domingo, maio 28, 2006

FERNANDO PEREIRA na TVI dia 1/6/2006

VOCÊ NA TV (tvi) com

FERNANDO PEREIRA

A NÃO PERDER – Quinta-feira DIA 01 DE JUNHO DE 2006 (entre as 10 e as 13 hrs).

INTERPRETAÇÃO DE MÚSICA, adaptada, DE D’ZRT.

ENQUADRA-SE NUM PROJECTO PEDAGÓGICO que lidera com empenho e dedicação.

PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA VISUAL, MAS COM OUTRAS

CAPACIDADES BEM DESENVOLVIDAS.

SEUS ALUNOS SÃO A RAZÃO DA GRANDE MOTIVAÇÃO.

PESSOA FELIZ QUE RESPIRA ALEGRIA e vontade de vencer CONTAGIANTE.

Jacinto Figueiredo, 28/05/2006

segunda-feira, maio 22, 2006

Professores com "fracas competências" diz a ME

No site do Diário Digital de 02/05/2006: “A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou hoje «dramático» o estado em que se encontra o ensino secundário, salientando que as taxas de reprovação e abandono no 12° ano atingem metade dos alunos. «As coisas não vão bem», repetiu várias vezes a ministra num encontro com mais de 600 responsáveis dos conselhos directivos de todas as escolas do norte dos pais, em Paços de Ferreira.

«Trinta e cinco por cento dos que andam no ensino secundário vão reprovar ou abandonar, mas no 12° ano a situação é mais grave e atinge 50% dos alunos», afirmou Maria de Lurdes Rodrigues. Segundo a ministra, «as escolas secundárias estão há muito tempo sentadas á lareira», situação que para ser alterada «necessita do esforço de todos». «Temos de apostar na diversificação da oferta educativa», disse a ministra relativamente ao ensino secundário, onde o abandono é muito significativo. «Temos 400 mi! jovens com menos de 24 anos com o ensino secundário incompleto, alguns com poucas disciplinas por concluir e é preciso fazer regressar estes jovens às escolas», frisou a ministra.

No encontro, destinado a fazer um diagnóstico da actual situação do ensino e a preparar o arranque do próximo ano lectivo, a ministra evocou também «os problemas graves do primeiro ciclo». «Temos professores a mais e com fracas competências», nomeadamente «no estudo do meio, no estudo da língua e na matemática», referiu.

A ministra, que estava acompanhada pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, quer que os trabalhos de casa dos alunos do 1° ciclo passem a ser feitos também na escola e que todas as crianças tenham 25 horas da componente lectiva por semana. As outras actividades extracurriculares, como a música, o desporto, o inglês ou a informática, que representam mais dez horas semanais, não poderão interferir na componente lectiva, defendeu Maria de Lurdes Rodrigues."

Ver Artigo Completo (Diário Digital)

http://contratado.blogspot.com/ 22-05-2006

Mãe condenada por agredir professora da filha

Dizem que a sentença foi ‘inédita’ e que terá sido um ‘aviso’ para os restantes casos que todos os anos surgem. Desta vez, ‘o Tribunal fez justiça’ ao condenar a mãe de uma aluna, acusada de ter agredido a professora.

Tudo aconteceu há quase seis anos. A encarregada de educação entrou na sala, em Repeses (Viseu) e bateu na docente. O Tribunal condenou-a agora ao pagamento de 1.875 euros de multa, ou, em alternativa, cumprir 166 dias de prisão. Para além da pena referida, a mãe foi ainda condenada a pagar 1.500 euros de indemnização, por danos não patrimoniais, e 89,28 euros, acrescido de juros, referentes a despesas feitas pela queixosa no Hospital de S. Teotónio, em Viseu.

O juiz deu como provado que, no dia 25 de Setembro de 2000, a mãe, Maria de Belém Santana da Silva, entrou na sala de aulas e agrediu a professora Maria da Graça Peres. "Agarrou-a pelos cabelos, atirou-a ao chão e pisou-a com os pés", afirmou o juiz, "só porque a filha urinou na escola e a professora lhe vestiu uma camisola de adulto para que ela não ficasse molhada". Os casos de violência exercida contra os professores tem vindo a aumentar (no Ministério da Educação estão registadas 1.232 situações de violência no espaço escolar (não só a professores), no ano lectivo de 2004/2005). Agora, e os docentes esperam que ‘o caso de Viseu possa servir de exemplo e faça inverter essa inclinação preocupante’.

A.R.

13/Abr/2006 In Notícias de Viseu

sexta-feira, maio 19, 2006

ESCOLA A “LESTE”…

  • Professores da escola Secundária Alves Martins na interrupção da Páscoa deslocaram-se, via aérea com escala em Amesterdão, à Rep. Checa, Eslováquia e Hungria. O objectivo foi o enriquecimento cultural, social e lúdico em Países de leste.
  • Curiosos na descoberta destes países, terras, gentes costumes, tradições e património edificado ou cultural. De novo a Yolanda, guia permanente, Madrilena, conhecedora e simpática. O Ruben, Murcianito, condutor e excelente profissional, confrontado com a opção – vida nómada ou namorada decidiu pela primeira.
  • Dois dias em Praga até há bem pouco tempo sob um regime totalitário de esquerda, mas que nem parecia. O seu castelo altaneiro que se crê ter sido fundado no ano de 880 e que desde o sec. X foi residência dos mais altos magistrados. Actualmente é a residência oficial do Presidente da Rep.Checa.
  • Observamos o Palácio Real Velho de estilo Renascentista. Percorremos o beco do ouro, a zona pitoresca da cidade e casas muito características. A cidade velha em particular a praça Velha, o centro natural da cidade, o relógio astronómico de 1410. A Igreja Gótica de S. Vito, o bom Jesus de Praga, bairro Judeu e a Sinagoga Stranova. A ponte de Carlos com as suas 30 estátuas do sec. XVIII e o bairro de Mala Strana com os seus palacetes como o de Wallenstein. O hiper aproveitamento dos recursos hídricos.
  • Kalovy Vary e a riqueza da maior estância termal – quedas de água com jorros a mais de 70ºC e 12 m de altura, ou as fontes de Vridio, ou Sprundel entre jardins Vitorianos.
  • Maranské Lázne, lugar aprazível e de boa localização, num pitoresco Vale aberto de encostas verdejantes e cuidadas florestas. Conhecida mundialmente pelos resultados terapêuticos e qualidade das suas águas. Visitamos o Castelo de Cesky krumlov o segundo maior do País e construído em cima de uma falésia sobre os meandros do leito do rio Vlatava. No bar da recepção de hotel fomos confrontados com meninas da mais velha profissão do mundo e, descarado, assédio sexual.
  • Plzen, a quarta maior cidade do País é conhecida pela produção de cerveja.
  • Telc é uma cidade património da Humanidade onde se destaca o Castelo cujo guia local fez a apresentação pela primeira vez em correcto Português.
  • Brno, antiga capital da Morávia onde se destacam a Universidade e a Ópera de Leos Jaácek.
  • Tudo a correr pelo melhor, apenas um pequeno incidente de saúde com o Agente Sr. João Figueiredo que nos preocupou, especialmente a esposa Dr.ª Célia coarctando a boa disposição. A vantagem de fazer parte do grupo a médica Dr.ª Fernanda Caseira, ajudou na triagem e posterior recurso aos serviços hospitalares daquele lugar. Por suspeita de violação da mala de viagem da Dra. Natividade Rocha, que não veio a verificar-se, acorreram ao seu quarto quatro Homens, companheiros de viagem, tendo exclamado – “nunca vi tanto Homem no meu quarto”! Ao mesmo tempo atendia o telemóvel do marido.
  • Neste périplo percorremos também a Rep. Eslováquia e a sua capital Bratislava.
  • Hungria, guia local, Maria Sofia, muito bem “parlava” Português.
  • Budapeste, “a pérola do Danúbio” estende-se ao longo de ambas as margens do rio Buda que é a parte mais antiga, residencial e de colinas. Enquanto que Peste está mais virada para os negócios e comércios. Visita panorâmica seguida de visita cultural ao Parlamento, um dos maiores do mundo com suportes individuais de charutos. Visitamos o Teatro Nacional da Opera, com protecção de sapatos e, a Basílica de Santo Estêvão.
  • Uma noite inesquecível com jantar típico Goulash Party amenizado por música zíngara. Depois de cada um ingerir o “Miguelito”, desinibidor social, veio o repasto acompanhado de música típica na qual participamos dançando ou cantando em intercâmbio cultural com “nuestros hermanos”, eles acompanhando-nos no fado de Coimbra e nós acompanhamo-los na música característica de Espanha.
  • Após o jantar, em viagem animada, enfatizo a alegria da Dra. Maria Ermida e a veia artística da Dra. Graça Abrantes que acompanhamos e nos deliciou com canções Portuguesas como: Fado ou “Viseu Senhora da Beira”. Seguiu-se o Cruzeiro no Danúbio e uma taça de champanhe.
  • No último dia deslocamo-nos ao Palácio Real de Godolló, um dos lugares preferidos da Rainha Isabel (Sissi) que demorava oito horas para se vestir e três horas para se pentear. Que faria mais?
  • Foi um grupo animado pela frontalidade do marido da Dra. Ilda Simões, o companheirismo das amigas Dra. Teresa Lago e Teresa Gomes, a descrição da AAE D. Júlia e marido, o pé ligeiro da Dra. Lurdes Dias a perspicácia da Dra. Fernanda Dias, Isabelinha dos perfumes ou o cameramen Dr. Pinheiro.

Jacinto Figueiredo, 19/05/2006.


Surdez do ouvido ou da “mente”

A educação das crianças/jovens deve processar-se em ambiente o menos restritivo possível de modo a possibilitar o desenvolvimento cognitivo, linguístico, emocional e social. Portanto a escola regular pública deve ser privilegiada.
Sempre que as características o justifiquem deverão ser feitas adaptações curriculares e de avaliação, medidas previstas no DL n.º 319/91 de 23/08.
A deficiência auditiva traduz-se numa incapacidade total ou parcial para ouvir sons, devido a uma lesão do sistema auditivo.
Já pensaram na hipótese de os ouvintes serem a minoria? Como reagiriam?
Segundo Melo, A.P (1986, p. 18), “um surdo é um deficiente auditivo, mas um deficiente auditivo pode não ser um surdo”.
de acordo com a causa e localização da lesão no aparelho auditivo, podemos considerar três tipos de surdez:
Surdez de transmissão – existe apenas um abaixamento da acuidade auditiva devido a uma alteração da função de transmissão aérea das ondas sonoras.
Surdez de percepção – a transmissão mecânica das vibrações sonoras é feita normalmente, mas a sua transformação em percepção auditiva está perturbada. Existe, assim, uma dificuldade na identificação e integração da mensagem.
Surdez mista – há simultaneamente lesão do aparelho de transmissão e de recepção.
Comunicação: As pessoas surdas apoiam-se na visão para comunicar. Assim, a fala deve ser clara e articulada e a boca deve estar tão visível quanto possível, de modo a permitir à pessoa surda ler os seus lábios.
O grau de hipoacusia não é totalmente determinante nesta capacidade auditiva. Um dos grandes problemas na educação de surdos, foi desde sempre, o da comunicação dentro da sala de aula, o que leva à utilização de vários recursos e ajudas educativas, desde os mais simples, como a tentativa de comunicação por gestos mais ou menos naturais, aos mais sofisticados sistemas informáticos modernos, recorrendo aos interlocutores às mais diferentes forma de comunicação: auditivas/orais, visuais, tácteis, gustativas, etc.
Um dos recursos mais bizarros, consistia na ingestão de líquidos ou alimentos para favorecer a produção de sons.
Na sala de aula deverão ser privilegiados os meios visuais de comunicação, sendo importante encaminhar o aluno para o recurso à interpretação em L.G. e à legendagem.
Não hesitar: o uso de gestos de apoio e linguagem corporal; escrever num papel, utilização das novas tecnologias como o telemóvel SMS, PC, Retroprojector, vídeo, slides (...).
Para atingir a atenção de uma pessoa surda aproxime-se dela pela frente e, se necessário, toque-lhe no ombro ou no braço.
Leitura labial: È o meio pelo qual as pessoas surdas recebem a comunicação. A leitura da fala é a interpretação visual da comunicação falada. É uma habilidade importante para surdos com audição reduzida – a leitura da fala ou labial.
O método oral auditivo consiste no uso da audição residual amplificando o som, ensinando a leitura labial e a fala.
Método Rochester, consiste na combinação do oral com a soletração com os dedos. Processa as informações através da leitura labial, amplificação e soletração com os dedos. A resposta é através da soletração com os dedos e da fala.
O método auditivo, para crianças que conseguem tirar proveito do treino auditivo se aplicado precocemente.
Método de comunicação total, simultâneo ou combinado, apresenta a soletração através dos dedos, sinais, leitura labial, fala e amplificação auditiva em simultâneo.

Jacinto Figueiredo, 19/05/2006.

terça-feira, maio 09, 2006

Professores "FALTOSOS"


A Ministra da Educação, sempre que os professores reclamam ou reivindicam contra-ataca com medidas ainda mais gravosas, é uma espécie de castigo aos refilões. Anunciou que os professores faltosos o devem fazer com antecedência e preparar antecipadamente um plano das aulas para que possam ser substituídos por colegas. Ex.: Supondo que entraria às 13h30 para a escola. Um dia antes, fico a saber que às 8h20 terei que dar uma aula, a alunos que desconheço, de quem não a pode dar no dia seguinte (...)!

A ME, talvez há muito tempo não lecciona e muito menos a alunos do 3.º CEB e Secundário, que não conhece, para pensar que o que interessa é preparar a aula e que qualquer outro professor da área está capaz de leccionar essa aula preparada por outro professor. Estas reacções são características de quem dá ordens dos gabinetes ou através de um sistema democraticamente imposto.
Muito por culpa dos governantes a profissão de Professor está a descer a muito baixo nível com todas as consequências que daí advêm como por ex.: as agressões de alunos e EE aos professores.
Sra. Ministra se não motivar os trabalhadores tratando-os com respeito e como seres humanos, envolvendo-os na construção da escola, em vez de impor ideias desgarradas, estará a destruir ainda mais o ensino em Portugal. As medidas devem ser tomadas com os Profs. - não para os Profs. Poderá aplicar-se o ditado popular: “É como o Frei Tomás – olha para o que ele diz não para o que faz”.

Para a ME se um professor se ausenta com autorização do conselho executivo tem como contrapartida de entregar um plano de aulas de forma a ser substituído por um colega. O não cumprimento pode dar lugar a falta injustificada, excepto as de motivos imprevistos.
Se a educação é pedra basilar para o desenvolvimento sustentado de uma sociedade que desejamos mais informada, justa e fraterna como podem os interlocutores ser tratados com tanta frieza e desdém? Julgo que o Sr. Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, tem ajudado neste périplo.
Um líder deve tomar medidas de união, não dividir para reinar, porque se assim não for ainda poderemos ver professores cumpridores em agressões com os faltosos ou à venda de planos de aulas de substituição o que seria lamentável!

Concordo com um maior combate à incompetência e absentismo de alguns docentes, mas foi a Sra. ministra que retirou o mês de bonificação, anual, aos professores não faltosos, incongruência! Talvez daqui a alguns, poucos, anos podemos assistir ao agonizar das escolas públicas, assim gastaremos menos com a educação! Já não há emprego para todos, então é necessário não dar oportunidade a todos, mas só às "elites" que terão os filhos nos Colégios Privados.
As muitas e excessivas organizações representativas dos profs. não fazem o que devem. Fiquei desiludido com a FENPROF quando no ISPViseu, na presença do Sr. SEE devia ter defendido várias questões dos porfs e ficou-se, apenas, pela situação dos Profs. “incapacitados” que também é importante.

Em relação ao ensino superior este Ministério ainda não actuou contra o absentismo e incompetência de alguns? Será que os responsáveis não querem auto-flagelar-se? Ou são todos muito bons e bem comportados? Passará a haver, também aulas de substituição no Ensino Superior? O horário completo de um docente universitário é de 12h semanais. Será que os vai “obrigar” a permanecer de forma controlada 23 horas na Instituição como ocorre no 2º,3ºciclos ou no secundário?
Propõe a revisão do enquadramento legal da Educação Especial cujo documento mais importante DL n.º 319 data de 23/08/91.
Não será necessário grandes explicações para perceber que esta revisão prejudicará os alunos, professores ou escolas, nomeadamente no aperfeiçoamento da escola inclusiva, para todos e em meio o menos restritivo possível.
A avaliar pelas medidas implementadas pelo ME como por ex.: a redução para um terço de professores de apoio educativo, ou o não reconhecimento da dislexia aos alunos do ensino secundário que não estiverem sinalizados desde o ensino básico não podemos augurar boas perspectivas, salvo melhor opinião.

Jacinto Figueiredo, 08/05/2006.