MP acusa dois vereadores do PSD de desvio de dinheiro do CPS de Carvalhais, (S. Pedro do Sul, Viseu)
A notícia é avançada, na edição desta semana, do semanário “Jornal do Centro”.
Segundo
a publicação, os casos remontam ao tempo em que os dois autarcas
desempenharam funções de director e funcionária do Centro de Promoção
Social de Carvalhais.
De
acordo com o jornal o caso começou a ser investigado pelas autoridades
depois de o presidente da Instituição Particular de Solidariedade Social
ter enviado em Julho de 2016 uma carta ao MP a denunciar o roubo de
milhares de euros de um cofre e o desvio de dinheiro do Bioparque.
No
despacho, que data de 6 de Julho deste ano, e a que o Jornal teve
acesso, o MP acusa Adriano Azevedo da prática de um crime de furto
qualificado. Em causa, o alegado “roubo” de 75 mil euros de um cofre
guardado no sótão do CPSC e que apenas o arguido, que exerceu os cargos
de vogal, vice-presidente e tesoureiro na instituição social , tinha
conhecimento juntamente com duas funcionárias da contabilidade.
O
Jornal do Centro, refere que segundo a acusação, “em data não
concretamente apurada do mês de Agosto de 2015 Adriano Azevedo após se
munir de uma chave do sótão junto do departamento de contabilidade do
Centro”, e aproveitando o gozo de férias das trabalhadoras que sabiam da
existência do cofre, “penetrou no mesmo e, porque sabia do código
secreto, logrou conseguir abrir o referido cofre e daí retirou, sem
conhecimento e consentimento da direcção do Centro, todo o dinheiro ali
contido (cerca de 75 mil euros), levando tal numerário para parte
incerta”.
Ainda,
segundo o Jornal do centro Adriano Azevedo e Catarina Rodrigues estão
também indiciados, em co-autoria, de um crime de abuso de confiança
agravado, pelo desvio de milhares de euros de entradas no Bioparque. A
publicação visiense, refere que o MP afirma que os dois arguidos, ele
director da instituição e ela funcionária contratada por Adriano Azevedo
em 2014, “gizaram um plano de forma a obterem para si rendimentos
ilegítimos provindos do Centro de Promoção Social de Carvalhais”. De
acordo com a acusação, Catarina Rodrigues, com a ajuda de uma
funcionária do Bioparque encomendou 12 mil pulseiras “falsas” de entrada
na piscina e parque de campismo e que eram vendidas sem
entrar
nas contas do equipamento. “O dinheiro obtido com a venda das referidas
pulseiras era colocado num saco plástico debaixo da caixa registadora
e, diariamente, entregue a Catarina
Rodrigues”
por três funcionários. “Os arguidos, desse modo, obtiveram um lucro
para ambos equivalentes ao prejuízo para o Centro Social.
O
dinheiro terá sido usado para pagar “alegadas horas extraordinárias não
facturadas nem constantes de recibos de vencimento de funcionários e
estagiários da instituição dos quais os arguidos nutriam simpatia, bem
como salários de funcionários sem contrato ou mesmo para a aquisição
não contratada ou facturada de animais vivos para o Bioparque”.
Contactado
pela Lafões, Adriano Azevedo não quis gravar declarações, mas negou
todas as acusações, afirmando, que este processo se trata de uma
armadilha e que a seu tempo, todas as situações, serão devidamente
clarificadas
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