Perante as declarações da ministra, que raiam um absurdo NUNCA visto e provocam uma indignação NUNCA sentida só vejo a possibilidade iniciarmos um processo NUNCA efectuado!
Passaram-me me cabeça duas alternativas: uma, é sentarmo-nos todos diante das escolas em greve de fome por tempo indeterminado, outra é entrar num processo de mudez e inacção (quase) total nas escolas. Reconheço que o último, embora sem o impacto visual na sociedade, até é capaz de ser o mais eficaz: vamos para a escola, damos as nossas aulas normalmente mas tudo o resto PÁRA: projectos de escola, actividades do PAA (jornais, actividades de enriquecimento curricular, visitas, exposições, comemorações, etc…). Se forem convocadas reuniões, estaremos presentes mas não falaremos. Não aprovamos nem discutimos nada. Não apresentamos objectivos individuais. Não combinamos aulas assistidas, deixamos as portas abertas para entrar quem quiser, quando quiser… Forcemos os órgãos das nossas escolas a admitir que nada está a funcionar.
Bom, a ideia fica lançada. Se alguém ainda acredita que vamos lá com manifestações, greves ou outra qualquer forma tradicional de luta, estude bem o inimigo com que nos estamos a defrontar…
Mariana Mesquita, “A Educação do meu Umbigo”
Recebida por e-mail de V. Monteiro
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