Devolução ao FMI ajuda a
reduzir dívida pública em 1.300 milhões
De acordo
com dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, a dívida
pública do país caiu para 241,8 mil milhões de euros em Novembro, menos 1.300
milhões em relação a Outubro.
Paulo Zacarias Gomes paulozgomes@negocios.pt
02 de Janeiro de 2017 às 11:48
A dívida pública portuguesa caiu
1.300 milhões de euros entre Outubro e Novembro, ficando em 241,8 mil milhões
de euros. A evolução foi avançada esta segunda-feira, 2 de Janeiro, pelo Banco de Portugal.
De acordo com os dados divulgados, a queda deveu-se a uma diminuição dos empréstimos em 1.900 milhões de euros, reflectindo a devolução ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de uma tranche de 2.100 milhões de euros associada ao programa de assistência económica e financeira.
De acordo com os dados divulgados, a queda deveu-se a uma diminuição dos empréstimos em 1.900 milhões de euros, reflectindo a devolução ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de uma tranche de 2.100 milhões de euros associada ao programa de assistência económica e financeira.
A agravar o
balanço estiveram as emissões líquidas de títulos de dívida (positivas em 500
milhões de euros em relação ao mês passado), com destaque para a emissão de
1.500 milhões em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV).
O comunicado do regulador do sector financeiro acrescenta ainda que os activos de depósitos se reduziram no mesmo mês, mas de forma menos acentuada - 600 milhões de euros - e que, líquida de depósitos, a dívida da administração central caiu 700 milhões de euros para os 223,7 mil milhões.
Apesar do recuo neste mês, os números do terceiro trimestre, conhecidos em 21 de Novembro, davam conta de que a dívida pública portuguesa tinha mantido a tendência de agravamento, atingindo 133,08% do PIB, o valor mais elevado pelo menos desde 2007. Excluindo os depósitos do Estado, a dívida líquida era mais baixa, tendo atingido os 121,5% até Setembro.
O Orçamento do Estado (OE) para 2017 prevê que a dívida alcance no final deste exercício os 129,7% do PIB, uma revisão em alta das estimativas de 127,7% do PIB inscritas no OE do ano passado.
(Título e notícia alterados às 21:20, retirando a referência aos OTRV e alterando o terceiro parágrafo)
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