quarta-feira, julho 22, 2009
terça-feira, julho 21, 2009
domingo, julho 19, 2009
PANDEMIA DE LUCRO
Os noticiários, disto nada falam!
Os noticiários disto nada falam!
Os noticiários disto nada falam!
Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves...
...os noticiários mundiais inundaram-se de noticias...
-Só a gripe porcina, a gripe dos porcos...
Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos
genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa seria
a melhor solução.
quarta-feira, julho 08, 2009
Viseu Requalificação
As obras de requalificação da avenida Alberto Sampaio foram adjudicadas pela Câmara Municipal. O acto foi adiantado na reunião pública do executivo. Na altura, foram também anunciados os trabalhos do Centro Escolar Viseu/Norte – Santo Estêvão. As obras do Centro Escolar vão custar cerca de dois milhões de euros, mais precisamente 1.995.000. No final da reunião Fernando Ruas confirmou que o Centro Escolar de Rio de Loba, a construir junto ao ‘Penedo da Loba’, também já foi adjudicado por 1.5 milhões de euros. Os equipamentos deverão estar concluídos dentro de 300 dias. Procedeu-se também à abertura do procedimento para o campo de futebol de areia, a construir junto ao campo relvado de futebol de 11, Alves Madeira, enquanto por detrás das piscinas municipais surgirá uma estrutura para o ‘Desporto Adaptado’. Por outro lado, foram anunciadas obras no Mercado 21 de Agosto, aproveitando a construção de um imóvel particular que anda a ser construído junto a uma das entradas para o mercado. Para além da construção de uma praça, no interior, as entradas serão alargadas ou requalificadas, sobretudo a que está junto ao Rossio e a da avenida Alberto Sampaio, dando maior dignidade e funcionalidade ao mercado. O presidente informou também, que o município investiu 2.449.938,69 euros em cultura e não 400 mil como se pretende fazer passar Quanto às obras na Quinta da Cruz custam 2.5 milhões. Parque Empresarial de Lordosa Fernando Ruas anunciou também que o Parque Empresarial de Lordosa irá ter uma primeira fase que custa sete milhões de euros (e não é a mais barata!). Está ‘tudo pronto’ para o arranque do processo. Antes de o presidente ter assumido a direcção da reunião pública, a responsabilidade de orientar os trabalhos foi cometida ao vice-presidente, Américo Nunes, tendo a oportunidade de lamentar o facto de o Governo não contemple os casos de requalificação habitacional, contribuindo, desta forma, para fixar os casais jovens em ambiente de centros históricos, por exemplo. Na verdade, ‘tudo o que seja para a habitação o apoio estatal é de zero’. http://www.diariodaguarda.com/index.php?option=com_content&view=article&id=992:12-milhoes-para-a-requalificacao-da-alberto-sampaio-&catid=52:local&Itemid=53 |
quarta-feira, julho 01, 2009
ESENViseu - Tomada de posse do Sr. Director
Ex.mo Sr. Director
Ex.mo Sr. Presidente e restantes elementos do Conselho Executivo cessante
Senhores Conselheiros
Caros convidados
Dedicados professores e funcionários desta excepcional comunidade que tem Emídio Navarro como Patrono.
Acabámos de ser testemunhas da tomada de posse do primeiro director da ESEN, no decurso do período democrático, inaugurado com o 25 de Abril. Razões de vária ordem que o anterior modelo de gestão não desaconselhava, levaram a tutela a enveredar por alterações profundas nas unidades de gestão – apelido pelo qual respondem agora as escolas – em nome de uma propalada liderança forte, assente numa direcção unipessoal. Sabemos, também autorizados pela experiência, que qualquer tipo de gestão, mesmo a colegial, pode ter os seus vícios, transfigurando o exercício democrático num mero dispositivo para cumprir formalidades. Pelas mesmas razões – e aí residirá a nossa grandeza – será possível transformar uma liderança unipessoal num exercício de partilha democrática assente nos agentes profissionais, contra os quais nenhuma reforma vingará para além da que resulta, se é que resulta, da fria estatística.
Nos últimos 4 anos a escola tem sido fustigada, vá-se lá saber em nome de quê, pelas mais despropositadas reformas, algumas erráticas, outras consideradas já, pelos seus mentores, não sabemos se estrategicamente se genuinamente, erradas. A nova direcção e o seu director têm à sua disposição um corpo docente empenhado, mas desiludido; um corpo docente responsável, mas desanimado por tanta desconsideração e até ofensa gratuita. Muitos dos que trabalharam em prol do ensino, nesta escola e em tantas outras, saíram antecipadamente – e fazem falta! Há feridas para sarar e uma vontade enorme de mudar, com critério, de alterar, sem subverter os valores, sejam os da justiça, sejam todos quantos possam devolver-nos a dignidade que reivindicamos para a retoma com satisfação e com alegria do exercício profissional. Também os funcionários carecem de um clima que lhes permita sentirem-se seguros e cada vez mais parte indispensável de um corpo, que tem em comum a tarefa fundamental de criar as condições efectivas para a assumpção de uma escola pública de qualidade que, sem eles, também não é concretizável.
Meu caro Director, os tempos são assim de algum desconforto e de bastante perplexidade, mas o nosso interesse e a nossa disponibilidade passarão, antes de mais, por esbater divergências, ajudando a criar as condições que nos devolvam o espírito do gosto de vir para a escola, seja porque aqui nos encontramos como uma grande família, seja, porque aqui desenvolvemos a missão que nos prende a este sítio: a missão de ensinar.
No projecto de intervenção, com que concorreu a este lugar, referiu-se a torrentes legislativas que enredam diariamente os profissionais do ensino numa teia de burocracias, tantas vezes, inoperantes e esgotantes; referiu-se também a uma desmesurada carga funcional, mantendo em relação a um e a outro dos aspectos referidos uma vontade expressa de procurar subtrair excessos e dispensar exageros. O momento em que professores e alunos se encontram frente a frente ou lado a lado, no exercício de ensinar e aprender, precisa de tempo, de retaguarda, de espaço de maturação, incompatíveis com o frenesim empresarial e a competição cega por resultados. Necessitamos de ganhar tempo e espaço para respondermos, sem vertigem, aos desafios que todos os dias crescem no nosso caminho. O vendaval que tem varrido a escola precisa de amainar. O nosso esforço, que não esmorecerá, será transformá-lo em energia capaz de insuflar as velas de um barco à procura de rumo. Mas um rumo que nos envolva e que não nos deixe borda fora ou tantas vezes
A atmosfera do momento e alguma informalidade hão-de permitir, até como corolário do que se afirmou, que destaque de Uma Teoria da Justiça, de John Rawls, um lúcido naco de texto, cito: A justiça é a virtude primeira das instituições sociais, tal como a verdade o é para os sistemas de pensamento. Uma teoria, por mais elegante ou parcimoniosa que seja, deve ser rejeitada ou alterada se não for verdadeira; da mesma forma, as leis e as instituições, não obstante o serem eficazes e bem concebidas, devem ser reformadas ou abolidas se forem injustas. Citei sem acrescentos desnecessários.
Hoje é também uma ocasião de passagem de testemunho. O Conselho Executivo que se retira, deu o seu melhor e em muitas circunstâncias o melhor foi gerir, sem estragos humanos, uma escola que, como titulava o El País, está que arde! Passar estes quatro anos ao lado de conflitos e tensões, mantendo, no essencial, as condições para o exercício de funções, há-de ser, quando se fizer o balanço e se tiver a distância que os factos históricos recomendam, motivo de reconhecimento, talvez tardio. Além de mais, quem exerce por missão, por entrega a causas, aspectos em declínio, senão em desuso, deve merecer o nosso aplauso, expresso ou contido, mas aplauso.
Para todos os que vieram, os que não puderam, os que não quiseram, dentro da pluralidade que nos enriquece, procuraremos que este seja o primeiro dia em que a diferença seja expressa por um aumento progressivo do bem-estar, da qualidade, da responsabilidade, da partilha, do diálogo e na sua essência de um espírito e de uma prática profundamente democráticas onde cada um, estamos certos, dará o seu melhor.
Viseu, 30 de Junho de 2009.
Dr. Jerónimo Costa
Presidente do Conselho Geral
Escola Secundária de Emídio Navarro - Viseu