terça-feira, novembro 28, 2017

Durão Barroso, Genebra renegou o seu aluno-prodígio.



Durão Barroso fora da Universidade de Genebra
Genebra renegou o seu aluno-prodígio
  |  Miguel A. Lopes / Lusa
O seu vínculo ao Goldman Sachs é a causa do fim do contrato, diz a imprensa suíça. Antigo professor cortou relações com Barroso, o aluno-prodígio
A Universidade de Genebra e o Instituto de Estudos Internacionais não renovaram o contrato do ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que cessará no final do ano. Segundo o jornal suíço Le Temps, o vínculo de Barroso ao ao banco de investimento Goldman Sachs é o motivo para a decisão. O ex-primeiro-ministro português era professor convidado daquele prestigiado estabelecimento de ensino superior, onde também estudou e trabalhou nos anos 80. Desde maio de 2015 que ali dava aulas sobre políticas europeias.
A imprensa suíça dá conta do desagrado na instituição em relação ao novo "patrão" do "ex-aluno prodígio" da Universidade, lembrando que o banco de investimento norte-americano é considerado um dos líderes da crise financeira de 2008. Um antigo professor e amigo durante anos de Barroso, Dusan Sidjanski, atualmente com 90 anos, não poupa as críticas. ""Cortei todos os laços com ele", revelou, depois de lhe escrever uma carta dizendo que a sua ligação ao Goldman Sachs era uma "manchas para a Europa" e "para a sua família." "Ele usou as instituições da UE para participar nos piores bancos globais", sublinhou. "Não posso acreditar que neste momento ele destrua a sua reputação a este ponto. Isso mostra que ele é fraco ", assinala. Este professor sente-se "traído" pelo ex-aluno que o nomeou até seu assessor especial na Comissão Europeia
O vice-reitor da Universidade, Jacques Werra, enviou uma carta de agradecimento a Durão Barroso informando-o da não renovação. "Realizou totalmente o seu mandato", afirma o responsável, não comentando, porém, se essa decisão estava relacionada com a Goldman Sachs. "É uma questão abstrata uma vez que não era esperado que o mandato fosse além de 2016".

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