Porque é que os professores contestam estemodelo de Avaliação do DesempenhoDocente?
AS 10 PRINCIPAIS RAZÕES
O Professores têm a responsabilidade de fazercomque a escola eduque e ensine e os alunos aprendam, tornando-se cidadãoscapazes de contribuirparaumfuturomelhor, pessoal e socialmente falando. Assim, não se questiona que haja umsistema de avaliação dos professores.
Mas o sistema de avaliação do desempenhodocente consignado no DecretoRegulamentar n.º 2/2008 de 10 de Janeiro e nosdiplomasque têm sido emanados do Ministério da Educação contém váriosaspectosnegativosque põem emcausa a qualidade e a justiça da avaliação do desempenhodocente e, piorainda, comprometem a existência de uma escolapública de qualidade.
Seguem, emsuma, as 10 principaisrazõesque levam os professores a contestarestemodelo de avaliação:
1.ª O facto de os professores serem avaliados tendo emconta «a melhoria dos resultadosescolares dos alunos» (ponto 2, alínea a), do artigo 9.º do referido DR n.º 2/2008), nomeadamente (Despacho n.º 16872/2008, de 23 de Junho, anexo IV, parâmetro 7),
a) o progresso dos resultados escolares dos seus alunos no ano /disciplina, relativamente aos resultados atingidos no ano lectivo anterior;
b) a evolução dos resultados escolares dos seus alunos relativamente à evolução média
- dos resultados dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola não agrupada;
- dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
c) as classificações nas provas de avaliação externa e respectivadiferençarelativamente às classificações internas.
2.ªO facto de os professores serem avaliados tendo porreferência «a redução do abandonoescolar» (ponto 2, alínea b), do artigo 9.º do DR n.º 2/2008).
3.ª A avaliação dos professorestitularesserfeitapelosseuspares(artigo 12.º do DR n.º 2/2008).
4.ª A avaliação dos professorestitulares poder ser feitaporprofessores de escalãoinferior ao seu.
5.ª A avaliação dos professorespoderserfeitaporprofessorescomhabilitação académica inferior à do avaliado oucomhabilitaçãocientíficadiferente da do avaliado (pontos2 a 5 do artigo 12.º do DR n.º 2/2008).
6.ª A existência de quotas («percentagensmáximas» de atribuição de Excelentes e de MuitoBons) diferentes de escolaparaescola(artigo 46.º, ponto 3, do Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19/1 (Estatuto da CarreiraDocente); artigo 21.º, ponto 4, do DR n.º 2/2008 e Despacho n.º 20131/2008, de 30/7).
7.ª A distribuição de quotas por «universos de docentes» (ponto 6 do Despacho n.º 20131/2008, de 30 de Julho).
8.ª Serem avaliados professores que estão no topo da carreira, muitos deles a menos de quatro anos do limite para atingir normalmente a idade da aposentação.
9.ª A complexidade e burocratização do processo, com reflexos negativos para a vida nas escolas, para os professores e, naturalmente, para o ensino.
10.ª A heterogeneidade de procedimentos na avaliação de escolaparaescola(artigo 6.º, pontos 1 e 2 do DR n.º 2/2008).
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