Um aborto cirúrgico custa ao estado mais cem euros do que um aborto feito com medicamentos. O método cirúrgico é usado em mais de 95% das intervenções feitas por privados, enquanto nos hospitais do Estado a quase totalidade dos abortos faz-se com recurso a medicamentos: mais de 96% dos casos.
O Estado gastou, em 2009, mais de sete milhões de euros com as quase 19 mil interrupções feitas por opção da mulher. Este número não inclui casos relacionados com doenças graves, malformações ou gravidezes resultantes de violação.
É na Região de Lisboa e Vale do Tejo que são feitas mais interrupções por opção da mulher. Representam quase 55% do total, mais de dez mil, enquanto na Região Norte a percentagem é de 20%. A região do país com menos casos é a dos Açores, com 56 ocorrências.
Os dados indicam que a maioria das interrupções é feita por mulheres entre os 20 e os 34 anos, mas, em mais de 11% dos casos, são jovens entre os 15 e os 19. Em quase 19% dos casos, a mulher é descrita como “trabalhadora não qualifi cada”. Logo a seguir, aparecem pouco mais de 17% de mulheres desempregadas e, depois, estudantes, que totalizam, outros 17%.
De acordo com o relatório da DGS, 1230 mulheres recorreram ao aborto pela segunda vez. Destas, 340 fizeram duas interrupções no ano de 2009 e 890 mulheres tinham feito um aborto no ano anterior.
A Clínica dos Arcos, em Lisboa, é responsável pela quase totalidade das intervenções realizadas em privados.
Recebida por email de P. Lopes
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