segunda-feira, novembro 02, 2015

Cancro da próstata? Uma descoberta inédita contra o

Uma descoberta inédita contra o cancro da próstata?
29.10.2015 às 14h07
D.R.
Novo medicamento, com resultados positivos no tratamento de cancro de ovário, demonstrou eficácia em determinados pacientes com cancro da próstata - aqueles cujo tumor apresenta falhas na reparação do ADN
Um estudo recente descobriu que um medicamento, usado para detetar falhas genéticas hereditárias, pode trazer benefícios para homens com cancro da próstata e que já não respondem a nenhum tratamento. O estudo - desenvolvido pelo Instituto para Investigação do Cancro, em Londres, e o Royal Marsden NHS Foundation Trust e publicado no “New England Journal of Medicine” - foi o resultado de um teste realizado em 49 homens com cancro.
Os resultados foram surpreendentes: o medicamento utilizado, o Olaparib, conseguiu reduzir o crescimento do tumor em 88% nos pacientes cujo cancro apresenta defeitos na reparação do ADN - uma descoberta inédita, ao mostrar os benefícios da “medicina de precisão” no cancro da próstata.
O Olaparib explora as fraquezas da capacidade das células cancerígenas repararem os danos no seu ADN - e, neste estudo, mostrou grande eficácia em 14 dos 16 homens que apresentavam essas mutações.
“Esta experiência é entusiasmante porque pode constituir uma nova forma de tratar o cancro da próstata, detetando defeitos genéticas nos cancros que se alastraram”, declara Áine McCarthy, do Instituto de Investigação para o Cancro. “A nossa esperança é que esta abordagem possa ajudar a salvar mais vidas no futuro.”
No entanto, este é apenas um estudo preliminar, que exige que sejam realizadas mais experiências para que possam ser confirmadas estas descobertas. “A próxima experiência deverá incluir apenas homens com estas mutações nos seus tumores, com o objetivo de provar que o Olaparib tem realmente eficácia nestes casos”, acrescenta.
Este medicamento já se tinha mostrado promissor em mulheres com cancro de ovário com estas falhas hereditárias. No entanto, o Instituto Nacional de Saúde e Cuidados de Excelência rejeitou o Olaparib devido ao custo elevado.

Sem comentários: