sexta-feira, julho 14, 2017

MP acusa dois vereadores do PSD de desvio de dinheiro do CPS de Carvalhais, (S. Pedro do Sul, Viseu)


MP acusa dois vereadores do PSD de desvio de dinheiro do CPS de Carvalhais, (S. Pedro do Sul, Viseu)

Adriano Azevedo e Catarina Rodrigues
Os vereadores eleitos pelo PSD para a câmara municipal de São Pedro do Sul; Adriano Azevedo e Catarina Rodrigues, estão acusados pelo Ministério Público (MP) dos crimes de furto qualificado e abuso de confiança agravado.
A notícia é avançada, na edição desta semana, do semanário “Jornal do Centro”.
Segundo a publicação, os casos remontam ao tempo em que os dois autarcas desempenharam funções de director e funcionária do Centro de Promoção Social de Carvalhais.
De acordo com o jornal o caso começou a ser investigado pelas autoridades depois de o presidente da Instituição Particular de Solidariedade Social ter enviado em Julho de 2016 uma carta ao MP a denunciar o roubo de milhares de euros de um cofre e o desvio de dinheiro do Bioparque.
No despacho, que data de 6 de Julho deste ano, e a que o Jornal teve acesso, o MP acusa Adriano Azevedo da prática de um crime de furto qualificado. Em causa, o alegado “roubo” de 75 mil euros de um cofre guardado no sótão do CPSC e que apenas o arguido, que exerceu os cargos de vogal, vice-presidente e tesoureiro na instituição social , tinha conhecimento juntamente com duas funcionárias da contabilidade.
O Jornal do Centro, refere que segundo a acusação, “em data não concretamente apurada do mês de Agosto de 2015 Adriano Azevedo após se munir de uma chave do sótão junto do departamento de contabilidade do Centro”, e aproveitando o gozo de férias das trabalhadoras que sabiam da existência do cofre, “penetrou no mesmo e, porque sabia do código secreto, logrou conseguir abrir o referido cofre e daí retirou, sem conhecimento e consentimento da direcção do Centro, todo o dinheiro ali contido (cerca de 75  mil euros), levando tal numerário para parte incerta”.
Ainda, segundo o Jornal do centro Adriano Azevedo e Catarina Rodrigues estão também indiciados, em co-autoria, de um crime de abuso de confiança agravado, pelo desvio de milhares de euros de entradas no Bioparque. A publicação visiense, refere que o MP afirma que os dois arguidos, ele director da instituição e ela funcionária contratada por Adriano Azevedo em 2014, “gizaram um plano de forma a obterem para si rendimentos ilegítimos provindos do Centro de Promoção Social de Carvalhais”. De acordo com a acusação, Catarina Rodrigues, com a ajuda de uma funcionária do Bioparque encomendou 12 mil pulseiras “falsas” de entrada na piscina e parque de campismo e que eram vendidas sem
entrar nas contas do equipamento. “O dinheiro obtido com a venda das referidas pulseiras era colocado num saco plástico debaixo da caixa registadora e, diariamente, entregue a Catarina
Rodrigues” por três funcionários. “Os arguidos, desse modo, obtiveram um lucro para ambos equivalentes ao prejuízo para o Centro Social.
O dinheiro terá sido usado para pagar “alegadas horas extraordinárias não facturadas nem constantes de recibos de vencimento de funcionários e estagiários da instituição dos quais os arguidos nutriam simpatia, bem como salários de funcionários sem contrato ou mesmo para a aquisição
não contratada ou facturada de animais vivos para o Bioparque”.
Contactado pela Lafões, Adriano Azevedo não quis gravar declarações, mas negou todas as acusações, afirmando, que este processo se trata de uma armadilha e que a seu tempo, todas as situações, serão devidamente clarificadas

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