Durão Barroso fora da
Universidade de Genebra
Genebra
renegou o seu aluno-prodígio
| Miguel
A. Lopes / Lusa
O seu
vínculo ao Goldman Sachs é a causa do fim do contrato, diz a imprensa suíça.
Antigo professor cortou relações com Barroso, o aluno-prodígio
A
Universidade de Genebra e o Instituto de Estudos Internacionais não renovaram o
contrato do ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que
cessará no final do ano. Segundo o jornal suíço Le Temps, o vínculo de Barroso
ao ao banco de investimento Goldman Sachs é o motivo para a decisão. O
ex-primeiro-ministro português era professor convidado daquele prestigiado
estabelecimento de ensino superior, onde também estudou e trabalhou nos anos
80. Desde maio de 2015 que ali dava aulas sobre políticas europeias.
A imprensa
suíça dá conta do desagrado na instituição em relação ao novo
"patrão" do "ex-aluno prodígio" da Universidade, lembrando
que o banco de investimento norte-americano é considerado um dos líderes da
crise financeira de 2008. Um antigo professor e amigo durante anos de Barroso,
Dusan Sidjanski, atualmente com 90 anos, não poupa as críticas.
""Cortei todos os laços com ele", revelou, depois de lhe
escrever uma carta dizendo que a sua ligação ao Goldman Sachs era uma
"manchas para a Europa" e "para a sua família." "Ele
usou as instituições da UE para participar nos piores bancos globais",
sublinhou. "Não posso acreditar que neste momento ele destrua a sua
reputação a este ponto. Isso mostra que ele é fraco ", assinala. Este
professor sente-se "traído" pelo ex-aluno que o nomeou até seu
assessor especial na Comissão Europeia
O
vice-reitor da Universidade, Jacques Werra, enviou uma carta de agradecimento a
Durão Barroso informando-o da não renovação. "Realizou totalmente o seu
mandato", afirma o responsável, não comentando, porém, se essa decisão
estava relacionada com a Goldman Sachs. "É uma questão abstrata uma vez
que não era esperado que o mandato fosse além de 2016".
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