domingo, agosto 25, 2013

PINTO BALSEMÃO - A COCAÍNA E A TRAIÇÃO DA EX-MULHER COM CARLOS CRUZ



Sábado, 4 de Maio de 2013
PINTO BALSEMÃO - A COCAÍNA E A TRAIÇÃO DA EX-MULHER COM CARLOS CRUZ


O relatório apreendido pelas autoridades ao “ex-espião” Jorge Silva Carvalho contém pormenores sórdidos sobre o patrão da SIC.

 “1970 – 1ª mulher inicia relação com Carlos Cruz.” Este é o título de mais um capítulo do relatório apreendido pelas autoridades ao ex-responsável do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Jorge Silva Carvalho, no âmbito do processo das secretas, cuja acusação foi deduzida, e onde são feitas considerações sórdidas sobre a vida privada do patrão da SIC.

“A 1ª mulher, Maria Isabel Silva (Belixa) Lacerda Rebelo Pinto da Costa Lobo inicia uma relação com o apresentador Carlos Cruz (não é claro se a mesma tinha começado antes ou depois de Belixa se separar de Balsemão). De assinalar que, durante o depoimento do processo Casa Pia sobre esse período, Carlos Cruz tem o cuidado de nunca referir nem o nome de Maria Isabel, nem de Balsemão, nem dos filhos de ambos. A relação entre Balsemão e Cruz não era a melhor, dada a vontade deste em levar a Mónica e Henrique para Nova Iorque, ideia a que Balsemão se opôs”, escreveu o espião Paulo Félix, a quem Jorge Silva Carvalho ordenou que fizesse o relatório.

Segue-se uma nota feita pelo próprio Paulo Félix, a que ele denominou “coincidências”: “Circula na internet uma mensagem com o título ‘coincidências’. Refere que a SIC foi a única estação que esteve no Parlamento quando o juiz Rui Teixeira ali entregou o pedido de levantamento de imunidade a Paulo Pedroso. Refere depois uma série de relações pessoais ou profissionais de pessoas da SIC: Daniel Cruzeiro, chefe de redacção, é filho do advogado de Paulo Pedroso e é casado com Rita Ferro Rodrigues, também ela da SIC e filha do secretário-geral do PS; Sofia Pinto Coelho, jornalista, é casada com Ricardo Sá Fernandes, da defesa de Carlos Cruz; Ricardo Costa, editor de política, é irmão de António Costa, dirigente do PS. A que se somam estes factos: Cruz era apresentador da SIC até à eclosão do caso Casa Pia; Marta Cruz, filha do apresentador, era presença constante num programa da SIC; Herman José, arguido no mesmo caso, era apresentador de um programa da SIC.”

E o espião cita outras fontes para continuar com as “coincidências”: O dono da SIC, onde Carlos Cruz trabalhava é Pinto Balsemão; o dono do semanário Expresso, que denunciou o caso, é Pinto Balsemão. O primeiro-ministro em 1982, altura em que a secretária de Estado da Família, Teresa Costa Macedo, teve acesso ao relatório da Casa Pia com o nome de Carlos Cruz, era Pinto Balsemão. Balsemão é amigo e visita da Casa Redonda de André Gonçalves Pereira, que era o ministro dos Negócios Estrangeiros naquele mesmo ano de 1982 em que foram descobertas crianças na casa do embaixador Jorge Ritto. André Pereira é sócio de Balsemão.”

Outro episódio referido no relatório “secreto” prende-se com o nascimento de um filho de Isabel Supico Pinto, de nome Francisco Maria: “A criança só foi reconhecida pelo pai (Balsemão) após ordem do tribunal”, lê-se no documento elaborado por Paulo Félix, que relata depois a criação, em 1973, do semanário Expresso, e as perseguições da PIDE a Balsemão e ao falecido Sá Carneiro. “Balsemão usou o Expresso para defender as suas ideias políticas, usando uma perspectiva puramente instrumental e utilitária de um órgão de Comunicação Social.”

O relatório analisa ainda a suposta má relação de Balsemão com Vasco Pulido Valente, que apelidou o patrão da SIC como “Francisquinho, o medíocre mensageiro”, passa pela fundação do PSD, pela admiração de Balsemão por Mao Tse-Tung e pela visão pessimista da entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE). É igualmente abordada uma possível ligação de Balsemão e de jornalistas do Expresso à KGB, a secreta da ex-URSS, em 1980 e a sua nomeação para primeiro-ministro.


A TV da Igreja
Uma parte extensa do relatório elaborado para Jorge Silva Carvalho prende-se com a promessa de Pinto Balsemão, em Janeiro de 1982, de uma televisão para a Igreja: “Quando foi primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão prometeu um canal de televisão à Igreja, mas mudou de ideias quando regressou ao seu grupo de comunicação, admitindo apenas a concessão do canal 2 da RTP, uma vez que tinha então interesse na criação do seu próprio canal. Actualmente, o presidente da Impresa está contra a criação de mais TV’s, por temer os efeitos de mais concorrentes em sinal aberto.” Pinto Balsemão, assegura o relatório, terá mesmo impedido que Cavaco Silva cumprisse a promessa que ele próprio terá feito à Igreja.

“Já em 2009 Pinto Balsemão afirmou, perante deputados na Assembleia da República, ter fortes dúvidas sobre a existência de mercado publicitário para todos os canais em sinal aberto. Hoje, é um dos maiores opositores à privatização da RTP, que vê como séria ameaça à sobrevivência da SIC, mergulhada em dificuldades financeiras”, acrescenta o relatório agora na posse das autoridades.

A espionagem feita a Balsemão fala igualmente da sua desavença com Marcelo Rebelo de Sousa, tudo porque o professor terá tratado Balsemão por Francisco e este exigido a Marcelo que o chamasse primeiro-ministro. Apesar disso, lê-se no documento, Balsemão entregou o Expresso a Marcelo e este acabou por se revelar um crítico feroz do Governo. “Talvez para afastar Marcelo do Expresso, talvez por querer aproveitar o seu talento nas negociações parlamentares, talvez pelas duas coisas, Balsemão chamou-o ao Governo. Não demorou a arrepender-se. Na semana das autárquicas de 1982, decisivas para o futuro do moribundo Governo, Marcelo comunicou ao seu amigo Francisco que iria demitir-se do Governo. O primeiro-ministro não gostou de ver o seu protegido abandonar o barco que se estava a afundar, mas este prometeu manter a boca fechada. Dois dias depois a notícia estava escarrapachada na capa do DN. Balsemão chamou-o logo a S. Bento e deu-lhe um violento raspanete.”

Grupo Bildeberg
O grupo de Bildeberg é outro assunto tratado no relatório de espionagem ao dono da Impresa: “Balsemão tem-se revelado, ao longo dos anos, como um agente de influência, sabe-se lá ao serviço de quê e controlado por quem. A sua participação em encontros de Bildeberg é disso exemplo. Trata-se de uma organização nada transparente e que, por isso mesmo, muitos rumores e teorias da conspiração tem suscitado, mas que, independentemente dos objectivos específicos, é um concentrado de gente com claras ambições de controlo de tudo o que de importante se passa no globo, sem que se conheçam as suas motivações, nem objevctivos, sabendo-se apenas que são os seus objectivos particulares que os movem. Aos encontros de Bildeberg, Balsemão, que funciona como porteiro português do grupo, tem levado inúmeras personalidades portuguesas. Ele escolhe o convidados do grupo desde 1988.”

O diferendo com Emídio Rangel é igualmente abordado no relatório, ficando a saber-se que Balsemão considerava o então director da estação de Carnaxide “um gastador”. As críticas a Rangel terão motivado uma cisão na SIC, que culminou com o afastamento do director.


O consumo de cocaína
Às referências pouco abonatórias no relatório mandado elaborar por Jorge Silva Carvalho sobre Pinto Balsemão surgem ainda referências sobre os hábitos do empresário. Uma delas prende-se com o alegado consumo de cocaína: “É pública a história de que, depois de um voo de 12 horas, vindo de Macau, Balsemão foi jogar golfe. Em 2001, ao Expresso, justificou a proeza com a sua resistência física. Resistência que ainda hoje é provada pelas horas que passa a trabalhar. Facto atribuível, segundo fontes bem informadas, a uma operação de Relações Públicas. Outras fontes ligam esta resistência física ao consumo de cocaína.”

E o relatório vai mesmo mais longe: “Associado ao caso Casa Pia surgem rumores do consumo por Balsemão de cocaína.” E Paulo Félix cita um documento do GOVD – Grupo Operacional de Vigilância Democrática: “As testemunhas são falsas, mentirosas, treinadas e pagas com o dinheiro da droga, as duas moedas que também pagam Felícia Cabrita. Ela é, como é público, alcoólica e cocainómana em adiantado estado de dependência. Daí as suas intimidades com Pinto Balsemão de quem também é fornecedora”.

Outra nota da espionagem vai para um alegado negócio de gestão danosa de Balsemão e que teve alegadamente a ver, em 2009, com o facto da Impresa ter perdido 5,8 milhões de euros com a alienação da Iplay por um euro: “Este é um negócio que configura, no mínimo, uma situação de gestão danosa por parte de Balsemão. 5,8 milhões de euros foi quanto custou à Impresa a alienação da editora discográfica Iplay (…). O valor resultou de perdas de imparidade de 1,7 milhões e prejuízos de exercício de 4,1 milhões, montante que foi registado em actividades descontinuadas nas contas referentes a 31 de Dezembro de 2008 da Impresa”. A Iplay acabou por ser alienada à Fantasy Land e à Lemon por um euro. A empresa tem, segundo o espião, uma situação positiva, conforme revelaram os novos donos.
O relatório elaborado por ordem de Jorge Silva Carvalho termina com um perfil de Belmiro Azevedo, onde se descrevem todos os cargos por ele ocupados ao longo da vida, os seus dados pessoais, as suas raízes beirãs, as suas características pessoais, onde se inclui o gosto pelo golfe e por tocar bateria. E destaca-se uma frase do próprio Pinto Balsemão: “Se obtive êxito como empresário, foi pelo facto de me sentir acima de tudo jornalista.”

Carlos Tomás

quarta-feira, agosto 21, 2013

Mário Soares é filho de um padre católico, fruto da relação proibida

Mário Soares por José António Saraiva

Joaquim Vieira foi meu director-adjunto no Expresso. Era um óptimo jornalista. Tínhamos feitios muito diferentes – ele era um homem frio, dificilmente se emocionava e não vibrava com os sucessos –, o que contribuía para nos afastar.

Além disso, em volta dele gravitavam pessoas muito críticas relativamente à minha orientação (como o Alexandre Pomar ou a Clara Ferreira Alves), o que não podia deixar de ter consequências.

Um dia disse-lhe que perdera a confiança nele – e comuniquei o facto a Balsemão, presidente do Conselho de Administração, que o convidou a demitir-se. Depois de alguma hesitação, ele acabou por fazê-lo.

Apesar deste episódio, nunca cortámos relações, embora nos distanciássemos ainda mais. Tínhamos amigos comuns, como a Felícia Cabrita, o que nunca interferiu na nossa relação, num sentido ou noutro. Um dia, numa sessão ocorrida alguns anos depois de ele ter saído do Expresso, fez uma observação em público de que não gostei e escrevi-lhe um cartão bastante incisivo. Ele respondeu-me, mas eu nunca abri a carta. Guardei-a numa gaveta – e passado um tempo, ao fazer uma limpeza aos papéis, deitei-a fora.

Não foi a primeira vez que agi assim. Como director de jornais há 30 anos, tenho passado por situações complicadíssimas – e uso às vezes este truque para evitar aborrecimentos maiores: ignoro os assuntos que podem magoar-me inutilmente. Nessas ocasiões, penso o seguinte: o ser humano tem uma reserva de energia limitada, pelo que só deve aplicá-la onde ela pode ser útil. Não vale a pena desbaratarmos energias em polémicas estéreis (ou causas perdidas).

Este afastamento em relação a Vieira não significa que tenha ignorado os seus trabalhos. Comprei alguns volumes da colecção Portugal Século XX do Círculo de Leitores, que ele orientou. E adquiri agora, com expectativa, a sua biografia de Mário Soares.

Devo esclarecer que não li as anteriores biografias de Soares, nem sequer a de Maria João Avillez, apesar de ser uma obra, hoje, de referência.

Mas Avillez (que também trabalhou comigo no Expresso) é uma mulher emocional, que se deixa arrastar pelas personagens de quem gosta, e Vieira é a tal pedra de gelo. Por isso, esta sua biografia prometia ser mais irreverente – e não me desiludiu. É um livro notável, que aliás vou recomendar aos meus alunos da Católica. Trata-se de um excelente repositório não só sobre Soares mas sobre os últimos 60 anos da história política portuguesa.

Ali vemos Mário Soares em corpo inteiro, num retrato que é ao mesmo tempo rico (de pormenores), glorificador (porque ficam claras todas as qualidades de Soares como líder político) e cruel (porque também ficam claros todos os seus defeitos).

Embora não seja novidade, muitos não sabem que Mário Soares é filho de um padre católico, fruto da relação proibida entre este e a dona da pensão onde estava hospedado em Lisboa (vindo da província, já em consequência de um escândalo sentimental).

Só depois de Soares nascer o pai decidiu sair da Igreja, pedindo escusa ao Papa e casando a seguir com a mãe do seu filho.

Mário Soares é um homem de uma coragem física invulgar, que roça a irresponsabilidade (ele chama frequentemente «cobardes» a outros políticos), mas que faz tudo em função dos seus interesses pessoais. Esteve preso no Aljube, em Caxias e depois exilado em S. Tomé – onde vivia na pousada local, tinha um carro para andar pela ilha (um Volkswagen carocha), frequentava a casa do governador e recebia a família em visita de férias!

Soares nunca se preocupou em demasia com a família: foi sempre a mulher quem aguentou o lar e o Colégio Moderno. Algumas cartas que Maria Barroso escreveu ao marido no fim dos anos 60 e princípios de 70, quando ele estava ausente no estrangeiro, são peças notáveis e lancinantes. Nelas confessa a sua insatisfação, inclusive no plano sexual. Estas cartas foram publicadas pelo SOL na colecção Cartas de Amor de Maria Barroso.

Confirma-se, na biografia de Vieira, que Soares não lia os dossiês. Pedia que lhos resumissem numa folha A4. E Alfredo Barroso, que foi seu secretário de Estado e chefe da Casa Civil em Belém, adianta que uma folha A4 já era demais.

Soares não fazia a menor ideia das questões económicas e financeiras. Uma vez, numa visita à Alemanha, pôs Constâncio a tratar com o chanceler Helmut Schmidt de problemas financeiros, enquanto foi visitar um museu. Mas deve dizer-se que, quando o PS ou até o país precisavam de dinheiro, ele pegava no telefone, ligava para os seus camaradas socialistas europeus ou para o ‘amigo Carlucci’, e resolvia o problema. Nunca perdeu uma noite por causa disso. Também nunca sofreu consequências pelo modo ‘despachado’ como resolvia esses problemas. Uma testemunha conta que para a candidatura de Soares a Belém entravam pacotes de notas embrulhadas em papel de mercearia. E uma fonte anónima garante que Soares, já Presidente da República, ajudou a campanha socialista à Câmara de Lisboa, desde que o filho fosse n.º 2 da lista: «Mário Soares aceitava desbloquear os dinheiros para o PS na condição, então, de o filho ser o n.º 2 da lista candidata pelo PS em Lisboa e, em caso de vitória, o substituto de Sampaio nas suas ausências como presidente da Câmara».

Soares é um homem pragmático a 100% e um táctico puro. O político que hoje ataca a austeridade dizia em 1983 que não havia outro caminho senão apertar o cinto, e enfurecia-se por o bispo de Setúbal falar em «fome». Mas, quando se tratou de avançar para a Presidência da República, pediu a Ernâni Lopes, o seu ministro das Finanças, para aliviar a austeridade de modo a ganhar votos (o que este recusou).

E num Congresso do PS irritou-se quando Maria Belo suscitou a questão do aborto, por ser politicamente «inconveniente».

Nos momentos difíceis usava sem pudor os amigos, sacrificando-os quando era preciso. Tudo era feito em função da sua agenda pessoal. Nessa questão do aborto, quando se viu acossado pela direita e atacado pela Igreja, não fez mais nada: planeou uma visita ao Vaticano e conseguiu ser recebido pelo Papa (João Paulo II).

Quem arranjou a audiência foi o embaixador Hélder Mendonça e Cunha, e Soares descreve assim a chegada ao Vaticano: «Cheguei e lá tinha o embaixador, muito maricão mas muito simpático, impecável, sempre muito bem vestido, a quem eu tinha feito alguns favores grandes, um deles mandá-lo para o Vaticano».

Quando se zangava com os que antes o serviam, era implacável. Rui Mateus, que o acompanhou em inúmeras viagens ao estrangeiro, que foi seu tradutor e lhe angariou fundos para as campanhas, é definido por Soares no livro como «quase analfabeto» que «mal sabia ler e escrever».

Mário Soares era assim: bonacheirão, desenrascado, pragmático, amante das mulheres (recusou uma sugestão do PCP para passar à clandestinidade porque dizia «gostar de mulheres e da boa vida»), um tanto leviano, afeiçoando a realidade aos seus interesses. Noutro contexto geográfico, poderia ser um Chávez mais soft, um caudilho do tipo sul americano, afectuoso, teatral, bom tribuno, despreocupado com a economia e as finanças, resolvendo os assuntos de Estado com uma palmada nas costas.

Um dia, num jantar do Prémio Pessoa, em Seteais, ele disse a Balsemão, apontando para mim: «Aqui o Saraiva não gosta dos políticos bons vivants como eu ou você. Gosta mais dos caras-de-pau, como o Eanes e o Cavaco».

A guerra sem tréguas de Soares contra Eanes também fica bem exposta no livro – e seria depois transposta para Cavaco Silva, que Soares considerava um provinciano, «sem mundo, sem currículo político» (embora depois confessasse que o «menosprezou»).

Enfim, um livro para ler com muito prazer – cheio de pessoas ainda vivas e de outras que conhecemos de perto ou de quem ouvimos falar muito –, recheado de histórias pitorescas, assente numa investigação exaustiva e credível. E, depois de lido, é um livro para guardar – porque funciona como obra de consulta. Está lá boa parte da história da segunda metade do nosso século XX.

jas@sol.pt

03.07.2013

segunda-feira, agosto 05, 2013

A corrupção consentida pelo Presidente da República, quem pactua com crime é criminoso? Paulo Morais explica



A corrupção consentida pelo Presidente da República, quem pactua com crime é criminoso?



Paulo Morais explica, neste video; 
- quem permite e pactua com todo o regabofe inconstitucional e promiscuo da politica em Portugal (Cavaco Silva e outros PR)
- dá alguns exemplos de quem o faz e como 
- explica o que está na origem de toda crise. 
- explica como ele tentou proteger os interesses dos portugueses tentando travar negócios ilegais na venda de imóveis quando tinha poder para isso, mas descobriu que mais tarde esses negócios foram aprovados por outros... mais uma vez não adianta a luta contra o saque. 
- explica que não foram os portugueses que gastaram mal mas sim os políticos. 
Não perca este video, onde tudo se fica a saber. Eis um Homem... Divulguem, partilhem, ajudem a acabar com a ignorância que afunda Portugal.
Afirmações chave do video... 
1 - O parlamento é uma grande central de negócios. Todos os deputados, que tem poder e domínio na politica e economia estão no parlamento a fazer negócios.
As comissões parlamentares que deveriam defender os interesses dos portugueses defendem os seus negócios próprios.
O caso de Miguel Frasquilho que é deputado e acompanha a assistência financeira que está a ser
dada a Portugal pela Troika, e ao mesmo tempo pertence a um grupo financeiro. O grupo Espírito santo.
Ou o caso do deputado Adolfo Mesquita Nunes, de manhã estão nos seus escritórios de advogados a fazer negócios e à tarde vão para o parlamento fiscalizar os seus próprios negócios. Está a tratar das privatizações e é ele que também as fiscaliza. Isto jamais pode ser sério.
Não é nada normal que um empresário seja deputado e esteja a fiscalizar a sua própria actividade.
Paulo Morais já falou com o presidente da comissão de ética, com a presidente do parlamento, mas todos se preocupam e ninguém faz nada.
2 - O presidente da República é que devia intervir, pois é ele o responsável pelo regular funcionamento das instituições.... mas nada faz. É o único que tem esse direito, esse poder e esse dever. 
3 - O banco de Portugal é outra central de corrupção. Pois no seu conselho executivo tem pessoas da banca privada!!
Nos outros países normais e decentes são os bancos centrais que supervisionam a banca privada, em Portugal é o oposto. Pois a banca privada está dentro do próprio BdP a decidir sobre os interesses dos bancos privados. Como é o
caso de Almerindo Marques, ligado ao BES e faz parte do conselho consultivo do BdP.
Ou ainda o caso de António de Sousa era a figura máxima na representação da banca privada e tinha também poder no BdP.
4 - Revela ainda que não existe outro país onde o estado tenha dividas da dimensão da nossa e pague tantos juros à banca, e porquê? Porque existe um evidente poder da banca sobre o estado e o governo. 
5 - Na Suécia metade destas pessoas estariam presas só pelo conflito de interesses e promiscuidade.
Mesmo no assunto das PPP existem deputados no parlamento que fazem parte das empresas que lucram com as PPP.
6 - Outro exemplo é a forma como legislam só possível em Portugal e África. Os advogados fabricam leis com buracos e erros e passam a vida a dar pareceres sobre leis que eles fizeram mal.
Por exemplo, um escândalo...  o código da contratação pública foi feito pelo escritório do Dr Servulo Correia, e
só em pareceres para explicar o código que ele próprio fez, já facturou 7 milhões e meio de euros. Mas mais corrupto ainda é que estes escritórios intervém de forma inconstitucional no processo legislativo, executivo e judicial o que viola a lei da separação dos poderes, e o presidente continua a ignorar o seu trabalho.
7 - Paulo Morais impediu negociatas ilegais na ordem dos 600 a 700 milhões de euros no sector imobiliário, através de 30 queixas. 
Um caso conhecido foi o da sociedade Metro do Porto, que estranhamente decidiu comprar por 8,75 milhões um terreno que estava avaliado por 5 milhões!!!
Caso semelhante... 
O processo acabou em nada porque o procurador que o "estudou"decidiu arquivar porque não se localizou o dinheiro... !!!
8 - Revelações que todos devem saber e divulgar... a culpa da crise é da corrupção e dos políticos.
Paulo Morais chega mesmo ao ponto de desmistificar a velha teoria que os políticos nos querem impingir - portugueses andaram a gastar mais do que podiam - segundo o video, a corrupção é a culpada pela ruína de Portugal, e a responsável tanto pela divida pública como pela privada e Paulo Morais explica como.
Já Cavaco Silva teve o descaramento de dizer: - "O Presidente da República diz que os portugueses foram “demasiado negligentes” e estão hoje a sofrer as consequências de “uma vida fácil”. fonte
"A CRÓNICA MÁ GESTÃO DOS DINHEIROS PÚBLICOS ALIADA AO CONCUBINATO ENTRE CERTAS EMPRESAS E O ESTADO DESTRUÍRAM A ECONOMIA E A CAPACIDADE DE PRODUZIR RIQUEZA. “ROUBAR POUCO É CULPA, ROUBAR MUITO É GRANDEZA” Até quando?» Dr.ª Maria José Morgado ( o Artigo apodrecetuga)
A comissão parlamentar que neste momento tem mais importância para o futuro dos portugueses é a que está a negociar com a TROIKA. Ironicamente o povo português não está representado nessa comissão, pois é composta por representantes dos bancos, representantes dos escritórios de advogados, dos interesses imobiliários e das grandes empresas. apodrecetuga.

CAVACO SILVA NÃO INTERVÉM! O passado explica muita coisa...
  • Cavaco Silva colocou raposas no galinheiro!? Artigo completo: ap
  • O nosso protector nrº 1, o Presidente da República, cobardemente, tenta manipular a verdade para que o povo possa acatar, como carneiros mansos, o abuso dos sacrifícios INCONSTITUCIONAIS, impostos pelo governo. Provocados por presidentes ausentes das suas obrigações - proteger Portugal e os portugueses. Artigo completo: http://ap
  • Cavaco Silva deu a aprovação final á lei que obriga o estado a sustentar as campanhas e os partidos políticos.Artigo completo: http://ap
  • Tudo começou, no governo de Cavaco Silva, o pai da divida e das PPP. A CONSTRUÇÃO DA PONTE VASCO DA GAMA, A PRIMEIRA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA, FOI UM NEGÓCIO RUINOSO PARA O ESTADO PORTUGUÊS. A partir daí foi somar PPP para o povo sustentar. Artigo completo: http://ap
  • O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria. Artigo completo: http://ap
  • CAVACO E O BPN video
  • CAVACO E A CASA DE PRAIA video
  • DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS DE MARIA CAVACO SILVA: ap
Cavaco Silva tem dedicatória... 
"O destruidor do tecido produtivo português dos anos 80, o líder de anos e anos de repressão policial, o Pai do Monstro do Défice, o padrinho de uma troupe de vigaristas, ladrões e assassinos que hoje estão presos ou andam fugidos, transformou-se na maior inutidade do Portugal Democrático. Ainda assim, uma nulidade muito bem paga e que sai caríssima aos cofres do Estado."  texto de 5diasnet
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http://apodrecetuga.blogspot.com/2012/07/corrupcao-descarada-do-presidente-da.html#ixzz2b5bHGUFZ