quinta-feira, março 01, 2007

Ensino Superior - Decrscimo

Menos 30 mil alunos em quatro anos - Lusa| 2007-03-01

Desde 2002 tem-se vindo a registar um decréscimo de 48% nas matrículas o Ensino Superior. A descida é mais acentuada nos cursos de formação de professores e de ciências da educação. O documento "Evolução do número de inscritos no Ensino Superior - 1997/98-2005/06", emitido pelo Observatório do Ensino Superior, revela que o número de estudantes neste nível de ensino atingiu um pico em 2002-2003, com mais de 400 mil inscritos, valor que caiu para os 367 312 no último ano analisado.


Os cursos da área da Educação registavam 36 785 alunos inscritos em 1997/98, valor que subiu para 51 221 em 2001/02. A partir desta altura, registou-se uma evolução negativa, com apenas 26 277 matrículas no ano lectivo de 2005/06, um decréscimo na ordem dos 48,7%.


Por oposição, destaca-se o crescimento da área da Saúde e Protecção Social, onde os inscritos aumentaram de 24 000, em 1997/98, para 58 714, em 2005/06, tendo o número de matrículas mais que duplicado no intervalo em análise, com um crescimento de 144,64%.

As universidades privadas perderam 29 040 alunos entre 1997/98 e 2005/06 (cerca de 24%), enquanto que o Ensino Superior público ganhou estudantes, passando de 226 642 para 275 521 matrículas durante o período analisado.


Segundo os dados do Observatório, os politécnicos reforçaram a sua posição, com um crescimento de 9%, passando de 99 608 para 133 997 estudantes, enquanto que o ensino universitário regista uma evolução negativa de quase 6% (menos 14 550 matrículas).


A licenciatura é o tipo de curso com mais inscrições (233 177 em 2005/06), seguido das licenciaturas bietápicas (98 681), introduzidas em 1998/99, que acabaram por diminuir o peso dos bacharelatos, que no último ano representavam apenas 1,1% do total de inscritos.

Destaca-se ainda o interesse registado pelos mestrados, que passou de 7448 para 12 007 matrículas, e dos doutoramentos, que mais que triplicaram durante o período analisado, de 2605 para 8505.


Durante o período analisado, o género feminino foi sempre o mais representado com uma vantagem nunca inferior a 10%. Mais de metade dos alunos inscritos são do sexo feminino - nos anos de 2000/01 a 2002/03 as mulheres representaram mesmo 57% dos inscritos. Ainda assim, o género masculino tem vindo a crescer a um ritmo mais acelerado, situando-se as taxas médias de crescimento anual em 0,94% e 0,50%, respectivamente.

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