Utentes do IP3 exigem
requalificação urgente da estrada que liga Coimbra a Viseu
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Um acidente
de viação no IP3 em 2016. Utentes da estrada queixam-se de via que dizem
"votada ao abandono"
| Carlos
Jorge Monteiro / Global Imagens
Associação
aponta para casos como os da zona do Botão e Espinheira, onde há supressão de
vias por taludes caídos há vários anos, mas o que mais o preocupa é o traçado
no distrito de Viseu, onde "não há separador central"
A Associação
de Utentes e Sobreviventes do Itinerário Principal 3 visitou hoje "os
pontos negros" daquela estrada, para exigir a requalificação urgente da
via, que liga Coimbra a Viseu.
Membros da
associação percorreram hoje o IP3, apontando para os pontos mais perigosos de
uma estrada que dizem "votada ao abandono" e que continua a registar
uma elevada sinistralidade, segundo disse aos jornalistas o porta-voz do
movimento, Álvaro Miranda.
"Há uma
grande degradação. Há abatimentos de plataformas, pavimentos em mau estado,
taludes caídos, barreiras caídas e vias suprimidas há vários anos. O que
exigimos é que [os governantes] olhem para esta via e façam a requalificação do
IP3, para diminuir a sinistralidade e haver uma circulação com mais
segurança", frisou.
Há
abatimentos de plataformas, pavimentos em mau estado, taludes caídos, barreiras
caídas e vias suprimidas há vários anos
Álvaro
Miranda apontou para casos como os da zona do Botão (Coimbra) e Espinheira
(Penacova), onde há supressão de vias por taludes caídos há vários anos, mas o
que mais o preocupa é o traçado no distrito de Viseu, onde "não há
separador central", nomeadamente na zona de Tondela.
"Em
2001, quando exigimos a colocação de separador central de Trouxemil [Coimbra] a
Oliveira do Mondego [Penacova], houve uma grande diminuição de acidentes com
vítimas mortais. A partir de Oliveira do Mondego, há mais acidentes com vítimas
mortais com colisões frontais, porque não há separador", sublinhou.
Socorrendo-se
de dados fornecidos pela corporação de Bombeiros de Penacova, Álvaro Miranda
referiu que, entre 1991 e 2017, houve 1.825 acidentes entre a zona do Botão e
Oliveira do Mondego, que provocaram 1.836 feridos.
Ao longo
desse período, registaram-se 123 mortos, sendo que o número de vítimas mortais
diminuiu com a colocação do separador central em 2001, vincou. "Queremos
dar a conhecer a negligência nesta via, que liga Coimbra a Viseu e que é
estruturante para o desenvolvimento socioeconómico da região", referiu.
A
associação, esclareceu, não é contra uma "hipotética autoestrada" que
una as duas capitais de distrito. No entanto, é contra um projeto que
"venha a sobrepor em algum ponto o IP3 existente, que tem sempre de ser
requalificado e melhorado". Até hoje, mais de 1.100 pessoas assinaram a
petição.
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