domingo, abril 22, 2007

Não acredito no poder soberano vitalício!

O sistema político democrático é o que tem menos defeitos, visto como capacidade de decisão do “HOMEM” sobre as coisas.

Os políticos, por conveniência, não estão interessados nos acertos dessesdefeitos e sujeitam-se a um 26 de Abril.
Não acredito no poder soberano vitalício e um chefe absoluto. Mas como interpretar as práticas, perenes, dos políticos das nossas praças?

Numa sociedade onde “alguns políticos” se escudam no estatuto para fugir à justiça. São premiados os incompetentes com atribuição de lugares com altos salários ou aposentações como os da CGD, Banc.Port., GALP (…). Subvenções vitalícias (…). Em campanha defendem o que mais agrada aos eleitores e subvertem essas promessas logo que alcançam o poder! Mantêm um quarto de tempo de serviço (12 anos), independentemente da idade, em relação ao cidadão normal, para efeitos de aposentação. Recebem milhares de contos de subsídios de integração quando deixam a Assembleia da República. Retiram regalias sociais e direitos adquiridos, de imediato a quem os elege, e salvaguardam os seus privilégios e mordomias. O nosso património mais rentável é entregue por tuta-e-meia aos privados, que são sempre os mesmos a comprar tudo. Privatizam, para proveito próprio, ou dos seus pares, tudo que é rentável. Clamam que há Estado a mais porque querem reduzir o Estado a um mero fazedor de leis sempre no sentido de reforçar os seus privilégios e rapar a classe média. Tencionam alterar a Constituição com o objectivo de a tornar maleável para a prossecução do assalto definitivo ao controlo do Estado. Não aceitam a redução de deputados e limite de mandatos argumentando com a perda de qualidade ou quem se apresentar a sufrágio deve sempre continuar, mas quase todos sabemos como isso se consegue.

O ensino está um caos que não forma os cidadãos, muita população é analfabeta funcional ou privilegiando o facilitismo desde o Ensino Básico ao superior, casos da Moderna ou Independente e outros que ignoramos. As actividades económicas produtivas, as que criam postos de trabalho foram desmanteladas a troco de uns milhões vindos da UE que enriqueceram uma nova classe, emergente, deixando o país sem recursos e, transformando-o numa espécie de feudo medieval onde a força de trabalho se compra na praça pública por preço de escravo como as actividades de enriquecimento curricular.

O Estado perdeu a autoridade porque não consegue fazer justiça sobre todos os cidadãos, quem tem dinheiro e influência safa-se. Assistimos à desvalorização de quem trabalha valorizando quem especula. Os valores éticos e morais estão pervertidos (...). Polícias prenderem e os Juízes soltam. Um reduzido número de População detém a maioria da riqueza outros têm de governar-se com migalhas, pois podem crer que a única solução é “roubar” para viver.

A safadez é tanta que um cidadão informado, consciente e cumpridor, às vezes deseja ser ignorante para viver na ilusão de que isto é um país que tem justiça e ordem.

Com uma vida de trabalho (desde os 12 anos) e mais de 42 anos de contribuição para a Seg. Social, que agora querem privatizar tornando-se donos, ainda tenho a esperança que me seja pontualmente devolvida em mensalidades uma parte do que descontei.

Enquanto os homens insistirem em medir as rendibilidades de algo só pela sua capacidade de gerar cifrões e se esquecerem totalmente da função social desse algo, então a sociedade está doente. Pessimismo qb-muito dinheiro está “calado”! Muitos estão habituados a subsídios!

Jacinto Figueiredo, 22-04-2007.

1 comentário:

martim de gouveia e sousa disse...

eu tb. não acredito, mas ele existe!