terça-feira, janeiro 10, 2006

VISEU-ESCOLA SEC. EMÍDIO NAVARRO


mdtytyj.jpg


ESC. EMÍDIO NAVARRO-VISEU: Trata problemas de comportamento e aprendizagem.

O Doutor João Lopes, Psicólogo e docente na Universidade do Minho foi convidado pelo Executivo através do Núcleo de Apoio Educativo e SPO (Serviço de Psicologia e orientação) representados, respectivamente, pelo Dr. António Cabral, Dr.ª Luísa Chaves e Dr.ª Filomena Gato.

Dadas as boas vindas a todos os participantes e orador foi descrito o invejável currículo do palestrante que com à vontade nas matérias, polémicas, porque as questões da educação como não são ciência exacta todos têm opinião baseando-se cada um de nós em vários estudos científicos ou meras opiniões pessoais que terão algum significado quando justificadas e sustentadas com base na prática diária, sim porque a ciência resulta de estudos práticos.

A Acção de Formação versou sobre os”Problemas de Aprendizagem e Problemas de Comportamento em Contexto Escolar”, decorreu no dia 2-11-2005 na sala multiusos das 14.30 às 17.30hrs. Contrasta com o que se discutia há uns bons anos atrás: “o uso e porte de arma pelo Prof. na sala de aula “.

A colaboração dos Pais é importante, mas quando solicitada e não apenas pelos maus comportamentos. A pressão ou atitudes mais radicais como a agressividade, que devemos enfrentar de imediato, são indesejáveis para o bom funcionamento das instituições. A função do Prof. não é apenas ensinar, mas também educar para os valores que cada vez mais se justificam nas escolas que devem ser os palcos privilegiados. A estrutura e função familiar de hoje não se coadunam com as exigências contemporâneas, os pais têm direito e necessidade de trabalhar, os filhos são entregues a Amas ou Infantários desde tenra idade. Os problemas dos alunos que devemos perceber mas não aceitar devem ser resolvidos dentro da sala. Os profissionais da Educação nunca podem ser desautorizados e muito menos frente aos alunos.

A nova organização escolar com os “ajuntamentos” agrupamentos de escolas está feito para a desresponsabilização dos profissionais. A figura de Director, sem carga negativa, talvez em sua opinião se ajuste ao tempo actual. Não confundir autoridade com autoritarismo, pois são conceitos diferentes.

Teorias da Aprendizagem, a melhor é a modelagem, na hora, através da demonstração de comportamento sabendo que estes estão directamente relacionados com a ignorância, os que pior se comportam são os que mais dificuldade têm e, estes enquanto não estiverem motivados para as aprendizagens e como não percebem o que se está a tratar usam pela negativa a forma de se afirmarem.

Reprovação é um acto administrativo que obriga um aluno a atrasar-se em relação aos colegas porque não conseguiu determinadas competências do saber/saber/estar/ser/fazer. Não faz qualquer sentido porque no ano seguinte está na mesma e passa a fazer mais barulho, já ouviu a “lenga lenga” no ano anterior. A reprovação não resulta porque no ano seguinte é ensinado com os mesmos métodos e os mesmos defeitos. Deve reprovar na tarefa e não no ano escolar. Há automatismos precoces do erro e o feedback imediato é muito importante. A Pedagogia Diferenciada é essencial para o sucesso educativo, não aprendemos todos da mesma maneira. Os vários tipos de inteligência, contrastam com o ensino massivo que se verifica em muitas escolas.

A atenção, mas o que é a atenção? Skinner disse que é a relação, contingente, entre estimulo-resposta. Qual a relação fala-escrita? A criança deve aprender primeiro a escrever de preferência o seu nome e depois a ler. Distinguem-se os alunos pelo número de palavras que conseguem ler por minuto.

Na leitura deve ser feita a distinção entre as letras dos sons e não os sons das letras, poios as letras não têm sons. A consciência fonética consiste nos diferentes sons com as mesmas palavras, ex. cama-maca e, adquire-se a partir dos seis meses de idade. A língua Portuguesa tem entre 42 e 46 sons ou fonemas com a correspondência: um fonema um grafema ex. p-p.

As estratégias erradas dificultam as aprendizagens. O número reduzido de alunos por turma, apenas se justifica no 1.º ano de escolaridade nos anos seguintes não. Países em que as turmas funcionam com mais de cinquenta alunos têm sucesso escolar!

Aos manuais falta-lhe linguagem escrita, os alunos devem aprender a seleccionar a informação. Não se deve substituir a escrita pela oralidade, isto aconteceu no tempo das cavernas, pois não havia escrita. Não se deve utilizar a linguagem de elementos de grupos com comportamentos desviantes, mas sim escrita e oralidade comummente aceite. A inclusão exige a reestruturação da escola e do currículo, com as consequentes alterações curriculares, de modo a que se criem contextos sociais de aprendizagem.

Jacinto Figueiredo, 10-11-2005.

Sem comentários: