quinta-feira, março 05, 2009

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Clareza no Pensamento

Em 1933, o economista Keynes escrevia em resposta à crise em que o mundo se encontrava mergulhado: “Se a nossa pobreza fosse devida a um tremor de terra, à fome ou à guerra, se tivéssemos falta de bens materiais ou de recursos para os produzir, apenas poderíamos encontrar o caminho para a prosperidade no trabalho duro, na abstinência e na invenção. Na realidade, o nosso problema é outro. Surge de alguma falha nos mecanismos não tangíveis da mente (...). Nada (...) nos valerá, excepto um pouco de clareza no pensamento”. Keynes referia-se à importância de uma falha quanto às expectativas criadas em torno da economia. Para a combater, apelava à “clareza no pensamento”.
Sabemos que a crise de hoje foi precedida por outras, do petróleo, dos bens alimentares e, particularmente, do sistema financeiro. Tudo isto terá toldado as nossas expectativas e tornámo-nos pessimistas. Deixámos de consumir, com receio do amanhã, em consequência baixou o investimento e a produção e o desemprego disparou. Se é certo que muito terá de ser feito no sentido de corrigir os erros, em especial no sistema financeiro mundial, a verdade é que precisamos urgentemente de “clareza no pensamento”. Para o efeito, um grupo de docentes do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia de Viseu propõe-se contribuir regularmente com pequenos artigos para que uma maior clareza do pensamento possa guiar a nossa acção. Esta colaboração inicia-se hoje com um artigo sobre fiscalidade. Outros se seguirão sobre economia, empreendedorismo, finanças, turismo, etc.
Em complemento destes artigos, está criado um blogue (www.clarezanopensamento.blogspot.com) que pretende ser um espaço de afirmação de um direito e de um dever de cidadania. Mais do que fazermos avaliações do passado ou do presente, pretendemos colocar os olhos no futuro desta Região.



VAMOS APLICAR 0,5% DO NOSSO IRS EM INSTITUIÇÕES DA REGIÃO
A entrega da declaração de IRS (1.ª FASE – em papel até ao dia 16 de Março e pela internet até ao dia 15 de Abril; 2.ª FASE – em papel até ao dia 15 de Abril e pela internet até ao dia 25 de Maio) é o momento ideal para nos associarmos a instituições de solidariedade social, nas mais diversas áreas: apoio social, humanitário, saúde, alimentação, educação, na construção de uma sociedade mais solidária.
Para o fazer, não teremos de gastar um único cêntimo. Qualquer pessoa pode optar por aplicar 0,5% do valor do seu IRS que fica para o Estado, em benefício daquelas instituições. Note-se que o imposto que tivermos de pagar ou receber será exactamente o mesmo, simplesmente, da parte que nos é retirada e que nunca será recebida por nós, passará a ir “apenas” 99,5% para o Estado. Se indicarmos expressamente na nossa declaração de IRS, o Estado prescindirá de receber os restantes 0,5% do nosso IRS, entregando-os à instituição de solidariedade escolhida por nós.
Para entregarmos uma parte do nosso imposto, devemos, ao preencher ou ao pedir para preencherem os impressos para o nosso IRS, procurar o Quadro 9 do Anexo H. Neste quadro, ao fornecermos o Número de Identificação de Pessoa Colectiva da instituição que pretendemos ajudar, determinamos que 0,5% do valor do IRS que fica com o Estado seja entregue à causa que escolhermos.
Não desperdicemos este nosso “poder de decisão”, aplique bem a sua “parte” do IRS! Não guarde esta informação só para si, divulgue-a se faz favor!
Fernando Amaro
Docente da Escola Superior de Tecnologia de Viseu
fernando.amaro@netvisao.pt

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