As gerações mais recentes, alguns, estão mentalizadas que tudo é fácil e possível, querem e têm direito a tudo, recorrem a todos os meios e pagam-lhes para não trabalharem, não se valoriza o trabalho ou estudo e tantas outras situações a que o estado social e politico nos levou.
O tempo é de crise e vai daí os responsáveis em vez de reduzirem os seus altos vencimentos, reformas, mordomias e outros gastos supérfluos decidem “cortar”, na classe média, as famigeradas regalias sociais, baixar os seus rendimentos com a subida de impostos e a criação de outros.
Há muito tempo que a educação se agita, mas os Professores, uma das partes do processo, não têm razão, segundo a Ministra, mesmo que quase todos protestem. Está ainda na memória colectiva e recente o protesto de cem mil professores nas ruas de Lisboa.
Os decisores e iluminados acham que a educação é cara em relação aos resultados obtidos, mas o aviso é sério de que um dia vão experimentar a ignorância e aí as coisas complicam-se.
O ME está a proceder a uma monitorização, em todas as escolas, aos alunos com NEE (necessidades educativas especiais).
Assim, “nos 37 Agrupamentos de Escolas, em que já se conhecem os cortes impostos, verifica-se uma redução de 57,3%, que deixa 1120 alunos com NEE, num total de 1952, sem direito a apoio especializado”, dados do SPRC.
Todos os alunos apoiados ao abrigo do DL n.º 319/91 de 23/08 estão a ser, obrigatoriamente, reavaliados por referência à CIF (classificação Internacional de Funcionalidade) processo de elegibilidade conforme estipulado no DL n.º 03/08 de 07/01 que substitui o DL anteriormente referido sem que tenha sido avaliado e que correspondia, em meu entender às exigências actuais.
Responsáveis, como o Dr. Luís Borges declaram que "Esta Classificação é aplicada com intuito economicista". "A classificação CIF é abusiva porque é para adultos e com intuitos de saúde e funcionalidade, mas não de Educação". "É uma classificação que os técnicos não conhecem e que os médicos não utilizam". "É tão complexa que não vejo como é que alguma vez possa ser utilizada em Educação". "Só se vai usar para reduzir o número de apoios, para poupar". "Há crianças que tiveram apoio durante 6 - 7 anos e que agora vão perdê-lo". "Quando se esperava uma melhoria, acompanhando o que há de melhor no mundo, faz-se uma alteração sem ouvir ninguém, sem consultar ninguém, passando a utilizar-se outra classificação que, ainda por cima, não serve". "As crianças vão deixar de ser apoiadas nas suas avenidas de aprendizagem, para serem apoiadas nas suas incapacidades. É uma mudança sem senso!"
Jacinto Figueiredo, 08-07-2008
terça-feira, julho 08, 2008
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3 comentários:
que esperavas, amigo lourenja?
esperava melhor, Dr. Martim.
Ok
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