da participação democrática na gestão das Escolas!
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Confirmou-se os professores e educadores temiam – o Governo apresentou o seu projecto de acabar com o que resta da participação democrática na gestão das escolas.
Neste projecto o Governo quer:
v acabar com o processo de participação alargada e directa na eleição dos órgãos de gestão das escolas e agrupamentos;
v colocar os professores em clara minoria no Conselho Geral;
v impedir que os professores possam exercer a função de presidente do Conselho Geral;
v criar um órgão unipessoal de gestão – o Director;
v reforçar, obsessivamente, a concentração de poderes no Director;
v permitir que um docente do ensino privado possa ser director de uma escola ou agrupamento público;
v impor a nomeação, pelo director, de todos responsáveis pelas funções de gestão intermédia (coordenadores de departamentos, conselho de docentes, directores de turma, coordenadores de estabelecimento).
As dificuldades das escolas e os problemas com os resultados escolares dos alunos não resultam do seu modelo de direcção e gestão.
As escolas portuguesas não precisam de gestores de carreira.
As escolas precisam de:
- professores e educadores motivados,
- poder usar de flexibilidade na sua organização e funcionamento,
- turmas com menos alunos,
- horários de trabalho para os professores compatíveis com o exercício da profissão,
- mais professores e trabalhadores não docentes,
- menos burocracia e papelada,
- espaços humanizados e agradáveis para os jovens,
- actividades de enriquecimento curricular que não retalhem o horário lectivo e não sejam uma sobrecarga para os alunos,
- laboratórios e materiais didácticos que favoreçam metodologias de trabalho mais experimentais e activas.
Mas, as escolas e o país precisam também:
- que as famílias não gastem centenas de euros em livros e material escolar no início de cada ano,
- que a acção social escolar responda às necessidades daqueles (muitos) portugueses que vivem com grandes dificuldades.
O país e as escolas exigem que os jovens vislumbrem reais perspectivas de emprego e que um melhor nível de formação e de escolaridade lhes garanta melhores salários.
O país precisa de um Ministério da Educação que não trate os professores como malfeitores.
As escolas não precisam de gestores. O Governo sim, precisa de gestores nas escolas porque não tenciona responder ao que o país e as escolas necessitam.
O país precisa de mudar de política.
Mas, neste como noutros domínios, o Governo não terá vida fácil.
A luta dos professores estará à altura do desafio.
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