quarta-feira, janeiro 16, 2013

Estudo aponta para potencial cura para a sida




Um cientista australiano disse esta quarta-feira ter descoberto como virar o vírus VIH contra si próprio para o impedir de progredir para a sida, o que considerou um importante avanço na descoberta de uma cura para a doença, refere a Agência Lusa.

David Harrich, do Instituto de Investigação Médica de Queensland, disse ter modificado com sucesso uma proteína no VIH que o vírus precisa para se duplicar, transformando-a de modo a inibir o seu desenvolvimento.

«Nunca vi nada assim. A proteína modificada funciona sempre», disse Harrich, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

Cientista modificou proteína do vírus que impede a sua progressão para a doença O cientista assinalou que, embora existam muitos obstáculos a afastar, se a investigação continuar no bom caminho poderá conduzir a «uma cura para a sida».

Harrich disse que a proteína modificada, que designou Nullbasic, mostrou uma «extraordinária» capacidade para impedir o crescimento do VIH em laboratório e pode ter implicações estimulantes quer no combate à sida quer no tratamento de infetados com o VIH.

«O vírus poderá infetar uma célula, mas não se propagará», declarou o cientista no seu estudo, publicado na última edição da revista Human Gene Therapy.

O facto de uma única proteína poder ser tão eficaz poderia significar o fim de tratamentos muito caros por incluírem múltiplos medicamentos, representando melhor qualidade de vida e custos mais baixos para as pessoas e os governos, adiantou.

Harrich assinalou que seria a primeira vez que se conseguiria «parar o VIH com um único agente em várias etapas do ciclo de vida do vírus».

As experiências com a proteína em animais devem começar este ano, embora a sua utilização em qualquer tratamento possa demorar alguns anos.

O número de infetados com VIH a nível mundial subiu em 2011 para os 34 milhões, contra 33,5 milhões no ano anterior, de acordo com os últimos dados das Nações Unidas.

A grande maioria vive na África subsaariana (23,5 milhões), enquanto o sul e o sudeste da Ásia totalizam 4,2 milhões de infetados.

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