ou privado? De ambos os responsáveis são os políticos! “Temos sido enganados, não tivemos a Universidade no devido tempo e esse tempo agora passou porque quem mandava na cidade não foi líder à altura para o conseguir”, mas não é quem manda na cidade que cria a Universidade, quanto sei estes mantêm e estão muito interessados no projecto, assim como todos os partidos com assento parlamentar; CDS/PP, PSD, PCP, BE e o PS até há dois meses atrás.

O grupo de trabalho encarregue de definir o projecto formado pelo antigo ministro da Educação, Veiga Simão, o presidente da Siemens Medical Solution e três professores da University Erlangen-Nuernberg, da Alemanha “foram uma brincadeira para nos enganar”? Não acreditamos Sr. Doutor porque o assunto é demasiado sério.

Não queremos acreditar na opinião deste responsável e muito menos nos argumentos que invoca. Então não foi o PS que primeiramente a criou a UPV em parceria com a Universidade de Aveiro em fim de mandato d PM António Guterres? Afirmam, e bem, que seguem um rumo certo, sem desvios e com convicções? Em campanha eleitoral afirmaram que tudo que fosse bom para Viseu seria aproveitado. Quem mente? É o PS que abandona aquilo que defendeu quando foi governo e mesmo na oposição quando afirmaram: “PS exige que Durão esclareça caso da universidade em Viseu”. “Os deputados do PS eleitos pelo círculo de Viseu requereram ao primeiro-ministro, Durão Barroso, esclarecimentos sobre o polémico processo da eventual criação de uma universidade pública e de uma Faculdade de Medicina na capital do distrito, informou ontem o gabinete de imprensa do grupo parlamentar do partido. A iniciativa dos deputados Ana Benavente, José Junqueiro e Miguel Ginestal, tomada ao abrigo dos termos constitucionais e regimentais em vigor, é justificada com a dissonância das declarações públicas do presidente da Câmara Municipal de Viseu e da ministra da Ciência e do Ensino Superior”.

Ana Benavente, José Junqueiro e Miguel Ginestal consideram que agora cabe ao primeiro-ministro dizer qual dos dois está a falar a verdade.

Mais e melhor educação é o que todos necessitamos, assim a educação não deve ser encarada como uma despesa, mas sim um bom investimento, se não experimentem a ignorância."O Estudante é o primeiro trabalhador da Nação".

Jacinto Figueiredo, 16/06/2005.

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