terça-feira, outubro 31, 2006

Uma receita de vida e boa disposição sabe bem sobretudo em véspera de fim de semana.

Receita de jovialidade de Pablo Picasso

"Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Continua aprendendo...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Curte coisas simples.
Ri sempre, muito e alto.
Ri até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Aguenta, sofre e segue em frente.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas: família, animais,
lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
O teu lar é o teu refúgio.

Aproveita a tua saúde;
Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
Se está abaixo desse nível, pede ajuda.
Não faças viagens de remorso.
Viaja para o Shopping, para a cidade vizinha, para um país
estrangeiro,
mas não faças viagens ao passado.
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as
oportunidades.
E lembra-te sempre de que:
A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos
momentos em que perdeste o fôlego:
de tanto rir...
de surpresa...
de êxtase...
de felicidade..."
"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas

também as que fazem de
uma simples mancha amarela o próprio Sol"

Pablo Picasso (texto enviado por José Figueiredo)

segunda-feira, outubro 02, 2006

ESCOLAS – casas “Mortuárias”!


Parece sarcástico, mas se atendermos à evolução dos factos, infelizmente se conclui que o dito poderá tornar-se realidade.
As populações, silenciosamente sentem; revolta, indignação ou resignação pela morte anunciada de cerca de 1500 escolas, sendo 153 de Ensino Básico do 1.º ciclo previstas para fechar no distrito de Viseu.
As câmaras municipais não vão gastar dinheiro com os alunos das escolas com menos de 20 estudantes e com taxas de aproveitamento inferiores à média nacional, que vão encerrar no âmbito do processo de reorganização da rede escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) assinou um protocolo com o Governo em que ficaram estabelecidas as condições em que as escolas deviam encerrar. O ME assumiu o pagamento de todas as despesas decorrentes da mudança dos alunos. A gratuitidade da alimentação e do transporte também ficou estabelecida no protocolo.
Casal Vasco, Freguesia de Fornos de Algodres evidencia de contradições: a escola do Ensino Básico é um caso “paradigmático”, porque há quatro anos “foi alvo de profundas obras de recuperação”, onde o Estado investiu 200 mil euros vai fechar!
O autarca desta localidade é ainda mais dramático: “Vou ficar conhecido como o coveiro desta escola, mas nós não fomos tidos nem achados nesta situação. As localidades que vêem morrer o local onde os seus filhos aprenderam a ler e a escrever ficam mais pobres. Muitas não vão conseguir segurar ninguém, vão morrer aos poucos. As escolas transformaram-se nas casas mortuárias de muitas comunidades.” (Correio da Manhã de 2006-02-06).
Um habitante afirma que a gravidade do “fecho da escola é maior que o fecho de uma fábrica” pela simples razão de deixar de ouvir os gritos de alegria das crianças, ou de ver as suas representações teatrais nos dias de festa entre outras manifestações; desportivas, sociais, afectivas e culturais. “Trata-se de uma atitude do Governo que transmite ao povo um sentimento de descrença no futuro e de derrota. A escola é o símbolo de cada aldeia, é aqui que começamos tudo,” afirma um professor aposentado.
Em Colo do Pito
, Castro Daire, Viseu o sentimento de perda é semelhante. As oito dezenas de habitantes – na maioria pessoas idosas –, recusam-se a acreditar que a escola vai encerrar, mas vai mesmo: as dez crianças passam a estudar noutra aldeia. “Sinceramente, não percebo o que este Governo está a fazer. Fecha escolas, maternidades, qualquer dia fecha-nos em casa”, comenta revoltada a mãe de um aluno.
Muitos Sindicatos também condenam a “forma” utilizada pelo Ministério da Educação para escolher as escolas a fechar. “As pessoas de Lisboa não conhecem as realidades locais, não sabem que acessibilidades é que as aldeia têm; que rede de transportes, qual a sua localização e o seu meio social. No início do ano lectivo vamos assistir a muitas situações caricatas”, diz o sindicalista Francisco Almeida e que o fecho das escolas “vai ser o princípio do fim de muitas comunidades rurais”.
O amontoado das populações no litoral contrasta e faz ressaltar as marcas da desertificação do interior do País à beira mar habitado. “Dantes havia duas mercearias e um café, agora só há a colectividade e fechou a escola”, é o ex. de Vila Nova nas Caldas da Rainha.
Invocar o insucesso escolar como razão para o fecho de escolas talvez não baste, pois esta situação poderia ser resolvida com apoio educativo.
Condições pedagógicas não pesam a avaliar pelas reveladas na escola de Sancheira Grande, Óbidos, como receia a população, enquanto lamenta que seja desactivada uma escola situada no ponto mais alto da aldeia, em local soalheiro e com equipamentos de fazer inveja – um campo relvado sintético, eco – pontos, jardim e vedação e, no interior, computador com ligação à Internet e uma mini – biblioteca.
O jornal Correio da Manhã de 2006-02-06 apurou junto da Direcção Regional de Educação de Lisboa que na região “está previsto fecharem 96 estabelecimentos e 65 na zona do Alentejo. Na mesma altura, o Sindicato de Professores da Região Centro divulgou um estudo que apontava para o fecho de 544 escolas naquela área. No Norte, está previsto que fechem cerca de 900 escolas.”
“Em 2005, a reorganização das escolas do País levou ao encerramento de 221 estabelecimentos de ensino e à criação de 60 novas unidades.”
Um dos concelhos que já divulgaram a respectiva Carta Educativa foi o de Vila Real.
Segundo aquele documento,
será possível reduzir os custos médios anuais de 951 mil euros, com a manutenção da rede de escolas propriedade do município, para 209 mil euros por ano em 2016, reduzindo o custo médio anual por aluno de 474 euros actualmente para 123 euros, com melhoria das condições pedagógicas, de segurança e de conforto de estudantes e professores. A Carta Educativa prevê a constituição de quatro territórios educativos e a construção de seis novas escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e jardins-de-infância (EB1/JI). A escola Monsenhor Jerónimo do Amaral deverá ser transformada em Escola Básica Integrada, tal como a escola Diogo Cão. Está ainda prevista a construção de uma nova escola do segundo e terceiro ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário (EB2,3/S), no caso, para servir a zona oeste da periferia da cidade”, Id.

Jacinto Figueiredo, 04-09-2006.