A Expovis é a empresa que gere os destinos da Feira de S. Mateus e responsável por tudo que a ela diga respeito desde a sua concessão ao seu pleno funcionamento.
Depois de uma reflexão amadurecida entendemos que todos devemos manifestar a nossa opinião a fim de aclarar as ideias dos responsáveis e com elas melhorar a geografia e funcionamento do certame anual.
Todos sabemos que nem sempre os projectos correspondem às nossas expectativas. Não por falta de competência técnica, mas por vezes falta a pedra de toque que os torna mais agradáveis e funcionais e essa pedra de toque pode vir do cidadão comum frequentador do espaço, portanto o que nos move é o contributo positivo.
Poderão dizer que é sempre difícil mudar que aparecem sempre os resistentes, os viseenses estavam habituados àquela disposição, é difícil mudar mentalidades, etc.
Sabemos, e concordamos, que está preste a concurso público, quatro ou cinco orçamentos para a aquisição de stands amovíveis com uma aparência digna e uniforme.
Os Restaurantes por ex. vão passar a obedecer a medidas fixas de 15mx15m, o que apenas vai permitir que venham a ter 24 mesas, mas passarão a ter chão antiderrapante, vidros duplos, ar condicionado, instalações sanitárias dignas, enfim todas as condições de higiene e conforto que os utentes merecem.
Depois, há outras situações, como a falta de tempo para montar este certame em 15 dias quando em situações anteriores e de decorrência normal levaram 60 dias. Não estavam os trabalhos acabados. Foi um esforço enorme e uma vitória de toda a equipa, mas que evidentemente tem aspectos que terão de ser corrigidos.
Em nossa opinião, tal como relatou um viseense residente em Lisboa a um prestigiado jornal, “o novo traçado e, sobretudo, o perfil deixaram a feira totalmente desfigurada”.
O desaparecimento da alameda central com uma largura e comprimento razoável, iluminação e ornamento que deliciavam qualquer visitante, nacional ou estrangeiro. Era uma verdadeira sala de visitas, de encontros e algumas exibições, sim porque as pessoas gostam de se mostrar.
Estava demasiado concentrada e desordenada, por ex. no meio de artesanato como tecidos aparecia uma venda de chouriços e queijos, os produtos de marroquinaria e artesanato africano estava um em cada canto. Esta desordenação afecta consideravelmente a sua estética.
Entendemos que cada área deve estar junta como é o caso dos barros e dos restaurantes ou as enguias, petisco emblemático desta centenária feira.
Foram escritas várias críticas mas nenhuma relativa à disposição do palco que julgamos essencial como vida, atracação e motor de todos os dias. Entendemos que este faz parte integrante do espaço, logo não pode estar de costas voltadas, isolado da feira. Em nossa opinião, o palco deve ter uma posição privilegiada – mais central, voltado para o interior da feira e à volta do espaço para o espectáculo colocar esplanadas que além de embelezar podem as pessoas ver o espectáculo sentadas, seria muito mais agradável.
Confiamos nos responsáveis, na certeza de que terão em atenção as nossas críticas construtivas de forma a facilitar a imaginação e assim, regressarem à imagem (única) da imponente Feira de São Mateus mesmo requalificada.
Jacinto Figueiredo, 3/10/04
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