sexta-feira, dezembro 30, 2005

PROFESSORES da Alves Martins em ITÁLIA

Partimos ansiosos na esperança de ver o Papa, mas apesar de estarmos a poucos metros dele não conseguimos e, regressamos convictos de que não morreria sem estarmos a seu lado.

Karol Jóseph Wojtyla de seu nome – nasceu em 1920/05/18 em Wadowice, na Polónia. Exerceu a função, no Vaticano desde 1978 até 2005.

João Paulo II, nome de adopção religiosa, morreu com 84 anos, depois de sucessivas recaídas, no dia 2 de Abril às 21h37 de Itália, 20h37 de Lisboa e depois de uma vida feliz por servir Deus e o seu povo, mas ensombrada pela doença de Parkinson.

No período de 28/3 a 3/4/05, organizada pela Escola Secundária Alves Martins-Viseu, um grupo de professores peregrinou por Itália. Neste périplo, em Bus conduzido pelo Italiano Geovani, fomos acompanhados por uma Espanhola simpática, a Yolanda, e um Romano de gema, o Paulo, guia local a falar, correctamente, Português que nos transmitiu a sua profunda/vasta sabedoria e, alimentou o “Ego” de crentes ou não, sisudo, sempre debitando um humor fino.

Itinerário: Partida de Viseu em autocarro de turismo até ao aeroporto Sá Carneiro no Porto onde embarcamos até Roma com escala em Madrid.

Instalação em Hotel e depois de jantar fez-se o primeiro contacto com a bela cidade museu devido à qualidade e quantidade de monumentos antiquíssimos; passeio nocturno apreciando a iluminação que escassa faz ressaltar o património histórico excepcional. Roma é Capital da Itália. Tem 2.773.900 habitantes. O fundador lendário de Roma é Rómulo. Antigo centro de um império e ainda hoje centro do Catolicismo. Para além das muitas riquezas do Vaticano, cidade que tem o seu próprio sistema de comunicações; possui: telefone; correio; rádio; assim como um exército de mais de cem Guardas Suíços. Tem moeda e banco próprios, mas tem de importar comida, água, electricidade e gás. Podem ser referidos o Coliseu e termas Romanas de Caracala iniciadas por Septimo Severo e inauguradas por seu filho Caracala em 216 d. C. As termas eram públicas e gratuitas, funcionando com o mecenato dos patrícios ricos, apesar de se encontrarem em ruínas, estas são as únicas no mundo que demonstram verdadeiramente como seriam umas termas romanas, que parecem seguir sempre o mesmo plano, com mais ou menos monumentalidade. A sua função era terapêutica mas também lúdica, pelo que podiam incluir áreas para lojas, livrarias, teatros, como imitam hoje as áreas comerciais. Na parte de trás do edifício situava-se o estádio, para a prática de exercícios físicos.

Segundo dia: teve lugar uma visita panorâmica à cidade eterna, porque contém desde os primórdios tudo o que, contemporaneamente, se crê como inédito; praça Venezia; colina do Capitólio; Foros Imperiais; Coliseu (exterior), ex-libris de Roma; Castelo de S. Ângelo; Fontana de Trevi que anima com o barulho das águas a praceta que a acolhe, verdadeira cenografia do séc. XVIII, à qual se chega de surpresa por ruas inesperadas e estreitas de Roma; a “Piazza da Rotonda” onde se situa o Pathéon e ainda a “Piazza Navona”, uma das mais vastas de Roma que ocupa a área do antigo Circo de Domiziano; Arco de Constantino, construído em 315 para comemorar a vitória sobre Maxêncio, está ornamentado com relevos e estátuas de monumentos anteriores; o famoso Rio Tibre; Museu do Vaticano; Capela Sistina com toda a sua beleza interior, os frescos da escola de Miguel Ângelo e Basílica de São Pedro com toda a sua imponência. De tarde visita à Igreja de Santa Maria Maior, um pouco de tempo livre e à noite em restaurante característico um especial jantar com tenores, foi fantástico.

No terceiro e quarto dia: partida para Assis onde visitamos e admiramos a Basílica e, o túmulo de São Francisco, protector dos animais, que herdou o nome do Templo e da localidade que lhe deu o nome.

Continuação da viagem para Florença, onde com ajuda de guia a falar Português, pudemos admirar autenticas obras-primas como o Dumo; o Baptistério, estes sempre exteriores à casa de Deus, pois nela apenas podiam entrar os fiéis depois de Baptizados; a porta do Paraíso; ponte Vecchio e o mercado da Paja; Praça de Signoria; academia com o “David” de Miguel Ângelo e outras jóias da arte da cidade que nos deslumbraram pela sua antiguidade, arquitectura, beleza, estado de conservação (…), assim como tudo que vimos em Itália.

Quinto dia: partida para Pisa a cidade de Galileu, Galilei onde conhecemos a praça dos milagres, famosa mundialmente pelos monumentos que contém; o baptistério e a Torre inclinada com mais de 30 metros, mas que o construtor se apercebeu da cedência do terreno aos 12 metros, devido ao estado arenoso e frágil do local onde foi erigida, segundo a guia os Chineses apresentaram uma ideia de rectificação de verticalidade “introduzindo feijões por baixo do lastro do lado da inclinação”.

Continuação da viagem para a cidade universitária de Pádua; Basílica de Santo António de Portugal com as suas cúpulas bizantinas, que alberga o túmulo e algumas relíquias do santo Padroeiro; durante a viagem apreciamos os montes Apeninos, espinha dorsal de paisagem agreste que percorre toda a península Itálica.

Sexto dia: em Veneza, onde as ruas são de asfalto líquido, passeio panorâmico de barco privado; ponte de Paja; Igreja de Santa Maria da Saúde; Ilha de San Giorgio; a Aduana; baía de S. Marcos; ponte dos Suspiros; passeio pela Praça de São Marcos; visita de uma fábrica de Cristal Murano onde ao vivo o artesão construiu belas peças; passeio de Gôndola, barcas compridas e negras porque aconteceu uma tragédia que originou morte e que os gondoleiros conduzem com muita perícia, pois o período de aprendizagem são dez anos; cruzeiro pelas ilhas da Laguna.

Sétimo dia: a viagem era longa e o tempo começava a ficar curto, levantamos muito cedo e partimos com direcção a Verona, norte de Itália, famosa pelo drama de “Romeu e Julieta”, onde visitamos a casa da nossa donzela edifícios onde estes habitaram; a Praça Bra. Continuamos para Milão, com breve visita panorâmica, os monumentos mais notáveis como Palazzo di Brera, cuja construção começou em 1651, e a catedral gótica, iniciada em 1386; Scala de Milão, Ópera, e Galeria das marcas da moda. Continuação da viagem para o aeroporto de Milão onde em avião seguimos para Lisboa com escala em Madrid e em autocarro de turismo até Viseu.

Foi uma viagem rica de alegria, convívio, amizade, conhecimentos sociais, patrimoniais e políticos, entendendo estes como capacidade de decisão do “Homem” sobre as coisas.

Jacinto Figueiredo, / /2005.


Sem comentários: